Schlagwort: Portugal

Die Legende vom Bolo Rei

Foto eines Bolo Rei

Portugiesische Volkstradition nach Infos von Lápis Mágico    von Ana Paula Goyke

> Der Bolo Rei, übersetzt Königskuchen, bekam seinen königlichen Namen auf Grund der Vielfalt an besonderen Zutaten. Einer portugiesischen Legende zufolge wird der Bolo Rei mit den drei heiligen Königen in Verbindung gebracht. 

Die Legende besagt, dass in einem fernen Land drei weise Männer lebten, die die Sterne und den Himmel betrachteten und studierten. Diese Weisen hießen Caspar, Melchior und Balthasar, denen die Tradition den Namen »die drei Heilige Könige« gab.

Eines Nachts, als sie den Himmel betrachteten, sahen sie einen neuen Stern, der sich über den Himmel bewegte und viel heller leuchtete als die anderen. Sie deuteten dies als eine Ankündigung, dass der Sohn Gottes geboren worden war. Entschlossen, ihm zu folgen, nahmen sie drei Geschenke mit: Weihrauch, Gold und Myrrhe, um den neugeborenen Messias damit zu beschenken. Als sie in der Stadt Bethlehem ankamen und bereits in der Nähe der Krippe waren, in der sich das Jesuskind befand, standen die Heiligen Drei Könige vor einem Dilemma: Wer von ihnen sollte zuerst seine Gabe überreichen dürfen? Diese Frage löste eine Diskussion unter den dreien aus.

Ein vorbeikommender Handwerker hörte sich das Gespräch an und schlug eine Lösung für das Problem vor, die alle zufrieden stellen würde. Er bat seine Frau, einen Kuchen zu backen und eine dicke Bohne in dem Teig zu verstecken. Derjenige, der diese fand, durfte seine Gabe als Erster überreichen.

Aber die Frau hat nicht nur einen einfachen Kuchen gebacken sondern einen Weg gefunden, die Geschenke, die die drei Männer dabei hatten, auf ihm darzustellen. Auf diese Weise backte sie einen Kuchen, dessen goldene Kruste das Gold, die kristallisierten Früchte die Myrrhe und der Streuzucker den Weihrauch symbolisierten.

Nachdem der Kuchen gebacken war, wurde er in drei Teile geteilt und derjenige der die Bohne erwischte, war tatsächlich der erste, der dem Jesuskind die Gaben darbrachte.

Der Königskuchen ist der Kuchen, den man traditionell zu Weihnachten in Portugal verspeist, sein Ursprung hat allerdings verschiedene Einflüsse. Die Idee eines Kuchens mit kristallisierten Früchten soll am Hof von König Ludwig XIV. in Frankreich entstanden sein, und sich mit der Zeit auch im restlichen Europa verbreitet haben. Nach der Ankunft in Portugal wurde das Rezept angepasst, erhielt die Form einer Krone, so wie sie heute zu kaufen ist, und wurde mit der Weihnachtszeit in Verbindung gebracht. Die Einführung der Fava (Bohne) stammt aus der Zeit der Römer, bei denen es bei den Festlichkeiten üblich war, den »König des Festes« zu küren, indem man eine Bohne in einen Kuchen steckte.

De Sousa bleibt Präsident Portugals

von Andreas Lausen

Mit 60,7 Prozent der Wählerstimmen bleibt Marcelo Rebelo de Sousa für weitere fünf Jahre der Staatspräsident Portugals. Der 72-jährige Professor der Rechtswissenschaft setzte sich schon im ersten Wahlgang gegen sechs Konkurrenten durch. De Sousa gilt als liberaler Konservativer, arbeitet aber gut mit dem ­Sozialisten António Costa zusammen, der als Ministerpräsident eine Mitte-Links-­Regierung führt. 

Den zweiten Platz belegte mit großem Abstand die Sozialistin Ana Gomes mit 12,9 Prozent. Unerwartet stark schnitt der rechte Populist André Ventura ab, der 11,9 Prozent erreichte. Das gilt als überraschend, denn seine Partei CHEGA (»es reicht«) spielte bisher in Portugal keine Rolle. Am besten schnitt Ventura in den besonders stark von Corona betroffenen Gebieten ab. 

De Sousa stand in den Umfragen vor der Wahl noch besser da, nämlich zwischen 70 und 80 Prozent. Aber die niedrige Wahlbeteiligung von 39,5 Prozent lässt vermuten, dass viele Wahlberechtigte aus Angst vor Corona zu Hause ­geblieben sind.

De Sousa stammt aus einer Familie des gebildeten Bürgertums aus der Nähe von Lissabon. Sein Vater war mehrfach Minister während der Salazar-Diktatur und Gouverneur der bis 1975 portugiesischen Kolonie Mosambik. 

Der Präsident Portugals hat mehr Befugnisse als sein deutscher Kollege Steinmeier. De Sousa kann Gesetze mit seinem Veto verhindern, das Parlament auflösen und die Regierung ernennen oder entlassen. Er ist außerdem Oberbefehlshaber der Streitkräfte. 

Beim Volk ist de Sousa beliebt. Im vergangenen Jahr stürzte er sich mutig in den tosenden Atlantik und rettete zwei Surferinnen aus den Wellen. Hoch angerechnet wird ihm, dass er 2012 den Konflikt mit Kanzlerin Angela Merkel nicht scheute: Sie warf den Portugiesen pauschal vor, sie arbeiteten zu wenig und hätten zu viel Urlaub. Rebelo de Sousa drehte mit seinen Studenten einen kleinen Film, in dem er das Gegenteil nachwies. Der Film ist heute noch bei Youtube in deutscher Sprache zu sehen: Ich bin ein Berliner (Prof. Marcelo) – Deutsch: https://www.youtube.com/watch?v=2SY3SrPibeQ

Sorrir em tempo da máscara

Foto zwei maskierter Frauen zu Corona-Zeiten

de Eberhard Fedtke e Ana Carla Gomes Fedtke

> Encontro-me de sangue-frio numa fila frente a um supermercado, o carrinho de compras ligeiramente nas mãos, bem disciplinado, observando a distância de 2 m relativamente aos ­vizinhos da frente e atrás, cumprindo o que estipula a lei 2-A de 20 de março 2020. Imperativamente marcado, este isolamento social está estampado no chão em linhas amarelas, a cada 3 até 5 minutos avanço, como verifico no meu fiel relógio chinês, avaliado num valor de 10 euros, vou calculando e multiplicando os 17 compatriotas em frente a mim com uma média de 4 minutos de diferença, quando poderei entrar na loja para comprar o que preciso para a minha família, enchendo rigorosamente o carinho até ao topo. Felizmente não chove, nem pensar num martírio de tal compra! O ambiente parece um pouco como folclore, Covid 19 em tempo de confinamento, ­fazer as tarefas quotidianas para sobreviver sem contactos «cara a cara». Um suplício para muita gente, se vejo os vários rostos em torno. No total contabilizo uma fila com cerca de 30 pessoas bem mascaradas, algumas com luvas deselegantes. Sem máscara, é certo, ninguém entra, uma regra indiscutível! Lutamos juntos contra esta pandemia. Tem de ser, reflito absorto nesta irrealidade social.
O serviço militar não pode ser mais regulado. Mas os portugueses têm a calma e a paciência no sangue. Faz lembrar os antepassados dos séculos XV e XVI, em pleno período de Descobrimentos. Para chegar à América, foram semanas e semanas purgantes sem vento para andar em frente. O nosso povo mostrou efetivamente a sua perseverança, praticando a arte de espera e esperança. Mas a distância de 2 metros num «país de beijinhos e abraços sem fim» é um juízo digno do céu, mas uma «via dolorosa» para todo o mundo infectado.
Assalta-me a ideia de como poderei transmitir a uma outra pessoa a minha simpatia com um sorriso por detrás da máscara larga. A maneira usual de abrir a boca, mostrar os dentes e inclinar a cabeça, não serve. Devo experimentar uma nova maneira. A pessoa à minha frente com 2 m de distância obrigatória parece ter um bom vulto para uma prova espontânea. Trata-se de uma beleza, na casa dos quarenta, bem equipada com uma máscara radiante, evidenciando a magnitude dos seus olhos profundamente ­sonhadores. A mãe, com uma beleza igual à da filha, de máscara rosa, traz a pequenota com cerca de 12 anos, Mafalda de nome, pela mão. A pequena parece olhar continuamente para a minha máscara simples branca. Em contrapartida ela tem uma bela e pitoresca peça, com uma viva imagem dum passarinho, pintado em cima no fundo preto. Menina Mafalda, tu és muito mais bonita com a tua máscara, ganhaste a nossa competição secreta num mundo de mascarados.
Quando a mãe se virou, curiosamente com o mesmo nome, como ouvi num ­telefonema dela com uma amiga, tentei oferecer-lhe os meus cumprimentos com um melhor e prometedor sorriso. Abri a boca com tanta força que, mostrando os dentes quase caiu a minha máscara. ­Esbugalhei os meus olhos com toda a ­claridade e bondade, mas ela não reagiu, como que se sentisse cravada em pensamentos pandémicos. Analisei com des­ilusão violenta: a máscara é um obstáculo social terrível, um distúrbio zangado para a comunicação humana, um drama excessivo para a cultura.
Quando ela se virou pela segunda vez, isto porque eu tivera, entretanto, sem qualquer problema de logística uma ­comunicação de intensa comparação de máscaras com a sua filha Mafalda II − a rapariga farta de tamanha monotonia à sua volta − reproduzi a mesma cerimónia, usando para tal a minha própria beleza e, reforçando a minha ação, levantei a mão direita. Cumprimentei-a, deixando tremer as minhas sobrancelhas e as ­minhas orelhas, mas nenhuma reação chegou desta beleza distante. Quando na minha última tentativa completei os requisitos anteriores com uma profunda e dolorosa reverência para a minha coluna, quase arriscando uma prostração atrás do meu carrinho, ela riu-se mais ou menos de forma clemente, como que encantada perante a palhaçada dum doido. Acabou, a máscara é um bloqueio social catastrófico, inflexível e intransigível! ­Experiências de solidão no meio duma superpopulação, sem romances platónicos com as Mafaldas por detrás das nossas máscaras.
Encenei com novo entusiasmo e optimismo a mesma cerimónia ao cumprimentar com um sorriso atrás a máscara dois rapazinhos na linha atrás de mim. Usavam máscaras de estilo ilustre oriental e ambos traziam uma garrafa de cerveja na mão. Como irão beber sem mexer na máscara ou a molhar, questionava-me eu, curioso. Mas eis que, de repente, para minha surpresa, sacaram relaxadamente de uma palhinha, deitaram-na elegantemente no gargalo da garrafa e, colocando a palhinha na boca sem tirar a máscara, uma anormalidade surreal, murmuraram «obrigado» ao meu sorriso expressivo, compreendendo eu talvez um «bom apetite» ou «boa saúde». Obviamente bebem sempre a cerveja assim. A ­minha máscara não funcionou, não operou bem. Fim então a estas tentativas e sonhos sociais frágeis! Foi um bico de obra para entrar no supermercado.
Abreviando estas terríveis vicissitudes: Se o uso de máscara tiver como objetivo a salvação do ambiente social, era talvez preferível o «não uso» de máscara branca, como disfarce comum. Oferece-se um grande mercado de configurações individuais e de decorações especiais, ampliando na totalidade a base humana − uma panóplia ampla de máscaras diversas, salvaguardando um resto de erotismo sociocognitivo e de arte. Para qualquer publicidade da declaração íntima, pois logo provocam um sorriso automático ao observador, a máscara pode ter as cores da bandeira nacional, mostrar o símbolo do clube de futebol preferido, pode deixar ver o signo de nascimento, leão, escorpião, peixes, virgem etc., pode até enobrecer almas animais ferozes como o tigre, o elefante, o hipopótamo, o orangotango ou mesmo o resto do zoo, mas uma coisa é certa: a máscara universal para as crianças, assim como um promotor de bonecas e figuras artificiais da internet, é para toda gente um novo mundo de inspiração com marcas individuais e surpresas definitivas, um caleidoscópio infinitivo repleto de facetas multidimensionais e ocultas, formando, em simultâneo, multiplicidades de rostos de ícones surreais, sendo que no fundo, todo este novo ambiente social não é mais que, em inúmeros aspetos, um espelho da raça humana, refletindo a cara da terra. Sem passar esta época, iremos ter pouco a pouco o fim da vida social. Uma sociedade permanente com máscaras faciais, fora do carnaval, não é concebível. Uma máscara contra o vírus e por cima uma máscara para a alegria do carnaval é uma contradição infernal, um horror ético.
A indústria de máscaras deve ativamente explorar o mercado com ideias inovadoras. Quando um dia − efetivamente − acabar este período contemporâneo com o retorno de explosões drásticas e fanáticas de beijinhos e abraços bilaterais, muitas máscaras serão arquivadas e deixarão na memória encontros mascarados expressivos com recordações nomeadamente dos olhos bonitos portugueses exemplares, sejam de origem romana, árabe, visigoda e «omni-europeia» − filigranas ou violentas, simpáticas ou desconfortáveis, elegantes ou vulgares, artísticas ou rústicas, introvertidas ou progressivas, clássicas ou futuristas, honestas ou misteriosas, transparentes ou enigmáticas, terrestres ou ­galácticas, ambiciosas ou comodistas, ­insípidas e aromáticas, altruístas ou egoístas, enfim, também um desfile de lembranças exóticas e sofisticadas conforme os múltiplos caracteres únicos de portadores da máscara e da refinada ­tecnologia têxtil.

Lächeln in Zeiten der Maske

Foto von Frauen mit Masken zum Schutz vor dem Coronavirus

von Eberhard Fedtke und Ana Carla Gomes Fedtke

> Ich stehe kühlen Mutes in einer Warteschlange vor einem Supermarkt, den Einkaufswagen lässig in Händen, voll diszipliniert den Abstand von zwei Metern zu den Nachbarn nach vorne und hinten beachtend, um der Regelung des Gesetzes 2-A vom 20. März 2020 zu entsprechen. Dieser Abstand ist imperativ in gelben Linien auch dem Fussboden markiert. Alle drei bis fünf Minuten, wie ich auf meiner zuverlässigen chinesischen Uhr im Wert von 10 Euro vermerke, rücke ich vor, kalkuliere und multipliziere die siebzehn Mitbürger vor mir mit durchschnittlich vier Minuten, wann ich in den Laden eintreten kann, um einzukaufen, was ich für meine Familie benötige, dabei den Einkaufswagen rigoros bis obenhin aufzufüllen. Zum Glück regnet es nicht, das wäre kaum zu ertragen bei diesem Einkaufsmartyrium! Das Ambiente ähnelt ein bisschen an Folklore, Covid 19 in Zeiten der Ausgangssperre, tägliche Aufgaben zum Überleben ohne Kontakt »Kopf an Kopf« zu erledigen, für viele ein Qual, wenn ich in mancherlei Gesichter rundherum blicke. Insgesamt zähle ich eine Reihe von etwa dreißig gut maskierten Personen, einige mit einfachen Handschuhen. Ohne Maske, das ist sicher, kommt niemand hinein, eine indiskutable Regel. Wir kämpfen gemeinsam gegen diese Pandemie. Das muss sein, reflektiere ich, in Gedanken versunken in dieser sozialen Irrealität.
Militärdienst kann nicht strenger reguliert sein. Aber die Portugiesen haben Ruhe und Geduld im Blut. Es erinnert mich an die vergangenen Jahrhunderte XV und XVI, an die hohe Zeit der Entdeckungen. Um nach Amerika zu gelangen, vergingen läuternde Wochen um Wochen ohne Winde zur Weiterfahrt. Unser Volk zeigte seine Beharrlichkeit, indem es die Kunst des Wartens und der Hoffnung praktizierte. Aber die Entfernung von zwei Metern in einem Land der Küsschen und Umarmungen ohne Ende ist ein gnädiges Urteil des Himmels, dennoch eine via mala für alle infizierte Welt.
Es kommt mir die Idee, wie ich einer anderen Person meine Zuneigung mit einem Lächeln hinter der Maske zuteil werden lassen kann. Die übliche Methode, den Mund zu öffnen, die Zähne zu zeigen und den Kopf zu neigen, hilft nicht. Ich muss eine neue Methode erfinden. Die Person vor mir in einem notwenigen Abstand von zwei Metern erscheint mit eine gute Gestalt für eine spontane Erprobung abzugeben. Es handelt sich um eine Schönheit, um die 40 Jahre, mit einer strahlenden Maske ausgestattet, welche die Schönheit ihrer zutiefst verträumten Augen hervorhebt. Die Mutter, dem guten Aussehen ihrer Tochter gleich, mit rosafarbener Maske ausgestattet, führt die Kleine von circa zwölf Jahren, Mafalda mit Namen, an der Hand. Die Kleine schaut ständig auf meine einfache weiße Maske, scheint es mir. Sie hingegen trägt ein schönes und schmuckes Stück, mit dem lebendigen Abdruck eines Vögelchens auf schwarzen Untergrund gemalt. Meine Kleine, du bist die weitaus hübschere mit deiner Maske, hast unseren heimlichen Wettbewerb in der Welt der Maskierten für dich entschieden.
Als die Mutter sich umdrehte, versuchte ich ihr meine Grüße mit meinem besten und verheißungsvollem Lächeln darzubieten. Ich öffnete meinen Mund mit so viel Anstrengung, die Zähne zeigend, dass fast meine Maske herabfiel. Ich riss meine Augen mit aller Klarheit und Wohlwollen auf, doch sie reagiert, als sei sie in pandemischen Gedanken vernagelt. Mit heftiger Enttäuschung analysierte ich: Die Maske ist ein schreckliches soziales Hindernis, ein exzessives kulturelles Drama.
Als sie sich ein zweites Mal umdrehte, und zwar weil ich inzwischen ohne jegliches logistisches Problem mit ihrer Tochter einen intensiven Vergleich unserer Masken betrieb – das Kind war die große Monotonie um sich herum leid –, wiederholte ich dieselbe Zeremonie, dafür meine eigene Erscheinung nutzend, und, um meine Aktion zu verstärken, hob ich die rechte Hand. Ich grüßte sie, ließ meine Augenbrauen und Ohren erzittern. Es kam jedoch keinerlei Antwort von dieser distanzierten Schönheit. Zu meinem letzten Versuch vervollständigte ich meine bisherigen Requisiten mit einem tiefen und einer für mein Rückgrat schmerzhaften Verbeugung, nahezu einen Kniefall hinter meinem Einkaufswagen riskierend. Doch sie lächelte mehr oder weniger milde, als erfreue sie sich an der Kasperei eines Verrückten. Schluss, die Maske ist eine soziale Katastrophe, zutiefst inflexibel und unnachgiebig, ohne Chance einer platonischen Romanze mit den Mafaldas hinter unseren Masken.
Mit neuem Enthusiasmus sowie Optimismus inszenierte ich dieselbe Zeremonie zum Gruß mit einem Lächeln hinter der Maske bei zwei Jungen in der Reihe hinter mir. Sie trugen Masken im illustren orientalischen Stil, und beide hielten eine Flasche Bier in der Hand. Wie werden sie trinken, ohne die Maske zu berühren oder sie nass zu machen, fragte ich mich neugierig. Aber sie zogen zu meinem Erstaunen geduldig einen Strohhalm hervor, stopften ihn elegant in den Flaschenhals, steckten ihn, ohne die Maske abzunehmen, in den Mund, eine surreale Anomalie und murmelten »Danke« auf mein expressives Lächeln hin, verstanden es wohl als »Guten Appetit« oder »Gute Gesundheit«. Offenbar trinken sie Bier immer auf diese Weise. Meine Maske funktionierte nicht, bewirkte nichts. Ende also mit diesen Versuchen fragiler sozialer Träume. War eine knifflige Sache, in den Supermarkt einzutreten.
Kürzen wir diese schrecklichen Missgeschicke ab: Wenn der Gebrauch der Maske die Rettung des sozialen Ambientes vorhat, wäre vielleicht der Nichtgebrauch weißer Masken als allgemeine Verkleidung anzuraten. Es bietet sich ein großer Markt für individuelle Konfigurationen und spezielle Dekorationen, die menschliche Oberfläche zu vergrößern – eine gigantische Fülle verschiedener Masken, die einen Rest von Erotik und Kunst bewahren. Für jedwede intime Darbietung, die sofort ein automatisches Lächeln beim Betrachter hervorruft, gilt: Die Maske kann in den Farben der Nationalflagge sein, das Symbol der bevorzugten Fußballklubs zeigen, kann das Sternzeichen verraten, Löwe, Skorpion, Fische, Jungfrau usw., vermag die typischen Charakter wilder Tiere wie Tiger, Elefant, Hippopotamus, Orang-Utan und gar den totalen Rest des Zoos zu adeln. Eine Sache ist zutreffend: Die universelle Maske für Kinder, angelehnt an einen Sender im Internet von Puppen und Kunstfiguren, ist für jedermann eine neue Welt von Inspirationen individueller Marken und definitiver Überraschungen, ein unbegrenztes Kaleidoskop voller multidimensionaler und okkulter Facetten, schafft zugleich Mengen von Gesichtern surrealer Ikonen, wobei im Grunde dieses neue soziale Ambiente Maske in ungezählten Aspekten ein Spiegel der menschlichen Gesellschaft ist, welche das Antlitz der Erde reflektiert. Ohne die Epoche der Pandemie zu überwinden, werden wir nach und nach ein Ende des sozialen Lebens haben. Außerhalb des Karnevals ist eine dauerhafte Welt mit Maske nicht vorstellbar. Eine Maske gegen den Virus und oben auf eine Maske für die Freude des Karnevals wäre ein infernaler Widerspruch, ein ethisches Greuel.
Die Maskenindustrie muss aktiv mit innovativen Ideen den Markt explorieren. Wenn diese augenblickliche Periode – endgültig – mit der Wiederkehr drastischer und fanatischer Ausbrüche von gegenseitigen Küsschen und Umarmungen endet, werden viele Masken archiviert werden und hinterlassen die Erinnerung an expressive Maskenbegegnungen, vor allem mit schönen Exemplaren portugiesischer Augen, seien sie romantischen, arabischen, gotischen oder alleuropäischen Ursprungs – filigran oder violent, sympathisch oder unbequem, elegant oder vulgär, artistisch oder rustikal, introvertiert oder progressiv, klassisch oder futuristisch, ehrlich oder mysteriös, transparent oder rätselhaft, irdisch oder galaktisch, ambitioniert und kommod, geschmacklos oder aromatisch, alles auch ein Defilee von esoterischen und sophistischen Erinnerungen entsprechend den multiplen Charakteren sowie der raffinierten Textiltechnologie.

Bacalhau com Natas – Klippfisch mit Sahne

Rezept des portugiesischen Klassikers • von Ana Paula Goyke

ZUTATEN:

  • 6 Kartoffeln, in dünne Stäbchen geschnitten (wie Zahnstocher – batata palha)
  • 4 Filetscheiben vom Bacalhau, leicht gekocht
  • 2 große Zwiebeln
  • Margarine
  • 3 EL Olivenöl
  • 300g Sahne
  • geriebener Käse
  • Paniermehl 
  • 1 Zitrone
     
    Béchamelsauce
  • 1/2 l Milch
  • 2 EL Margarine
  • 2 EL Mehl

SAUCE:

  • Die Margarine in einer Pfanne schmelzen und das Mehl dazugeben. Umrühren bis ein heller Schaum an der Oberfläche entsteht.
  • Die Milch langsam dazugeben und mit einem Holzlöffel umrühren, bis alles cremig ist. Vorsicht, Klumpen-Alarm!
  • Mit Salz, Pfeffer und Muskatnuss würzen und 10 Minutem köcheln lassen. Bitte nicht vergessen: Immer wieder umrühren!!!

BACALHAU:

  • Die Kartoffelstäbchen frittieren, bis sie gerade hellbraun sind. Ruhen lassen.
  • Die Zwiebelringe in Margarine goldbraun braten. Den leicht gekochten Klippfisch (ohne Haut und Gräten) splittern und dazugeben. Einen Moment garen lassen und danach vom Herd nehmen.

Jetzt Bacalhau, Kartoffelstäbchen, Béchamelsauce, Sahne und Zitronensaft vorsichtig mischen und auf einer Platte anrichten, die auch für den Backofen geeignet ist. Mit geriebenem Käse und Paniermehl bestäuben und im warmen Backofen (200 °C) ca. 15–20 Minuten gratinieren, bis alles schön goldbraun ist.

Bom apetite!

Kehrst Du, Emigrant, nicht heim, komme ich zu Dir nach »draußen«

Graffiti-Foto aus Lissabon

von Ana Carla Gomes Fedtke und Eberhard Fedtke

> Die fortlaufenden Rückkehr-Programme für Emigranten, vom Staat in Perioden von vier Jahren ausgearbeitet, erbringen keinen nennenswerten Erfolg. Mit dieser Erkenntnis muss er letztendlich verstehen, dass sehr wenige seiner Landsleute in der Welt draußen zurückkehren wollen, nachdem sie ihren Lebensabschnitt in spezieller Absicherung in irgendeinem Land in beliebiger Position bewerten – sofern nicht in den Ferien oder im Ruhestand. So sieht das wahrhaftige gegenwärtige Szenario aus. Ein drängendes politisches Thema ist, darüber nachzudenken und zur bedrückenden Realität zu gelangen: Entsprechend offizieller Untersuchungen wird Portugal bis 2060 2 bis 3 Millionen seiner Einwohner verlieren – mehrheitlich hochqualifizierte Jugendliche. Es ist als Tatsache festzustellen, dass mehr Portugiesen draußen leben als im Heimatland. Portugal, ein Land der Emigration, läuft – unvermeidbar – Gefahr, zumindest in ländlichen Regionen ein Altenheim sowie eine Zuflucht für Rentner zu werden, zumal Portugal bereits in der Welt den fünften Platz des Altenanteils in der Bevölkerung einnimmt.. Heimzukehren bleibt spirituell ein hübscher Titel für einen fröhlichen Fado.

Als Ergebnis der Analyse dieser neuen sozialen Plattform der portugiesischen Gesellschaft wird der Staat künftig seine Prioritäten und Visionen auf die Diaspora draußen in mehr als 80 Ländern ausrichten, um die Verbindungen zwischen Emigranten und Heimatstaat zu festigen und letztlich die portugiesische Kultur zu bewahren. Das reichhaltige Libretto enthält als vorrangiges Geflecht: Vereinswesen, Wirtschaft und Entwicklung, Bürgerrechte für Neubürger, Unterstützung vor Ort, Träger der sozialen Kommunikation in der Diaspora sowie authentisches Kulturwesen. Dieses Programm eines Wechsels der Prioritäten von Rückkehr zu einer Stärkung der Diaspora agil der Öffentlichkeit vorzustellen, diente eine grandiose Aufführung mit weiter Ausschau: Auf einem Ersten Kongress der Portugiesischen Diaspora, abgehalten am 13. Juli 2019 in Porto mit mehr als 400 Teilnehmern und in Anwesenheit der Chefs vom Staat, Regierung und Parlament, wurden von zahlreichen Rednern die bestehenden Probleme Portugals mit der Diaspora analysiert, debattiert und behandelt – insbesondere auch die der zweiten und dritten im Ausland geborenen Generation. Vorhaben des Treffens war vor allem, die Multi-Strukturen der aktuellen Emigrationspolitik zu erneuern oder gegebenenfalls zu korrigieren. Die Teilnahme des Außenministers belegt, dass diese neue Öffnung zur Diaspora einen Teil der offiziellen Außenpolitik bildet und ein politisches Gewicht erster Kategorie haben soll.

Das Ziel ist evident: Portugal möchte nicht die Verbindung zu seinen emigrierten Mitbürgern verlieren – einem enormen menschlichen Kapital an Intelligenz und kultureller Kreativität –, wobei dieses ethnische Potenzial seit dem Jahr 1900 in wachsenden Bewegungen das Land verließ, in seiner Mehrheit nach Zentraleuropa mit entwickelten Volkswirtschaften auf der Suche nach Spezialisten. Viele dieser Spitzenköpfe trachten nicht mehr danach heimzukehren. Ein signifikantes Beispiel: Heute bietet der deutsche Staat circa eine Million freier Stellen in unterschiedlichen Arbeitskategorien an. Es fehlen Fachkräfte in allen wichtigen ökonomischen Sektoren.

Die Frage ist, ob es dieser Anstrengung des Staates für die Diaspora bedarf. Jedwede portugiesische Familie hat ihre kleine wirkungsvolle Diaspora – vermögende Familienmitglieder oder Freunde in vielen Ländern draußen, was eine dauerhafte und vielseitige Verbindung mit charakteristischen Abdrücken lusitanischen Esprits belegt. Mithin fehlt es nicht an vielfältig einwirkenden Botschaftern für sämtliche Kulturbereiche in beiderlei Richtung. Die beeindruckende Demonstration durch Emigranten dieser Internationalisierung zeigt sich in den jährlichen Ferien zum Ergötzen der anderen hierzulande, wenn sie in luxuriösen Automobilen herumfahren und Häuser kaufen oder bauen – eine Rückkehr für die Zeit der Rente geplant. Dieser neue Reichtum zeitigt eine spektakuläre Sprache, was wirtschaftlich möglich ist, draußen zu leben, zu arbeiten und nicht zurückzukehren. Gegenüber derlei fortwährender Unausgewogenheit antwortet der Staat mit Besorgnis, möchte darauf mit Vordringlichkeit, Intensität und Fantasie reagieren.

Der erste Kongress der Diaspora definierte exakt die anstehenden Probleme der Emigration, dies in Ersetzung der Rückkehr-Programme. Im Kongress von Porto wurden folgende Punkte erarbeitet und beschlossen:

Ein neues Gesetz der Staatsbürgerschaft sieht vor, dass Kinder und Kindeskinder von Emigranten die portugiesische Staatsangehörigkeit erwerben können, auch wenn die Eltern geschieden sind. Ein neues Wahlrecht erfasst 1,5 Millionen Portugiesen, die in ausländischen Wählerlisten verzeichnet sind, und denen das Recht, in Portugal zu wählen, gewährt wird, was bisher nicht möglich war. Eine doppelte Staatsangehörigkeit stellt kein Hindernis dar. Analysten versprechen sich von diesem Sachverhalt eine signifikante »demokratische Reserve«. Das große Problem wird sein, diese neue »Klientel« zu motivieren. Das ist eine fundamentale Aufgabe der nationalen Presse, die Emigranten fortgesetzt über diese sozialen Neuheiten zu unterrichten. Eine maßgebliche Arbeit in sensibler Dimension.

Weitere Themen betreffen die Harmonisierung in Fragen der Steuerverfassung, wozu ein neuer Steuer-Leitfaden ausgearbeitet wurde, die Aufwertung von Sozialversicherung und Justiz, vor allem auf dem Gebiet des Schutzes von Minderjährigen, ferner die internationale Wertstellung der beruflichen Ausbildung in portugiesischer Sprache, draußen vermehrt das Studium der portugiesischen Sprache anzubieten, und dies mit Blick auf die neuen Regelungen. Einbezogen als weiteres Projekt ist die Stärkung gleichwertiger Zugänge zu sozialen Sektoren im allgemeinen. Schließlich hat das Land die Zusammenarbeit mit den gegenwärtig 66 Handelskammern in der Diaspora zu verstärken, damit diese über bloße Posten der Vertretung hinaus Unterstützung bei Projekten auf vielen Gebieten anbieten, um so Traditionen und kulturelle Gebräuche zu praktizieren.

Jede Diaspora-Gemeinde draußen kann ihre eigene integrale Plattform ausformen und realisieren sowie seine Zukunft zum Mutterland mit konkreten, realistischen Initiativen definieren. Das Fehlen allgemeiner Glaubwürdigkeit für dieses ethnische Ziel wäre unverzeihlich.

Der erste Kongress von Porto sensibilisierte die Teilnehmer umfänglich, indem er ausgesuchte Themenstellungen wählte, zukünftige Prognosen behandelte sowie das Symposium zu kreativen Vorhaben eines »neuen und weiten Portugals« anregte und ermunterte, und dies nicht lediglich im Sinne einer virtuellen Inspiration, sondern im Umfang praktischer Methoden von schlicht realistischer Struktur.

Hoffen wir, dass das Programm einer Rückkehr ins Heimatland weiter in der Agenda der Innen- und Außenpolitik eingebunden bleibt, um auf diese Weise berufsaktive Portugiesen zu bewegen, Erfahrungen aus dem Ausland nach Portugal zu importieren, damit das Land dadurch gewinnt, und dass die neue euphorische Vision für die Diaspora dazu dient, die Bindungen zu allen Portugiesen in der Welt draußen zu intensivieren sowie aufzuwerten und sie nicht als eine voluminöse mystische Demonstration ohne substantielle Ergebnisse verbleibt. Von Seiten der Staatsorgane muss erkannt werden, was konkret die Diaspora und ihre Gemeinschaften benötigen.

Wir werden sehen, was ein nächster Diaspora-Kongress an selbstkritischen Erkenntnissen über den Kongress »Porto 2019« erbringt. Wir werden sehen, ob das Diaspora-Programm ein hübscher Traum wie derjenige des Rückkehr-Programms ist.

Doch zu träumen ist ein Privileg der portugiesischen Mentalität.

Der Fado Sänger Telmo Pires in Berlin (13.11.2019)

Foto von Telmo Pires und seiner Band bei ihrem Auftritt am 13.11.2019 in Berlin

Bericht vom Benefiz-Konzert des portugiesischen Fado-Sängers am 13.11.2019    von Michael W. Wirges

> Am 13. November 2019 gab der bekannte Fado-Sänger Telmo Pires mit seinen drei Gitarristen im kleinen, aber feinen Myer’s Hotel in Berlin-Prenzlauer Berg ein ebenso feines Fado-Benefizkonzert zu Gunsten der Hamburger Stiftung KinderLeben e.V., für nicht mehr als 40 geladene und angemeldete Gäste, zwei Tage vor seinem Auftritt im Kammermusiksaal.
Abgesehen von einem leckeren Buffet vor dem Konzert und in der Pause, mit Brotzeit, Hummus, Käse, mediterranen Weinen und Sommerpils, gab es im Anschluss an das Konzert noch einen geselligen Ausklang mit meet and greet, also auf Tuchfühlung mit den Musikern. Harald Heinke war Telmo Pires sofort ein Begriff − sie hatten sich bereits in den Anfängen in Berlin kennen gelernt!
Telmo Pires wurde 1972 in Bragança geboren, und zog in den 1970er Jahren mit seiner Familie nach Deutschland, wo er zweisprachig aufwuchs. Er machte eine Ausbildung für Gesang und Schauspiel, und debütierte 1995 als Solist. Zunächst mit deutschen und französischen Chansons, entdeckte er nach und nach den Fado und nahm 2004 sein erstes Fado-Album auf. Er verbindet Fado mit Jazz und prägt somit seinen eigenen Stil.
Er lebte und arbeitete 12 Jahre lang in Berlins Szeneviertel Prenzlauer Berg, zog jedoch jetzt wieder nach Lissabon zurück und pendelt zwischen beiden Hauptstädten.
Telmo Pires, begleitet von Cajé Garcia (klassische Gitarre), Luis Coelho (portugiesische Gitarre) und Pedro Sousa (Bass), bot viele seiner Fados dar, sowie ein Instrumental.
Aus seinem neuen Album Através do Fado, das er zu seiner diesjährigen Deutschland-Tournee präsentiert, trug er die Fados Só o meu Canto, Medo und Era uma Vez vor.

Portugal in der Diskussion: Eine Tagung in Chemnitz

Foto von der Gedenkfeier auf dem Largo do Carmen in Lissabon (2014) zur Erinnerung an die Nelken-Revolution 1974

Portugal im deutsch-deutschen Fokus
Zwischen Diktatur, Kolonialkrieg, Revolution und Demokratie (1960–1990)«

Technische Universität Chemnitz, Institut für Europäische Studien und Geschichtswissenschaften Professur Kultureller und Sozialer Wandel

Veranstaltungsort: Zentrum für Materialien, Architekturen und Integration von Nanomembranen (MAIN), Rosenbergstraße 6, 09126 Chemnitz

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aktualisiertes Programm (20.11.2019)

DONNERSTAG, 5.12.2019
8.30–8.45 Uhr: Begrüßung und Einführung
 
8.45–10.15 Uhr: PANEL 1 – Der westeuropäische Rahmen
Moderation: Bernd Rother
• Hermann Wentker (Institut für Zeitgeschichte Berlin): Die Westeuropapolitik der DDR und die deutsche Frage 
• Michael Dauderstädt (ehemals Friedrich-Ebert-Stiftung): Die Europäisierung der portugiesischen Wirtschaft und der westdeutsche Beitrag 1975–1990
 
10.15–10.45 Uhr: Kaffeepause
 
10.45–12.15 Uhr: PANEL 2 – Diktatur und Kolonialkrieg 1961–1974
Moderation: Thomas Weißmann
• Nils Schliehe (Uni Hamburg): Von Geschäften, Gewehren und guten Beziehungen – Die Unterstützung der BRD für die Kolonialkriege des Estado Novo
• Hans-Joachim Döring (Lothar-Kreyssig-Ökumenezentrum Magdeburg): Die Unterstützung der DDR für die afrikanischen Unabhängigkeitsbewegungen
 
12.15–13.30 Uhr: Mittagspause
 
13.30–14.30 Uhr: Diskussionsrunde: Deutsche und das demokratische Portugal
Moderation: Teresa Pinheiro
Henry Thorau (Prof. i.R. Trier), Michael Vester (Prof. i.R. Hannover) und Rainer Bettermann (Universität Jena)
 
14.30–14.45 Uhr: Kaffeepause
 
14.45–16.45 Uhr: PANEL 3 – Portugal als Ost-West-»Politikum«: Deutsche Perspektiven der Nelkenrevolution. 1974–1975
Moderation: Michael Duderstädt
• Antonio Muñoz Sanchez (ICS Lissabon): Grundrisse einer unerwarteten linken Revolution während des Kalten Krieges 
• Bernd Rother (Bundeskanzler-Willy-Brandt-Stiftung Berlin): »Die Nelken brauchen jetzt Wasser« – Das Portugal-Engagement der SPD im internationalen Rahmen
• Gert Peuckert (Deutsch-Portugiesische Gesellschaft): »Hände weg von Portugal!« Die SED und die Nelkenrevolution
 
16.45–17.00 Uhr: Kaffeepause
 
17.00–18.15 Uhr: «Viva Portugal»: Eine kommentierte Filmvorführung mit dem Regisseur Malte Rauch
Moderation: Teresa Pinheiro
 
20.00 Uhr: Gemeinsames Abendessen
 
 
FREITAG, 6.12.2019
8.45–10.00 Uhr: 54 Jahre Portugal Erfahrung – ein Rückblick von Bodo Freund (Prof. i.R. HU Berlin)
Moderation: Uwe Optenhögel
 
10.00–10.15 Uhr: Kaffeepause
 
10.15–11.45 Uhr: PANEL 4 – Die Agrarreform als Utopie der deutschen Linke 
Moderation: Antonio Muñoz Sánchez
• Michael Vester (Prof. i. R. Universität Hannover): Die Agrarreform: Zwischen moralischer Ökonomie und kultureller Tradition 
• Regina Grajewski (Thünen-Institut Braunschweig): Göttinger (Agrar-) Studierende in einer Reisanbaukooperative am Rio Sado
 
11.45–13.00 Uhr: Mittagspause
 
13.00–15.00 Uhr: PANEL 5 – Kontaktzonen
Moderation: Nils Schliehe
• Uwe Optenhögel (Foundation for European Progressive Studies Brüssel): Unicidade und die Folgen: Portugals Gewerkschaftssystem und die Rolle des DGB
• Svenja Länder (Bucerius Law School Hamburg): Vom einmillionsten Gastarbeiter bis zur Nelkenrevolution: Portugiesische Migration in die BRD 1964–1974
• Thomas Weißmann (TU Chemnitz): Die Rolle des Sportes in den Beziehungen Portugal—DDR
 
15.15–16.00 Uhr: Abschlussrunde mit Kaffee und Kuchen
 

Organisation:
Thomas Weißmann
(TU Chemnitz) und Antonio Muñoz Sánchez (ICS Lisboa) · Eine Anmeldung ist nicht nötig. Bitte einfach nach Chemnitz kommen!

«Belcanto» dos preços baixos (artigo em português)

Ana Carla Gomes Fedtke e Eberhard Fedtke sobre a brincadeira com os consumidores

> Portugal é um país com muitos contrastes. Quem visita pela primeira vez este canto da Europa do Sul, fica admirado com os muitos hábitos fora da «normalidade europeia».
Não é só o tempo agradável, a pacifica área social, o ar puro, a gente amigável e acolhedora, mas também a capacidade duma flexibilidade e improvisação em todos sectores do dia a dia. Os portugueses querem improvisar e chamar atenção com ideias «fora da série«.
Fazemos uma observação especial no nosso país: Parece que vivemos continuamente num puro paraíso de pequenos preços. Quando entramos num supermercado, uma onda de ofertas especiais dá-nos as boas vindas em todo lado. É um espetáculo «omni-influenciável« de excessiva e agressiva publicidade perfeita. Uma opulenta redução aqui, uma impressionante ação do mês acolá, da semana ou do dia. Existe uma panóplia de preços tão bem instituída que leva o consumidor de forma arrebatadora. Toda a sala é uma vibração contagiosa de oportunidades exclusivas para «poupar». O publico é altamente stressado: pais esgotados não podem resistir aos caprichos irredutíveis dos filhos, adultos perdem o controlo mental sobre a lista de compras na mão, pessoas de alta formação esquecem perante furacões de ofertas únicas e radicais que, segundo as análises científicas aprofundadas, só máximo de 35% dos produtos expostos no supermercado no setor da alimentação são suficientes para se ter uma vida completamente equilibrada, agradável e saudável, aliás chegam 10% para bem viver, diríamos até: sobreviver. Basta recordarmos por poucos minutos as modestas listas de compras dos nossos antepassados não muito longínquos, não existindo ainda nem supermercados, nem minimercados, só pequenas lojas com mercadorias de produtos de sobrevivência. Se virmos as fotografias a preto e branco das pessoas desta época, notamos que eram elegantes e cheias de saúde. E hoje em dia? Receitas, produtos e consultas para emagrecer no ano 1900 não eram necessários.
A análise contemporânea espelha uma pura imoralidade perante a fome mundial em crescendo e que nos choca cada vez mais. Uma informação global e total via internet choca-nos todos. O mundo inteiro vive a crédito da produção de recursos a partir de meados do ano. Consumir é a maior doença do mundo moderno. Quem tem vergonha? Muito poucos.
Fazemos um exame de consciência e falamos a verdade: acham que são necessárias dez espécies de leite diferentes, vinte modelos de iogurtes, trinta marcas de pão, quarenta variações de queijo, cinquenta seleções de vinho, cem marcas de doces, chocolates ou cereais infantis?
Façamos uma introspeção mental, pensamos na saúde e nas calorias. A grande percentagem acima de 35% respetivamente; 10% representa um puro luxo para a nossa mesa, é muita decoração, e feitas as contas não é mais do que um grave perigo para o fígado, para o coração para o aumento do peso, finalmente uma boa parte, a boa parte talvez acabe no lixo. A secção infantil exerce uma ­esmagadora e potente diretriz nos supermercados, confrontando uma fraqueza significativa de pais que cedem com ­facilidade aos devaneios e birras das crianças. 60% ou mais das crianças portuguesas têm sobrepeso, um escândalo cultural e medicinal.
De propósito, com estratégias profundamente pensadas e minuciosamente ­articuladas, os grandes supermercados levam a cabo «um ambiente agradável de compras», conferindo «um determinado sentimento de bem-estar» de preferência dentro das cores alegres que oferecem músicas lisonjeiras em torno. Este ambiente «a alegria de poupar» é por isso propício ao estímulo de compras ­desenfreadas, tal como uma droga irresistível, despoletando assim o conflito entre tentação e racionalismo, entre força e fraqueza pessoal, entre lógica humana e um absurdo cenário de consumo de imoralidade. Perante este múltiplo stress, acompanha-se o amado cliente a partir da entrada até à caixa, onde filas longas provam significativamente, qual filosofia domina, apresentando-se os carrinhos ou os cestos das compras não raras vezes mega cheios com produtos de luxo.
Placas ilustres e penetrantes, uma invasão para os nossos olhos e ouvidos em forma de propaganda insistente e comovente, quer através da rádio e da televisão, de folhetos coloridos ou de enormes expositores de propaganda da rua contribuem para a sensação de tentar um produto novo ou ainda desconhecido, logo a partir de hoje, experimentar uma receita nova. O sector «PPD − Promoção, Poupar, Desconto» é uma nova industria ilustre e moderna, contaminando as fantasias dos consumidores. «Mais apetite, menos calorias», «A sua saúde é a nossa alegria«, «Hoje não se arrependa», «Novas formas de poupar», «Sempre ao seu lado», «Tudo a preços históricos», «Descobrir o melhor», «Sorriso aos preços cada dia mais baixos», «Centenas de produtos em promoção a não perder», são apenas uma pequena seleção de hipócritas promessas. «Poupar», «Aproveitar», «Comer ­confortavelmente demais», «Beber sem arrependimento» etc. são os slogans ­recorrentes da indústria alimentícia, ­ignorando também as dissonâncias ­financeiras de muita gente «gulosa». Uma suave realidade é que no fim o cliente usufrui de cupões de desconto para a ­gasolina que uma parte destes supermercados incorpora. Mais compras, mais combustível barato disponível, mais quilómetros, mais poluição para os pulmões. É o complemento perfeito: adição dos elementos destrutivos na nossa sociedade moderna, tão animada, constantemente debaixo do estigma da poupança.
Voltamos seriamente às regras económicas: pode um supermercado com um lucro global de 2 até 3% das vendas sobreviver com tais quantias de reduções permanentes de 20, 30, 40, 50 ou até 70%? Não pode. Mas o cliente reage de forma crédula, fraca ou pelo menos superficial e ignorante. Quem compara os preços das ofertas de vários supermercados, para encontrar o preço ideal de um determinado produto, por exemplo da manteiga, da carne e do peixe, dos abacates, dos limões, da batata doce e de todos os produtos favoritos na sua panela? Quem lê os jornais diários ou os labirínticos ­folhetos dos supermercados? Conforme sondagens sérias talvez até 5% dos adultos, entre eles uma boa parte dos reformados que têm tempo para cuidar da alimentação da família ou passam nos supermercados para divertir-se num ambiente agradavelmente pitoresco e que serve para se aquecer no inverno, tendo até cada supermercado de categoria um pequeno bar. A avó e o avô são um par bem informado no sector de supermercados, não os pais que depois do trabalho do dia se apressam para fazer as compras necessárias.
Aliás, a grande maioria dos consumidores compra sempre nas mesmas lojas, tem afinidades irresistíveis com os seus «supermercados de sempre». Alguns deles possuem já um «fan club» para todos: miúdos e graúdos. Ligações quase familiares.
Mesmo a brilhante promessa de equilibrar um preço mais baixo de um ­concorrente, é uma finta inteligente, mas vazia. Precisa-se de um controlo global e eficaz de todo o mercado em causa, para encontrar finalmente os preços certos, já para não mencionar as diferentes qualidades e volumes dos pacotes. O preço do quilo é um dos fatores essenciais para fazer uma comparação verdadeira. Nem pensar numa tal isenta comparação! Falta para a sociedade moderna «de pressa» passar o seu precioso tempo dentro de um supermercado, a fim de comparar preços. Pouco idílico num ambiente ­aldrabão de preços coloridos e encantadores.
No entanto se se fizesse este prazer de um controlo completo, o resultado surpreendente seria muitas vezes o de que um determinado preço baixo ou reduzido − incluído os enormes custos de ­publicidade − numa loja, é um preço normal noutra. O intuito é fazer uma análise total neste sentido e estudar diligentemente todas as secções dos produtos ­oferecidos, tal como faz o vendedor permanentemente, optando ele por colocar preços reduzidos, dependendo estrategicamente dos produtos e das respetivas ofertas na concorrência. Dá-se assim como provado que este sistema de reduções é uma simples tentativa de argumentar as vendas e ganhar mais clientes, pelo menos alguns do famoso grupo dos 5% que compram com os olhos bem abertos. O principal objetivo é sempre auto-egoísta, só em segundo lugar surge indiretamente a vantagem para o consumidor.
Conclusão: estas reduções de preços, em conjunto com uma esmagadora publicidade, servem em primeiro lugar para o bem-estar dos supermercados hoje em dia. A razão é que relativamente ao número populacional, para fornecer a alimentação, as ofertas de mercado −pequenas e grandes, nacionais e inter­nacionais − são em geral exageradas. ­Metade das lojas e supermercados seria suficiente. A população não cresceu em extensão como os metros quadrados dos mercados da alimentação. Os grandes impérios de supermercados que são cada vez mais os grandes responsáveis pela crise do pequeno comércio, que desaparece mais e mais, apresentam uma competição diária e desenfreada de redução de preços, para cobrir os seus próprios custos.
Viver num paraíso de preços verdadeiramente reduzidos é um sonho irreal e mítico. Baixas de preços são à partida preços certos. O preço mais alto, bem ­visivelmente cancelado no indicador para este efeito, é uma mentira tática, um estímulo dia-a-dia variável para servir os interesses de quem vende, uma filosofia individualista para multiplicar os seus lucros.
Brincadeira simples: truques ocultos para cilada dos consumidores de boa fé,
Portugal nada um pais de cucanha.

Der DPG-Präsident auf Reisen: Viagem pela minha terra

Foto der Ruine des Tempels der Diana in Évora

Eine Busreise durch Portugal • von Michael W. Wirges

> Die Maschine der TAP, die uns nach Lissabon bringen sollte, landete an diesem Abend im Mai erst kurz vor unserem Boarding in Berlin-Tegel, ­sodass wir erst anderthalb Stunden als geplant unser Ziel erreichten. Der Bustransfer unserer Reisegruppe − etwa 50 Deutsche mit deutschsprachiger Reisebegleiterin − zum Hotel der Gruppe Galé, das fast genau unter der Brücke Ponte 25 de Abril lag, verlief hingegen reibungslos. Dass wir zwei Tage und Nächte unter der Brücke Unterkunft finden sollten, haben da wohl einige falsch verstanden …
Endlich wieder in der alten Heimat! Obwohl ich in den vorangegangenen sechs Monaten schon zweimal die Gelegenheit dazu gehabt hatte. Für mich würde diese 8-tägige Busreise durch das ganze Land mehr zu einer nostalgischen denn zu einer touristischen Reise werden.
Am nächsten Tag eine Stadtrundfahrt durch Lissabon, mit dem Besuch der wichtigsten Sehenswürdigkeiten: im Stadtteil Belém die Torre de Belém und das als UNESCO-Weltkulturerbe gelistete Hieronymiten-Kloster mit dem Kenotaph für den Nationaldichter Luis de Camões, dem Sarkophag von Vasco da Gama, dem Indienfahrer, dem Kenotaph von König Sebastião (der 1578 nach einer Schlacht in Nordafrika nie mehr gefunden wurde), und dessen Onkel und Nachfolger Kardinal Henrique. Leider konnten wir aus Zeitgründen nicht auch den berühmten Kreuzgang besichtigen. Auf dem Rossio-Platz (Praça D. Pedro IV) standen die ­Jacaranda-Bäume in voller Lila-Blüte, und vom Castelo de São Jorge hatten wir einen herrlichen sonnigen Blick über die ganze Hauptstadt. Den Fußmarsch zu der Burg hinauf und wieder hinab durch das Alfama-Viertel − arabisch für heiße Quelle − haben wir uns nicht nehmen lassen, und auch nicht einen Bummel durch die Baixa (Unterstadt).
Sintra, das wir am nächsten Tag besuchten, war die Sommerresidenz der maurischen Herrscher und der portugiesischen Könige, und ist überhaupt ein mystischer Ort auf bewaldeten Hügeln. Unten das alte Königsschloss aus dem Mittelalter, oben das sehr sehenswerte, bunte und aus verschiedenen Baustilen bestehende Märchenschloss Pena, das der deutschstämmige Gemahl Prinz Ferdinand von Sachsen-Coburg-Gotha der portugiesischen Königin Maria II Mitte des 19. Jahrhundert erbauen und den Park von seinem Freund Baron von Eschwege anlegen ließ.
Hier waren wir oft mit unseren Eltern Quellwasser aus den Sintra-Bergen holen. Und Vaters Geburtstag krönten wir mit einer Fahrt per Pferdekutsche vom Ort hinauf zum Pena-Schloss und wieder zurück, in Serpentinen durch den mystischen Geisterwald! Sir Arthur Conan ­Doyle (Sherlock Holmes) lebte hier zeitweise in seiner Villa, und die Quinta da Regaleira (erbaut um 1900) mit ihrem mystischen Park wurde vor einigen Jahren erneuert.
Am Nachmittag fuhren wir noch über die Ponte 25 de Abril, die 1966 unter dem Namen Ponte Salazar und nach der Nelkenrevolution 1974 ihren heutigen Namen erhielt, zum Cristo Rei bei Almada.
Diese riesige Christusstatue an der gegenüberliegenden Seite des Tejo ist ein Heiligtum und Wallfahrtsort, entstanden nach einem Gelübde portugiesischer Bischöfe in Fátima (1940), sollte Portugal von dem Zweiten Weltkrieg verschont bleiben. Nicht weit entfernt liegt das kleine Städtchen Azeitão, in dem wir noch eine bekannte Keramikfabrik besuchten.
Zu einem Abstecher nach Estoril und Cascais, wo ich aufgewachsen bin, fehlte es an Zeit, und so fuhren wir tags darauf früh los über Fátima, Batalha, Coimbra nach Porto.
Fátima ist der bekannteste Wallfahrtsort Portugals und einer der bedeutend­sten Europas. Hier soll von Mai bis Oktober 1917 jeweils am 13. des Monats drei Hirtenkindern die Mutter Gottes erschienen sein, mit ihnen gebetet und ihnen drei Geheimnisse mit auf den Weg gegeben haben. Ein riesiger Platz, die Basilika mit den Grabmalen von zwei der Hirtenkinder, die sehr früh gestorben sind, die Erscheinungskapelle mit dem Baum der Erscheinung, das alles lässt auch Hartgesottenen den Atem stocken. Da unsere Eltern gläubige Katholiken waren, sind wir als Kinder mit ihnen oft hier gewesen.
In Batalha (Schlacht) steht das als ­Nationalheiligtum geltende gotische Kloster, das als Dank für die im August 1385 von den Portugiesen unter König João I in Aljubarrota gewonnenen Entscheidungsschlacht gegen das kastilische Heer erbaut wurde und heute als UNESCO-Weltkulturerbe gilt. An der Ostseite stehen die Capelas Imperfeitas, ­Kapellen, die nie vollendet wurden. In Coimbra besuchten wir das Universitätsgelände. Die Hochschule wurde 1290 gegründet, gilt als die erste des Landes und eine der ältesten weltweit, und wurde 2013 in die Liste des UNESCO-Welterbes aufgenommen. Hier in Coimbra ist auch eine besondere Art des Fado durch die Studenten entstanden. Am Abend erreichten wir Porto, die Hauptstadt des Nordens.
Ziele des nächsten Tages waren Braga und Guimarães, sowie die Erkundung von Porto. Die kirchliche Stadt Braga ist vor allem bekannt für das hoch über der Stadt, in den Bergen gelegene Heiligtum Bom Jesus do Monte mit seiner prachtvollen Anlage, der Kirche, den Statuen und den 580 Stufen, die in die Stadt hinunterführen. Zum Glück hielt der Bus oben an der Kirche! Guimarães gilt als berço da Pátria − die Wiege Portugals. Hoch über der Stadt wacht das mittelalter­liche Kastell aus dem 10. Jahrhundert. Afonso Henriques erblickte hier 1106 das Licht der Welt und wurde 1139 zum ersten König eines unabhängigen Portugals gekrönt. In der Taufkapelle steht das Taufbecken mit Inschrift.

Foro der Muro dos Cobertos da Ribeira in Porto

Muro dos Cobertos da Ribeira in Porto · © Michael W. Wirges

Porto, die zweitgrößte Stadt Portugals, Kulturhauptstadt Europas, ist wohl die dynamischste des Landes. Man sagt wohl nicht zu Unrecht, dass in Braga gebetet, in Coimbra studiert, in Porto gearbeitet und sich in Lissabon amüsiert wird! Eine Stadtrundfahrt und später auch ein Spaziergang durch die Altstadt − seit 1996 UNESCO-Weltkulturerbe − führte uns zum Douro hinunter, wo wir eine einstündige Fahrt mit einem traditionellen Schiff auf dem Fluss machten. Sehr beeindruckend war der Bahnhof São Bento, der noch im alten Stil erhalten ist und innen große Kacheln mit ­Bildern aus der portugiesischen Geschichte zeigt.
Richtung Süden ging es am nächsten Tag weiter, zunächst nach Bussaco, wo der berühmte Wald Mata Nacional do Buçaco und das romantische Schloss­hotel aus dem 19. Jahrhundert besucht werden konnten. Da standen auch eine 1000 Jahre alte Araukarie und ein 700 Jahre alter Benjaminbaum.
Hier im kühlen Norden, mal in den Termas do Luso, mal in den Termas de Manteigas in der Serra da Estrêla, ­haben wir im Sommer oft mit unseren Eltern die Ferien verbracht, um der großen Hitze weiter südlich zu entgehen.
Nazaré war das nächste Ziel. Das ­malerische Fischerdorf ist nicht nur ein beliebter Badestrand, sondern auch ­bekannt für seine sich in der Nähe brechenden Monsterwellen, die mutige Surfer aus aller Welt anlocken, wo auch internationale Meisterschaften ausgetragen werden. Nach dem Mittagessen ging es schnurstracks durch den Alentejo an die Algarve-Küste, vorbei an Kork­eichen, Getreide- und Reisfeldern, Salzsalinen, Weinreben und Olivenölbäumen. Während die Landwirtschaft im Norden von Minifundien geprägt ist, überwiegen hier die Latifundien (Großgrundbesitz) − die Kornkammer Portugals. An der Algarve findet man riesige Orangenplantagen, aber auch Birnen-, Mandel- und Johannisbrotbäume. Am Abend erreichten wir Armação de Pêra an der Algarve − »Arme Sau«, sagten einige Deutsche, in Anspielung auf den Stadtnamen!
Am nächsten Tag erkundeten wir das Hinterland. In Silves, kulturelle maurische Hochburg und Hauptstadt der Algarve im 11. Jahrhundert, besichtigten wir die mächtige Maurenburg, die Ende des 12. Jahrhunderts von Mauren und Kreuzrittern schwer umkämpft war, und die Kathedrale aus dem 13. Jahrhundert. Die Thermen von Monchique mit ihren heißen Heilquellen, die schon zur Römerzeit bekannt waren und die Fahrt durch die Monchique-Gebirgszüge, die letztes Jahr größtenteils heftigen Waldbränden zum Opfer fielen, waren unsere nächsten Ziele, bevor es wieder zurück ins Hotel ging, und ein Nachmittag zur freien Verfügung angesagt war. Ausgeruht ging es dann am nächsten Tag weiter mit einer Fahrt an der westlichen ­Algarve-Küste entlang. Zunächst bis auf die Festung in Sagres, die vor dem 14. Jahrhundert gegründet wurde, und in der Prinz Heinrich der Seefahrer (1394−1460) bedeutende Gelehrte seiner Zeit − so auch den Nürnberger Martin Behaim −, um sich versammelte, um ­Navigationsgeräte, Seekarten und astronomische Berechnungen zu verbessern. Die Existenz einer Seefahrerschule ist jedoch nicht bewiesen. Das seit der Antike mystische Cabo de São Vicente gilt als der südwestlichste Punkt des europäischen Kontinentes, der Leuchtturm ist einer der lichtstärksten Europas. Auf der Rückfahrt machten wir noch den obligatorischen Foto-Stopp an der Ponta da Piedade mit ihren bizarren Felsformationen, die viele Millionen Jahre alt sein sollen. In Lagos machten wir einen Rundgang durch die Altstadt, mit dem Marktplatz, der Statue für Heinrich den Seefahrer, dem ironischen Denkmal für König Dom Sebastião, dem ehemaligen Sklavenmarkt und anderem Sehenswerten. Hierhin führte übrigens auch meine Hochzeitsreise, das ist jedoch schon sehr lange her, und es hat sich privat bei mir sehr vieles verändert!
Am Abend traf ich mich im Hotel mit Catrin George Ponciano, der Leiterin der DPG-Sektion Algarve. Sie brachte ihren Ehemann mit, den ich zunächst auf italienisch begrüßte, in der Annahme, dass er Italiener sei. Arménio wunderte sich etwas, bemerkte dann aber, dass er Portugiese sei! Zusammen verbrachten wir einen herrlichen Abend mit beeindruckendem Sonnenuntergang an der Praia Dourada, dem Goldstrand.

Foto eines zentralen Platz in Lagos (Algarve)

Zentraler Platz in Lagos (Algarve) · © Michael W. Wirges

Vorletzter Tag dieser für mich nostalgischen Reise: Sehr früh morgens starteten wir auf unsere letzte Etappe Richtung Lissabon. Wieder durch die Algarve und den Alentejo, zunächst nach Beja, wo eine Olivenölpresse von Figueirinha in São Brissos und eine Weinkellerei der Hotelkette Galé (wo wir immer logiert haben) in Santa Vitória besichtigt werden konnten. Im nahe gelegenen Vidigueira erhielt Vasco da Gama nach seiner Rückkehr aus Indien die Grafschaft als Dank für seine Verdienste.
Die einzige fast komplett erhaltene Stadtmauer Portugals befindet sich in Évora. Hier besuchten wir, nahe dem ­römischen Tempel der Diana, die Kathedrale aus dem 13. Jahrhundert. Ein Stadtrundgang führte uns in der Altstadt, die seit 1996 auf der Liste des UNESCO-Weltkulturerbes steht, an etlichen alten Gebäuden vorbei, wie auch an der Universität.
Ein letzter Stopp war die Besichtigung einer Korkfabrik im Alentejo, bevor es endgültig nach Lissabon zurückging, wo wir am späten Abend im Hotel ankamen. Sehr früh am nächsten Morgen hieß es dann Abschied nehmen von dieser schönen Hauptstadt, von den gastfreundlichen, liebenswürdigen Einwohnern dieses herrlichen Landes.
Adeus, Portugal − até à próxima! Bis hoffentlich sehr bald!