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Corona: Quo vadis alegria portuguesa?

Foto Maske gegen Corona

Um protocolo com máscara    de Eberhard Fedtke e Ana Carla Gomes Fedtke

> Estamos em isolamento, no inglês, em lock-down. É uma tristeza em si. Acabamos coisas que estão com atraso de há meses: abrimos revistas, ainda no envelope de plástico, escrevemos mais memórias na agenda, pintamos a parede da sala, limpamos o interior do carro, renovamos o jardim, terminamos as reparações na garagem. Fazemos tudo sem grande motivação. Falta a originalidade da necessidade. É uma paixão ilusória carregada de muita hipocrisia. O que verdadeiramente nos falta, é um exterior vivo, os foguetes em cada fim-de-semana de verão, de semanas e semanas nas festas das aldeias em torno. Faltam, para além destas festas inspirativas, as feiras pitorescas, as refeições, típicas da cozinha portuguesa, naturais e saborosas, debaixo do penetrante barulho da música folclórica dos altifalantes brutais, mais agradáveis. Falta o som dos barcos na barragem em baixo da nossa casa, a barragem da Caniçada; falta o oceano com a sua realidade intensa. Faltam os abraços honestos e os beijinhos criativos dos nossos amigos. Todo este novo mundo tem a categoria de um trauma canibalesco. Falta assistir ao desporto público. Futebol sem espectadores no estádio é como uma sopa sem sal nem pimenta. Todo o público assiste, mas à distância. A terra engole as suas crianças, a pandemia goza da sua pechincha. Cada vez mais o país parece escangalhar-se, em todos lados sociais e nas diversas conexões estruturais, estrangulando a civilização.
Passámos, já, da segunda quarentena desta calma filigrana pesada, mas mesmo um silêncio pitoresco deste género, tão exagerado, oferece muita semelhança com uma lindíssima atmosfera pacífica, mas fria, como um cemitério, campos destes, como nunca, em vogue. Aproveitamos a oportunidade para telefonar via WhatsApp com familiares, amigos, ­colegas, alguns deles perdidos no autodidata homeworking. Assistimos a conferências e reuniões via zoom, coisa tão ­impopular para os portugueses que ­precisam de sentir e cheirar a pele dos outros. Comunicamos à distância, para saber, quais as perspetivas que os outros têm e quais são as receitas intelectuais e os instrumentos práticos que eles inventam para sobreviverem 24 horas sobre 24 horas, nesta prisão higiénica, em conjunto com um inimigo invisível, e como veem eles o futuro. Temem eles uma nova onda de lockdown, mais uma nova mutação do vírus superpotente e ultra ativo? E, se no fim, as pessoas não só devem usar uma máscara, mas um fato completo e asséptico fora de casa, como se o mundo fosse numa grande sala de operações, como se a humanidade contemporânea, toda ela, se encontrasse deitada na mesa operatória da história? Pode ser que a natureza maltratada reaja com rigor e ferocidade mortal, para eliminar a espécie de dois braços e de duas pernas, que denota sucessivamente um desrespeito ambiental, sem dignidade oportuna para usufruir das suas riquezas e sem estima solidária para com os outros congéneres de sangue e cabeça, que eliminam, sem pudor, década após década, inúmeros animais e plantas da terra, perecendo, assim, fauna e flora, condenadas ao dízimo. Lamenta veementemente a nossa florista idosa, que o vírus tem a culpa que neste ano de 2021 não haja limões suficientes e as palmeiras continuam a morrer em grandes quantidades. Pânico exagerado duma velhota ou, quiçá, a profunda sensibilidade de uma profeta que profetiza para a sucessão de mais catástrofes ambientais.
Não acreditamos nas promessas especulativas e bem dilatadas difundidas pela TV, pela rádio e por outra imprensa cega, cujo objetivo é o de repetir monotonamente a falsa analise de um simples interim, neste distúrbio mundial, enquanto o desequilíbrio ecológico e sanitário global cresce cada dia, basta olhar para os mares que finalmente se transformaram em grandes caixotes de lixo, ideais para micróbios e quaisquer outro tipo de vírus, proliferarem. A situação genérica é capaz de chocar, mas pode muito bem acontecer que no ano 2029, o famoso ­Covid 19, o nosso companheiro permanente, e dos nossos filhos ou netos, venha a festejar dez anos dum cruel aniversário, em boa forma.
Escolhemos diligentemente outras opiniões e comentários dos nossos inter­locutores. E uma ilustre mistura de respostas positivas e negativas, emocionantes, artificiais, preocupantes e abstrusas: um espelho e um caleidoscópio real da nossa sociedade tão doente. Oferecemos uma seleção representativa, mas com todo o espírito original, com pontos de vista raros, alguns mesmo fora do entendimento, senão quase irrisórios. Contamos, sem que tenham qualquer ordem de importância:
Um primeiro amigo tocou a nossa alma, lamentando e chorando, que se lhe faltassem as noites de fado, sendo para ele uma verdadeira afeição musical, seria o fim! No entanto, esta musicalidade está repleta de prós e contras, nas atualidades quotidianas e na vida real, mas nega ele categoricamente que a pandemia tem a qualidade dum «conteúdo mitológico digno» de fado. Um outro fica traumatizado deste ataque contra a raça humana, mas mostra-se convicto de que a medicina moderna vai ganhar esta luta difícil. Acredita ele que a medicina ultrapassou, sempre, na história, com sucesso, todas as epidemias e pandemias mundiais, com uma força reprodutora assinalável e com a capacidade de se munir de instrumentos naturais/médicos; estes meios nos tempos antigos eram muito menos evoluídos, mesmo se o Covid-19 durar até ao ano 39 ou ao ano 49, defende ele. Consultado um terceiro, este fica bem satisfeito da linda pausa de aviões «em cima do meu telhado», elogiando o ar mais puro nas ruas, a nova tranquilidade do ambiente amargurado, acordando agora, toda a natureza muito mais verde, uma proibição bem razoável e uma boa alternativa para o antigo «turismo de ­furacão selvagem». A interdição parcial do tráfico nas cidades, o stop de barcos cruzeiros, estas fábricas turísticas de sujidade e de poluição: boa nota tomámos da sua perspetiva. Outro amigo nosso ­amentou todo o martírio das crianças inocentes altamente prejudicadas e que «devem pagar» pelas falhas irresponsáveis de uma vida frívola, super luxuosa e glamorosa, a custo de todos os outros, claro está: as gerações passadas, incluindo avós e pais. Chorou uma senhora que muita gente, nomeadamente trabalhadoras, mulheres, sofrem sem trabalho por causa da pandemia e para muitas crianças indefesas falta «o pão suficiente de cada dia», como rezamos no Pai Nosso! Mas uma senhora crente explicou-nos, com muita calma e pura convicção, fisicamente notável, que todo este atual cenário, nada poético e tão alarmado para muitos que não conhecem a bíblia, com as suas ricas parábolas e profecias, sobre o fim dos tempos, vem recordar aquilo que está escrito no «livro da vida», segundo ela, no capítulo 11, versículo 18, Livro do Apocalipse segundo S. João: «E iraram-se as nações, e veio a tua ira, e o tempo dos mortos, para que sejam julgados, e o tempo de dares o galardão aos profetas, teus servos, e aos santos, e aos que temem o teu nome, a pequenos e a grandes, e o tempo de destruíres os que destroem a terra.» Ela só ficou muito preocupada sobre a adoração das figuras dos santos nas igrejas e santuários, onde a gente mexe com a mão as exposições religiosas, algumas delas continuando − incrivelmente − a beijá-las! Assim, igrejas e santuários ­serão fontes de infeções repetidas, sem fim? Não pode, não deve ser assim.
Um amigo, filósofo de profissão, e com uma língua luzida, com as raras capacidades virtuais de astrologia, pressagiou uma imagem no futuro de um impreterível terremoto, seguido de um furacão apocalíptico, continuando o mundo vestido apenas de fauna e flora pacíficas, brincando, para não excluir uma certa possibilidade de grande parte dos ­homens, fugir para o universo, as preparações, como já o nosso momento o vai revelando, vão já bem avançadas, para continuar com os seus conflitos e guerras noutras estrelas ou frias galáxias. Um amigo médico anunciou um radical ­vírus-lifting com novos medicamentos, ­ignorando estritamente uma bancarrota da raça humana. Ao invés, aponta para um renascimento e uma reanimação gloriosas, com novas atitudes e novos e evoluídos mecanismos para proteger e salvar a natureza, assim como as suas fontes, voltando um homem sem máscara. Uma senhora, conhecida entre os amigos pela sua obsessão simpática de distribuir com uma retórica liricamente pintada de esperança anti pandémica, vê alegria ­infinita nas abstrações da saúde, enfim, relíquias fascinantes nos horizontes ­rosas. Mais uma outra declarou, ainda, que sentiu na discussão sobre o vírus e a pandemia, uma conspiração e manipulação divertidíssimas dos indivíduos extraterrestres para acumular a miséria no globo, antes de o ocupar. Precisa-se de uma rebelião forte contra esta infiltração preta, exigente, de olhos góticos verdes, brilhantes de raiva, bem visto no Whats App. Um último sinal, vem de um músico-amigo, atualmente hospitalizado com o vírus de Covid-19, que com palavras fracas, já voando acima dos níveis da pandemia, segreda triunfando: «Quando entrar no céu, vou numa primeira tentativa procurar e saudar o excelentíssimo Senhor Beethoven, para lhe agradecer, em nome da toda raça humana, a fascinação da sua música ‹completamente fora do mundo›.» Paciência, meu caro, temos tempo para este arranjo, absolutamente justo. Que diferença faz, penso eu, a preocupação da nossa florista e deste nosso músico, ambos com todos os direitos nesta íntima atualidade?
Acabamos com este pequeno balancete selecionado, resumindo o facto insuspeito de que, em princípio, todos os cidadãos portugueses se sentem atingidos desta miséria perigosa, um derradeiro anacronismo higiénico na nossa sociedade. Todos estão cheios de atividades solidárias e de uma esperança fortíssima. Na nossa estatística pessoal, metade dela define o caos com previsão positiva, outra metade com múltiplas dúvidas pessoais, para viver um dia sem este flagelo do século 21, não ficar muito tempo nesta situação ainda, não pensar que será para sempre, à semelhança do que acontece no Carnaval de Veneza, esta cidade italiana, famosa pelas suas máscaras históricas, altamente inventivas e engenhosas, extraordinárias e absolutamente espetaculares. A pandemia no mundo inteiro não é só um filme mudo, grita socorro, por detrás de milhares de máscaras.
A cronologia completa verdadeira da pandemia Covid-19 vai ser escrita, talvez, pelos nossos bisnetos, quem sabe. Não o esperamos. Para ficar em bom equilíbrio da mentalidade e da língua portuguesa, dizemos, apenas, e julgamos: vamos ver se conseguimos fazer o melhor para ­solucionar o ótimo, para pôr fim a este purgatório social.

Ein US-Amerikaner in Ponta do Sol (Madeira)

Foto von John Dos Passos

Über den Schriftsteller John Dos Passos (1896–1970) und seine portugiesischen Wurzeln    von Dr. Ingolf Wernicke

> Der außerordentliche Beitrag, den John Dos Passos zur modernen, amerikanischen, zeitgenössischen Literatur des 20. Jahrhunderts, insbesondere mit seinen Hauptwerken wie Manhattan Transfer und U.S.A.-Trilogie ­geleistet hat, ist heute unbestritten. Er gilt heute neben dem irischen Schriftsteller James Joyce, neben Gertrude Stein, Aldous Huxley und seinem Freund Ernest Hemingway als einer der herausragendsten Schriftsteller, der sich wie viele andere Künstler, Poeten und Musiker mit der schnellen Umwandlung der USA in ein industriell geprägtes Land mit westlicher Kultur während des späten 19. und beginnenden 20. Jahrhunderts beschäftigt hat. Das Einzigartige der Romane von John Dos Passos sind im literarischen Sinn sein Kameraauge, seine einer Wochenschau ähnelnde Berichterstattung, sein satirischer Erzählstil sowie seine biographischen Entwürfe. Unter Verwendung von Techniken aus Bereichen des Journalismus, des Kinos, der Musik und der Fotografie erfand John Dos Passos einen vollkommen neuen Erzählstil, der die sozialen und politischen Auswirkungen der technischen Entwicklung wie z. B. von Auto, Flugzeug u.a. auf das Leben der Menschen beschrieb. Er publizierte zahlreiche Bestseller und erhielt 1957 in den USA vom National Institute of Arts and Letters in der Kategorie «Fiction» die Goldmedaille.
Der amerikanische Schriftsteller bedauerte es allerdings einmal im einen Interview im Eco do Funchal (Juli 24, 1960, S. 1 + 2), dass er nicht die Sprache seines Großvaters − portugiesisch − sprach, ­obwohl er bereits als Kind im Alter von acht Jahren durch seinen Vater während eines mehrwöchigen Besuchs von Madeira das Land und seine familiären Wurzeln erstmals kennengelernt hatte. 
Sein Großvater, Manoel Joaquim Dos Passos, wurde 1812 in Ponta do Sol auf Madeira geboren, emigrierte 1830 in die USA, lebte in Baltimore und Philadelphia. Er heiratete Ann Cattel, die John Randolf Dos Passos (1844–1917) als Sohn gebar. Dieser wurde später Rechtsanwalt, heiratete Lucy Addison Sprigg und beide wurden die Eltern von John Roderigo Dos Passos, der 1896 in Chicago geboren ­wurde. John Dos Passos studierte an der Harvard Universität Literatur, in Spanien Architektur und meldete sich 1917 als Freiwilliger Soldat in eine Sanitätseineinheit während des Ersten Weltkrieges nach Frankreich. Nach der Veröffentlichung seines Werkes Three Soldiers unternahm er 1921 wieder eine kurze Reise mit einer Autorengesellschaft nach Madeira. Er arbeitete als Autor, Journalist und auch als Maler mit zahlreichen Ausstellungen und bereiste darüber hinaus Europa, Südamerika und auch die Sowjet­union. 1930 publizierte er seinen Welterfolg Manhattan Transfer, während des Zweiten Weltkrieges arbeitete er als Journalist für das Magazin Life und berichtete nach dem Krieg über die Nürnberger Kriegsverbrecherprozesse. 
1960 besuchte John Dos Passos nun, diesmal mit seiner Frau Elisabeth Hamlin und seiner Tochter Lucy, die Insel Madeira. Hier wurde die amerikanische Familie von Verwandten und Politikern der Insel willkommen geheißen. 1966 beschrieb Dos Passos in seinem Werk The Best Times seine Erinnerungen an den Geburtsort seines Großvaters und die Eindrücke seiner Reise: «He was born in Ponta do Sol, a tiny town buried in a deep gash in the mountain a few miles east of Funchal, (…)» Er beschrieb ferner den kleinen Strand aus Geröll, die Fischerboote und die Weinstöcke an den schroffen Berghängen. Kleine unregelmäßige Felder zum Ackerbau ernährten einst die Menschen. Als Jugendlicher nach seinem ersten Besuch von Madeira im Jahre 1905 dachte er, dass die Menschen in Ponta do Sol ausschließlich Kleinbauern waren, die ihr Land bepflügten. Bei seinem Besuch 1960 bemerkte er, dass es mittlerweile Kontore, Schreibstuben, Notariate und Büros von kleineren Amtspersonen und Priestern gab. Im Zentrum des Ortes besuchte er die an einem Hauptplatz gelegene, solide gebaute und mit sieben Sternen des Zeichen des Großen Bären über dem Haupteingang versehene Villa Passos, den Wohnsitz seiner Vorfahren.
1967/1968 unternahm John Dos Passos weitere Reisen durch die USA, nach Italien und nach Portugal. Hier recherchierte er für sein letztes Werk, das den Literaturkennern wahrscheinlich weniger bekannt ist, und den Titel hat The Portugal Story − Three Centuries of Exploration an Discovery. In dieser Publikation, die innerhalb seines Gesamtwerkes als letzte historische Erzählung 1969 erschienen ist, beschreibt John Dos Passos in lebendigen eigenen Geschichten die größeren und vermeintlich kleineren Ereignisse, die Portugal ab dem 15. Jahrhundert zur bedeutendsten Macht Europas gemacht haben. Das Werk untergliedert sich in die Kapitel »Wie Portugal entstand«, »Die ­Erben der Abendteurer«, »Die Unternehmung Indien«, »Der Höhepunkt der portugiesischen Herrschaft« und »Portugal in Amerika«. Interessant sind dabei die sehr umfassend und faktenreich geschilderten einzelnen Kapitel wie z. B. »Vasco da Gamas letztes Kommando« oder »Die Plünderung eines halben Kontinents.« In seinen Darstellungen erkundeten die portugiesischen Karavellen bereits im frühen 15. Jahrhundert die Küste Afrikas und stießen auf die Inseln im Mittelatlantik. Ein Jahrhundert später kreuzten die großen Galeonen nach Brasilien und umfuhren das Kap der Guten Hoffnung, um in der Ferne die östlichsten Randgebiete des Orients wie die Molukken und Nordaustralien zu erkunden. Oftmals begaben sich die Portugiesen dabei in tödliche Konflikte. Nach Meinung von Dos Passos übte Portugal während der Zeit der Seefahrt gegenüber Juden Toleranz aus, da viele als Astrologen, Geographen und wissenschaftliche Berater am Hofe der portugiesischen Könige arbeiteten.
Ohne auf die einzelnen Fakten seiner Geschichte Portugals eingehen zu wollen, kann man auf jeden Fall auf der Basis seiner biographischen Daten und dieser historischen Erzählung feststellen, dass auch bei John Dos Passos, einem berühmten Amerikaner, der in dritter Generation von einem Einwanderer aus Madeira abstammte, die familiären Wurzeln sowie die tradierte Geschichte und Kultur seiner Vorfahren und deren Heimatland eine außerordentliche Bedeutung für ihn gehabt haben. 1970 starb John Dos Passos in Baltimore, Maryland.
In Ponta do Sol auf Madeira entstand anlässlich seines 100. Geburtstages 1986 im Jahre 1989 die Idee der Einrichtung eines Kulturzentrums in der Villa Passos, die im Jahr 2000 von der Regionalregierung zusammen mit dem Grundstück erworben wurde. 2004 wurde in Anwesenheit des Präsidenten der Regionalregierung Madeiras, Dr. Alberto João Jardim und der Tochter des Schriftstellers, Lucy Dos Passos Coggin und ihrer Familie das John Dos Passos Cultural Center das um einige Gebäude erweitert wurde, eröffnet: https://cultura.madeira.gov.pt/centro-­cultural-john-dos-passos. Im Zentrum existiert heute ein große Leih-Bibliothek, die Dra. Carmo da Cunha Santos Library mit vielen Periodika und circa 6000 Büchern, die über die Botschaft der USA in Lissabon und von vielen privaten Leihgebern gestiftet wurden. Die Werke von John Dos Passos befinden sich hier in 18  Sprachen übersetzt. Außerdem gibt es ein kleines Museum mit einem Schlafzimmer aus dem 19. Jahrhundert aus Mahagoni, das den Großeltern Manoel Joaquim Dos Passos gewidmet ist, sowie eine Küche aus der Zeit der Großeltern, die in Kooperation mit der Casa do Povo de Ponta do Sol mit Workshops, zu regionaler und traditioneller Gastronomie und zu bestimmten Bräuchen, betrieben wird. Zum John Dos Passos Centro Cultural gehört außerdem ein Auditorium mit 180 Sitzplätzen. Hier werden Theateraufführungen, Kinoabende, Konferenzen, Colloquien und auch Bildungsaktivitäten veranstaltet. Wer als TouristIn auf Madeira nicht nur die Wanderwege in den Bergen wie z. B. zwischen dem Pico do Arieiro und dem Pico Ruivo, auf den Hochebenen oder auch entlang der zahlreichen Levadas der Insel abwandern will, sollte unbedingt das Kulturzentrums John Dos Passos in Ponta do Sol besuchen.

Literatur: JOHN DONALD SILVA, The Magnolia Lectures, Funchal, Madeira, 2014, (S. 203 bis 243). Mit zwei Vorträgen über John Dos Passos und seine Bedeutung für die Weltliteratur, die Prof. John D. Silva, Freund des Autors und seiner Ehefrau, im Kulturzentrum John Dos Passos in Ponta do Sol 2010 und 2011 gehalten hat. Prof. John Donald Silva unterrichtete 42 Jahre an der Universität von New Hamp-shire (USA) Englisch und besucht seit 1987 jährlich für mehrere Monate im Jahr Madeira, um nach seinen portugiesischen Wurzeln zu forschen. Sein Großvater José Abreu Silva emigrierte 1880 von Madeira in die USA.

Die Fischer von Alvor

Foto einiger Fischer von Alvor am Algarve (Portugal)

Über soziale Strukturen beim Fischfang am Algarve: Einmal Kamerad, immer Kamerad    von Catrin George Ponciano

> Die Fischer von Alvor sind von jeher eine eingeschworene Gemeinschaft. Sie teilen alles miteinander: Strapazen, Gefahr, und Ausbeute.
Der Fischerort Alvor ist eine Gemeinde der Stadt Portimão und liegt in einer natürlichen Hafenbucht am Ostufer der gleichnamigen Lagune Ria de Alvor −  getrennt vom Meer durch eine kilometerlange Sanddüne. Gut geschützt diente die Hafenbucht im späten Mittelalter noch den Seefahrern als Ankerplatz auf ihrem Seeweg weiter an der lusitanischen Küste gen Norden. Im Laufe der nächsten Jahrhunderte wuchs Alvor dann zu einem dynamischen Marktplatz mit Fischerhafen heran. Bis zur Nelkenrevolution eher ein nostalgisches Anhängsel westlich von Portimão, entwickelte sich Alvor in den 1980er Jahren allmählich zu einem properen Touris­mus­­ort. Hotels und Ferienapartment-­Anlagen wurden gebaut, die Zufahrtsstraßen asphaltiert und Alvor an die öffentliche Kanalisation angeschlossen. Dennoch hat das traditionelle Fischerhandwerk überlebt und reflektiert auch gegenwärtig die soziale und wirtschaftliche Struktur der Gemeinde.
2004 zog die Fischergilde aus windschiefen Hütten von der Sandbank um in massive Holzhäuser. Seither liegen die Fischerboote in Reih und Glied vertäut am Pier, und dümpeln nicht mehr wie bis dato frei ankernd in der Lagune. Der Umzug brachte etliche Vorteile für die Fischergemeinschaft mit sich: Früher mussten sie ihre Ausrüstung vor und nach jedem Fang mit einem Beiboot an und von Bord schaffen, jetzt schieben sie alles Nötige mit einem Handkarren über den Steg bis zu ihrem Boot. Eine eigene Bootsrampe mit hydraulischem Schiffshebekran hilft beim Ausladen voller ­Fischfangkisten und beim Beladen mit Trockeneis. 
Dennoch: Das Fischerhandwerk bleibt Knochenarbeit. Durchschnittlich fahren die Fischer viermal pro Woche auf See. Sie laufen gegen Mitternacht aus und kehren am Nachmittag am Tag darauf zurück. Dann wird der Fisch gelöscht und das Deck und der Laderaum geschrubbt. Anschließend will die Ausrüstung aufgeräumt sein und für den nächsten Fang vorbereitet werden.
Fischer sind fleißige Männer. Sie leben mit und auf dem Meer. Ihre Sehnsucht gehört der See. Sie sind Kameraden auf Gedeih und Verderb. Trotzdem wissen sie nie im Voraus, wie hoch ihr Lohn am Ende des Tages sein wird. Sie werden ­älter. Die Knochen müde. Doch selbst im Rentenalter bleiben sie ihren jüngeren Kameraden als fleißige Helfer an Land, treu.
Vielleicht ist es die jahrelange, manchmal lebenslange Kameradschaft, vielleicht das stille Gelübde, das Überirdische niemals infrage zu stellen. Schließlich fahren zum Schutz der Fischer ­immer das Figuren-Trio der Heiligen ­Maria Fátima, Santo António und der Schutzheilige der Fischer São Pedro ­neben Echolot und GPS-System auf der Armatur neben dem Steuerrad mit.
Kapitän Lourenço ist 52 Jahre alt, und hat das Fischerhandwerk seit er zwölf war, von seinem Vater erlernt. Mit zwanzig ging er von Bord und arbeitete im Hotel. Mit dreißig kehrte er zurück an Bord. »Ein Mann muss seine Pflicht erfüllen. Hat er keine Wahl, muss er jede Arbeit annehmen. Hat er die Wahl, ist er ein zufriedener Mann«, lächelt er und sagt: »Ich ­hatte die Wahl.« 
Weise Worte eines Mannes, der täglich sechzehn und mehr Stunden schuftet, sich Tag und Nacht den Gefahren und Strapazen auf See aussetzt und die Verantwortung für seine Besatzung trägt. Er und seine Crew sind beherzte Burschen. Sie arbeiten still, fluchen über Politiker, zanken wegen Schiedsrichterentscheidungen beim Fußball und vertragen sich wieder beim gemeinsamen bescheidenen Mahl am Tisch vor der Fischerhütte.
Sie betreiben die pesca artesanal mit drei unterschiedlichen Fangmethoden. Für Kraken, Tintenfische und Kalmare, für Krebse, Dorsche, Muränen und Meeraale setzen sie Reusen ein. Käfig­fallen aus Plastikmaschen. Mittels Lebendköder locken sie die Beute in die Käfige. Mit Boje gekennzeichnet, versenken die Fischer die Reusen auf den ­Meeresboden und sammeln sie drei Tage später wieder ein. Metallstangen rund um das Heck befestigt sorgen dafür, dass die Reusen nicht von Bord rutschen.
Für das Schwarmfischen kommen Netze mit mittlerer Maschengröße zum Einsatz. Manche mit bis zu 500 Meter Länge sinken achtzig Meter in die Tiefe. Sobald das Echolot einen Fischschwarm anzeigt, lassen die Fischer das Netz ins Wasser gleiten. Die mit Bleikugeln beschwerte Randleine sinkt ab, das Netz breitet sich im Wasser aus, während der Skipper im Kreis um den Schwarm herum steuert und das Netz die Fische einkreist. Sind Anfang und Ende des Netzes zusammengeführt, holen die Fischer das Netz ein, und ein an Deck montierter Flaschen­zug hievt den Fang im Netzbeutel an Bord.
Die dritte Methode ist der Fischfang mit Langleine und Angelhaken, genannt anzóis. Die Langleine misst 2000 bis 4000 Meter. Im Abstand von zwei Armlängen werden an die lange Hauptleine kürzere Stücke von etwa 1,50 Meter Länge geknotet und an jedes Leinenende jeweils ein Haken. Die Summe der Haken beträgt Pi mal Daumen 2000. 
Nach jedem Fang muss die Langleine entwirrt und neu gewickelt, die Haken überprüft und unter Umständen ausgetauscht werden. Bis jeder Meter Langleine und jeder Haken überprüft und alle sauber aufgereiht nebeneinander im Korkschwamm am Rand der speziell für die Langleinen-Methode entwickelten Holzkiste, genannt aparelho stecken, sind zwei Männer zwei Tage lang ununter­brochen beschäftigt.
Fehlt nur noch der Köder. Hierfür verwenden sie fermentierte Sardinen, schneiden sie in Stücke und spießen auf jeden Haken einen Köder.
Die vierköpfige Besatzung mit Kapitän Lourenço trifft letzte Vorbereitungen, dann geht es los mit Kurs Südsüdwest. Das angepeilte Gebiet liegt fünfunddreißig Meilen vor der Küste von Sagres. Hin und zurück sind die Fischer jeweils vier Stunden unterwegs. Für den eigent­lichen Fischfang bleiben sie weitere acht Stunden auf See. Auf dem Rückweg ­löschen sie den Fang im Hafen von Lagos. Der Fisch wird auf Lourenço registriert und kommt anschließend direkt in die Fischversteigerungshalle lota, dort zuerst auf die Waage und danach unter den Auktionshammer. Der Verkaufserlös wird nach einem einheitlich festgelegten Kommissionsschlüssel der Fischereiaufsichtsbehörde DOCAPESCA aufgeteilt und Lourenços Konto und seinen ­Fischern gutgeschrieben. Einmal Kamerad, immer Kamerad.

60 Jahre Amnesty International

Foto eines Plakates von Amnesty International

Ein Vorfall in Lissabon führt 1961 zur Gründung der Menschenrechts-Organisation    von Josef Wolters

> Am 28. Mai 1961 erscheint in der Britischen Zeitung The Observer ein Artikel mit dem Titel The Forgotten Prisoners (Die vergessenen Gefangenen). Der Verfasser dieses Zeitungsbeitrags, der britische Rechtsanwalt Peter Benenson, geb. Solomon, ist erschüttert über eine Nachricht, dass zwei portugiesische Studenten zu sieben Jahren Haft verurteilt worden sind.

Was haben sie getan oder verbrochen?
In einem Café in Lissabon haben sie gut gelaunt mit einem Trinkspruch auf die Freiheit angestoßen, etwa: À sua saúde e liberdade! Diesen Spruch und ein paar kritische Aussagen zur Diktatur nehmen Geheimpolizisten des damaligen portugiesischen Herrschers António de Oliveira Salazar auf und verhaften die zwei Studenten, denen dann der Prozess gemacht wird.

Das Rechtsempfinden Benensons ist so stark gestört, dass er diesen Vorfall und dessen Folgen sowie ähnlich gelagerte Fälle aus anderen Ländern zum Anlass nimmt, den Zeitungsartikel zu schreiben und zu veröffentlichen. 

Andere namhafte Blätter wie die französische Le Monde, die italienische Corriere della Sera und die International Herald Tribune drucken Benesons Artikel nach. Diese Aktion − auch «Appeal for amnesty, 1961» genannt − gilt als Geburtsstunde von Amnesty International.
Noch heute wird im alle zwei Monate veröffentlichten Amnesty Journal das Schicksal von Menschen beschrieben, die nach allgemeinen Menschenrechtsgrundsätzen zu Unrecht ihrer Freiheit beraubt und oft unter unwürdigen Bedingungen inhaftiert sind − und nicht selten misshandelt bzw. gefoltert werden.

»Briefe gegen das Vergessen« können an die in Berlin/Deutschland akkreditierten Botschafter der Länder geschrieben werden, in denen Personen aus allgemeiner Sicht zu Unrecht eingesperrt sind. Viele Kirchengemeinden und Ortsgruppen von Amnesty International halten auch fremdsprachlich abgefasste Briefe vor, in die nur noch Adresse mit Namen und Unterschrift eingetragen, frankiert und abgesendet werden müssen.

Allen Interessierten sei gesagt, dass die Briefe in der Vergangenheit vielfach Erfolg haben. Freilassungen, Hafterleichterungen, Aufhebung von Todesurteilen etc. erfolgen vermutlich in totalitären Staaten nicht überall aus humanen Gründen, sondern weil auch mehr oder weniger diktatorisch regierte Regime in der Welt ihr Gesicht nicht (gänzlich) verlieren wollen. Mit Sicherheit kann der schriftliche Einsatz vieler Menschen sich lohnen, wenn das Einzelschicksal eines zu Unrecht einsitzenden Menschen Solidarität erfährt und ihm Beachtung geschenkt wird.
Rund zwei Millionen Menschen in rund 150 Staaten unterstützen die Arbeit von Amnesty International, deren Zentrale in London ist und die in Deutschland ihren Sitz in Bonn hat.

Weitere Informationen

Migração: Em busca do sabor português

Foto der Ponte Vasco da Gama, Lissabon

de Ana Carla Gomes Fedtke e Eberhard Fedtke

> Os temas emigração, voltar a minha casa e viver fora na diáspora tiveram sempre uma posição de destaque para um povo de emigração. Todas as tentativas periódicas do estado português para encontrar uma solução elástica e equilibrada, desta envergadura política e social, não deram resultados suficientes no passado. A rapsódia oficial do sol, do ambiente pacífico e social, do futebol ultra, do vinho e do fado, não chega para uma reemigração séria e eficaz. Várias razões e fundamentos estão na base, pouco épica, para um povo, onde mais de metade da população com boa razão emigra, para mais de 80 países do mundo, e só poucos voltam para viver aqui, apenas na reforma, não na vida ativa. A sociedade portuguesa perde constantemente, todos os anos, imensos números de capacidades e valores humanos, de preferência women power. A indústria e a economia do país seriam felizes se recebessem mais reemigrantes que importam, simultaneamente, experiências úteis sociais e sociopolíticas de fora. Sondagens provam que uma ótima condição, para qualquer posição elevada na economia e na administração pública, é uma educação académica em Portugal, assim como qualquer tempo de aprendizagem autêntica, num país fora de alto standard social.

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Não chega um conceito elaborado do estado, sem oferecer vantagens de certa monta no setor financeiro. No artigo «Programa Regressar – uma brincadeira politica?» que publicámos no PORTUGAL REPORT, nº 77, as ideias e regulamentos do estado português para bater basicamente o permanente desequilibro demográfico, no que toca à perda deste povo inteligente e eficaz, redundou numa emigração pesada e preocupante. Também nesta pandemia foi sendo demonstrada a falta de âncoras de salvação social suficientes. Não ter qualquer emprego é um fatalismo atual, um problema em crescendo, particularmente para os jovens. O Estado trabalhou com uma resolução do Conselho de Ministros de 14 de março de 2019, tendo em vista que as pessoas que tivessem saído até dezembro de 2015, ser-lhes-iam oferecidos subsídios financeiros para que se tornassem residentes num curto espaço de tempo. Ora, com um teto de 6.536 euros para uma família inteira, bem instalada, “fora”, em qualquer país, com trabalho certo e segurança social, era como que uma esmola sem qualquer estímulo e atração, voltar para Portugal. Aqui vive bem apenas uma sociedade aristocrática arcaica, que ainda não tem coragem de minimizar ou terminar com a sua estrutura política de «exclusão de partes da sociedade para a igualdade», para não oferecer nem praticar esta mesma igualdade, tolerando oportunidades satisfatórias em todas as classes sociais, com o objetivo fundamental de limpar o simples obstáculo de que não se dispõe de um sistema moderno social, justo para o povo de condição social média e baixa. Privilégio há o apenas para uma elite e para as suas famílias, em todo o sentido. Crianças e jovens, por exemplo, que não fazem parte desta pequena elite fechada, não têm oportunidades iguais de uma educação adequada e para ter uma profissão digna, ficando esta reserva intelectual concreta disponível, somente, para emigrar – um circulo vicioso. Em resumo: estes planos ambíguos para efetivar este regresso foram, por parte do Estado, estratégias políticas sempre mal pensadas, economicamente desproporcionadas e, na soma de todos aspetos sociais, totalmente irrealistas, como prova a vida cotidiana. No fim, pode apontar-se uma situação nada saudável para a renovação das estruturas futuras do país. Nas diásporas fora, as pessoas sabem: um bom projeto economicamente sustentável da vida, para depois voltar a casa é um risco fundamental, nomeadamente para uma família com muitas cabeças.

Assim, o Estado mudou, para não perder os laços com os próprios compatriotas, readaptando a sua tática. A demanda da nova e determinada filosofia, apresentada com muita aclamação no primeiro Congresso de Diáspora Portuguesa, no dia 13 de julho de 2019, no Porto, foi apenas titulada de forma poética. «Se não regressas, emigrante, vou ter contigo lá fora». Sobre esta nova inspiração política e social publicámos, também um artigo, no PORTUGAL REPORT, nº 78. Faltam fazer ainda algumas experiências, indagar, por exemplo, se esta nova sensibilização com o mundo dos emigrantes tem resultados positivos, no sentido de se chegar a um contacto, também, com a segunda e terceira geração, nascidas na diáspora. Algumas delas nunca visitaram Portugal, pelo menos uma vez, nas férias. Convenhamos, contudo, que a manter-se a atual situação higiénica no mundo inteiro, no futuro, isso seja cada vez menos possível, já para não falar naqueles casos em que as novas gerações nem sequer sabem uma palavra de português, encontrando-se, ao invés, completamente integradas na cultura do país de nascimento e com um cunho prevalecente dessa cultura estrangeira. A nova direção com o intuito de reforçar as ligações com a diáspora deve seriamente provar, se não será mais uma canção lírica. Aliás: quem paga os custos suplementares e consideráveis?

No entanto, não se deve desesperar: adicionalmente, a estratégia tripla estatal, para evitar a emigração de capital humano, de animar certos grupos de emigrantes, para não regressarem apenas no tempo da reforma, terá de passar, finalmente, por reforçar de forma básica, uma ligação geral e forte na diáspora, para se obter, de forma lenta, mas viva, o aspeto de uma eventual reemigração, existe, contudo, um aspecto importante, ainda que errado, mas lancinante: as crianças dos emigrantes, nascidas fora e, em caso favorável, com uma dupla nacionalidade, possam demonstrar a vontade de voltar, querendo dizer com isto que, emigrem do país que os viu nascer para o país dos seus próprios pais. 

No arquivo deste jornal encontra-se uma reportagem sobre esta migração, na quarta categoria, com sucesso completo em todos aspetos. Este artigo fala de dois jovens portugueses, nascidos na Alemanha, que com uma educação completa escolar e profissional alemã, tendo os pais deles emigrado para a Alemanha, não se lhes desfez o seu sonho de viver em Portugal. Estes dois jovens empresários, corajosos, celebram os primeiros dez anos de atividade comercial em Portugal. Sentados elegantemente com as suas mulheres num restaurante na praia da Comporta, exposta ao sol, e com a riqueza da comida alentejana nos pratos, sem dissonâncias, evidencia a volta num ambiente pacífico. Falam, de vez em quando, com lágrimas nos olhos, sobre estes longos dez anos de integração em Portugal; uma retrospectiva repleta de progressos e antídotos típicos desta época. São análises muito realísticas, de há dez anos atrás, a dita emigração cheia de planos e atividades, depois de um manifesto índice autobiográfico – um autorretrato de esperanças, e também de noites sem dormir, 16 horas de trabalho por dia. Um investimento sério, mas cheio de triunfos pessoais na exploração da própria fábrica de têxtil. São estes também os resultados alegres da integração simétrica de crianças da cultura portuguesa e alemã, sem esquecer as perspectivas de uma continuação eficaz desta colaboração familiar e de base solidária profissional e honesta. Em soma, é um resumo brilhante, com qualidade de conteúdos do fado, olhando para o retrato perfeito destes dois casais. O tom sério e a conversa solene incluem uma ampla comparação objetiva, sem crítica arrogante e comentários falsos, entre a vida na Alemanha e em Portugal, com as suas diferenças profundas sociais, individualidades no pensar e no agir, mas também semelhanças decisivas para planos e sonhos de emigrar. 

Esta história dos dois casais tem como título ilustre: «Em busca do sabor português».

Bento de Jesus Caraça: Aus Fehlern lernen

Foto des Sockels der Statue von Bento de Jesus Caraça

Über das Leben des Mathematik-Professors Bento de Jesus Caraça (1901–1948)    von Gunthard Lichtenberg

> VORWORT
Beim Durchsehen meiner Bilder von unserem Aufenthalt in Vila Viçosa fällt mir das Bild mit dem Spruch auf dem Sockel auf: »Wenn ich keine Angst vor Fehlern habe, dann deshalb, weil ich immer bereit bin, sie zu korrigieren.« Eine ähnliche Lebensregel haben mir meine Eltern mit auf den Weg gegeben. 

Ich werde also neugierig, und in solchen Fällen recherchiert man heutzutage im Internet. Was ich dann auch tue und innerhalb kurzer Zeit auf die Webseite https://www.epbjc-porto.net/bjc/vida.html stoße. Eine Fundgrube! Die Webseite stammt von der Escola Profissional Bento de Jesus Caraça, Porto; sie kann nach Abschluss der 9. Klasse besucht werden und vermittelt berufsbezogene Kenntnisse und weiteren Stoff der oberen Klassen der Höheren Schulen.

Nach dem Lesen der Vita von Professor Caraça möchte ich Ihnen diesen bemerkenswerten Mann vorstellen. Also kontaktiere ich die EPBJC in Porto und hole mir die Genehmigung, die Materialien aus dem Internet zu nutzen. An dieser Stelle gilt mein Dank der Leitung des Instituts. Wer einigermaßen im Portugiesischen firm ist, sollte die oben angegebene Webseite studieren. Alle anderen finden hier meinen Versuch einer Übersetzung der Vita dieses Gelehrten.

VITA VON BENTO DE JESUS CARAÇA
Bento de Jesus Caraça wird am 18. April 1901 in Vila Viçosa geboren. Mit nicht einmal zwei Monaten zieht er mit seinen Eltern, ihres Zeichens LandarbeiterInnen, in ein Dorf bei Redondo (zwischen Vila Viçosa und Évora), wo sein Vater Arbeit als Aufseher im Landgut Herdade da Casa Branca findet.

In Redondo verbringt er seine Kindheit. Schon früh ist er besonders gelehrig, wodurch er die Aufmerksamkeit der Eigentümerin des Landguts, Dona Jerónima,  auf sich zieht. Selbst kinderlos und von diesem Kind fasziniert, schlägt sie vor, die Kosten seiner Erziehung zu übernehmen, dem die Eltern, João Caraça und Domingas Espadinha, gerne zustimmen.

Die Grundschule besucht Bento de Jesus Caraça in Vila Viçosa, die Sekundarschule im Liceu Sá da Bandeira in Santarém. Im Alter von 13 Jahren kommt er nach Lissabon, um im angesehenen Liceu Pedro Nunes weiter zu lernen, wo er seine Zeit 1918 mit Auszeichnung abschließt.

Im gleichen Jahr immatrikuliert er sich im Instituto Superior do Comércio (Höhere Anstalt des Wirtschaftswissenschaften), dem heutigen Instituto Superior de Economia e Gestão (Höhere Anstalt für Wirtschaftswissenschaften und Management). Sein akademischer Werdegang beginnt aufzufallen. Bereits ein Jahr später wird er zweiter Assistent von Professor Mira Fernandes (1884−1958; Professur von 1911 bis 1954). 1924 wird er 1. Assistent und 1927 Außerordentlicher Professor.

Foto der von Statue Bento de Jesus Caraça in Vila Viçosa, Portugal

Statue in Gedenken an Bento de Jesus Caraça in Vila Viçosa, Portugal · Foto: © Gunthard Lichtenberg

1929 wird er schließlich Ordentlicher Professor und erhält den Lehrstuhl für «Matemáticas Superiores» (Höhere Mathematik): Höhere Algebra, Grundlagen der Infinitesimal-Algebra und der Analytischen Geometrie.

Bento de Jesus Caraça hat großen Erfolg als Professor. Rigoros und fordernd gewinnt er Studenten von anderen Instituten, die zu seinen Vorlesungen kommen und für deren Menge die vorhandenen Hörsäle bald zu klein werden.

Die Lehre der Mathematik gewinnt unter ihm an Bedeutung und nähert sich mehr dem Konkreten und Alltäglichen.

Seine Arbeit beschränkt sich nicht auf die Lehre. Er ist Mitglied des Núcleo de Matemática, Física e Química (1936−1939), gründet das Centro de Estudos de Matemática Aplicadas à Economia (Zentrum für Angewandte Wirtschaftsmathematik), und die Gazeta da Matemática (Zeitschrift für Mathematik, erscheint seit 1940 zweimal jährlich). Außerdem wird er Vorsitzender der «Sociedade Portuguesa de Matemática/SPM» (Portugiesische Mathematik-Gesellschaft, gegründet 1940, von der damaligen Regierung Salazar/Caetano nicht anerkannt, offiziell eingetragen erst am 10. Oktober 1977). 

Foto von Bento de Jesus Caraça

Bento de Jesus Caraça · Foto: © Escola Profissional Bento de Jesus Caraça, Porto

Internationale Anerkennung findet er als Delegierter der SPM zu den Kongressen der «Associação Luso-Espanhola para o Progresso das Ciências» (Spanisch-Portugiesischer Verband zum Fortschritt der Naturwissenschaften) in den Jahren 1942, 1944 und 1946. 

Kultur ist eine der großen Leidenschaften von Bento de Jesus Caraça, die Kultur, die sich alle zu eigen machen sollten, um Freiheit zu erringen. In der Universidade Popular (Volkshochschule), der er auch angehört, referiert er auf der berühmten Konferenz A Cultura Integral do Indivíduo − Problema Central do nosso Tempo (Integrale Kultur des Einzelnen − Zentrales Problem unserer Zeit, 1939) zu deren Thema. Der gleichen Zielsetzung dient seine Mitarbeit an Zeitschriften wie Seara Nova, Técnica, Vértice und anderen Veröffentlichungen wie O Diabo, Liberdade oder das Jornal Globo, das von ihm gegründet aber bedauerlicherweise von der Zensur verboten wird.

Ausgehend von seiner Sicht auf die Kultur als ein Erwachen der Seelen, gründet er die Biblioteca Cosmos  (1), die Hunderte von Büchern zu Wissenschaftsthemen herausgab mit dem Ziel der Weitergabe wissenschaftliches Erkenntnisse. Auch arbeitet er aktiv an der Wieder-belebung der Volkshochschule, die durch die ständige Beobachtung der Zensur geschwächt ist, und wird Vorsitzender des Verwaltungsrats dieser Einrichtung (2).

Foto von Bento de Jesus Caraça

Bento de Jesus Caraça · Foto: © Escola Profissional Bento de Jesus Caraça, Porto

Als Verteidiger der Freiheit, die zu -seiner Zeit in Portugal nicht existiert, interessiert er sich auch für die Frauenfrage und fördert die Teilhabe von Frauen in der Gesellschaft. Als sich im Jahr 1943 13 junge Frauen im ISCEF, dem Instituto Superior de Económicas e Financeiras (Hochschul-Institut für Wirtschaft und Finanzen) einschreiben, unterstützt er, nachdem die Koedukation vom Regime verboten wird, den Kultur-Nukleus, der von diesen jungen Frauen gegründet worden war. Er ist bei allen Vorträgen anwesend und verließ diese nicht, ohne vorher mit den Rednerinnen seine Eindrücke ausgetauscht zu haben. Im Bewusstsein der Welt, die ihn umgibt, -engagiert er sich mit anderen portugiesischen Intellektuellen im Kampf für Freiheit und Frieden. In Zeiten der Entbehrungen, internen Krisen und latenter Unzufriedenheit unterstützt er verschiedene Geheim-Organisationen.

Seine Rolle als politischer Vorkämpfer wird sichtbar durch seine Teilnahme an der Gründung des Movimento de Unidade Democrática (MUD), der Bewegung der Demokratischen Einheit, nach Ende des II. Weltkriegs im Oktober 1945. Die Bewegung hat zum Ziel, die opositionellen Kräfte gegen das Regime von Salazar zu bündeln, um sie auf die Wahlen vorzubereiten und das breite Pu-blikum zu einer Debatte über die Fragen der Wahlbedingungen zu ermutigen. Die Bewegung hat einen großen Zulauf, vor allem seitens liberal eingestellter Politiker und Berufstätiger, so dass das Regime sie nach kurzer Zeit als Bedrohung empfindet und dafür sorgt, dass sie, unter dem Vorwand der Nähe zur Kommunistischen Partei Portugals, als ungesetzlich eingestuft und damit verboten wird. In der Folge werden viele Mitglieder verfolgt und verhaftet, so auch Bento de Jesus Caraça.

Bento reist gerne innerhalb und außerhalb der Landesgrenzen und fühlt sich in der freien Natur verbunden – sowohl alleine oder mit Freunden.

Obwohl er früh nach Lissabon geht unterstützt er stets seine Eltern und kauft ihnen ein Haus, nachdem sie am Ende vieler Jahre aufgehört haben, für die Herdade da Casa Branca zu arbeiten. Auch seinen Neffen João unterstützt er und sorgt dafür, dass er nach Lissabon kommt, um der ansonsten sicheren Zukunft als Landarbeiter zu entgehen.

Im Dezember 1926 heiratet er Maria Octávia, Tochter des Mathematikprofessors des Liceu Pedro Nunes, Adolfo Sena. Seine Frau stirbt allerdings schon neun Monate nach der Hochzeit.

Sechzehn Jahre später heiratet er erneut, dieses Mal eine seiner Studentinnen, Cândida. Aus dieser Ehe geht sein einziger Sohn, João Caraça, hervor.

Um diese Zeit wird Bento de Jesus Caraça für das so intolerante und Neuerungen abgeneigte Salazar-Regime zunehmend unbequem. Man initiiert gegen ihn ein Disziplinarverfahren, das mit seiner Entfernung aus dem Lehramt für immer endet und unendliche finanzielle Schwierigkeiten für seine Familie zur Folge hat. Er gibt zu Hause Nachhilfeunterricht und hört nicht auf, weiter zu studieren und zu schreiben. Seine Gesundheit leidet mehr und mehr, und die  Krisen mit seinem Herzen treten mit zunehmender Häufigkeit auf.

Er stirbt am 25. Juni 1948. Zwei Tage später ist eine beeindruckende, schweigsame Menge auf seiner Trauerfeier. Die  Zeiten erforderen dieses Schweigen, denn in die trauernde Menge haben sich die gefürchteten Agenten der politischen Polizei gemischt. Bento de Jesus Caraça ist immer ein unbequemer Name für das Salazar-Regime gewesen und ist es augenscheinlich auch weiterhin. 

Seinen bemerkenswerten Satz auf dem Sockel der Skulptur in Vila Viçosa würde ich gerne öfter angewandt sehen:

»Wenn ich keine Angst vor Fehlern habe, dann deshalb, weil ich immer bereit bin, sie zu korrigieren.«

(1) Die Biblioteca Cosmos wird 1941 unter der Leitung von Bento de Jesus Caraça gegründet. Bis zu seinem Tod im Jahr 1948 werden 114 Aufsätze und 145 Bände mit einer Gesamtauflage von fast 800.000 Exemplaren veröffentlicht. Das Project Cosmos entsteht zur Vermittlung von
Bildung und Kultur für die Massen und wird viele Jahre weiterverfolgt. Bento de Jesus Caraça nahm sich vor, der größtmöglichen Anzahl von Mitmenschen den höchstmöglichen Grad an Allgemeinwissen zu vermitteln und allen eine generelle Sicht der materiellen und sozialen Welt, des Lebens und seiner Probleme zugänglich zu machen.
(2) An dieser Stelle möchte ich darauf hinweisen, dass die Analphabetenrate im Bezirk Évora 1940 immerhin noch bei durchschnittlich 58 % liegt: Männer 54 %, Frauen 65 %

QUELLE: Escola Profissional Bento de Jesus Caraça, Porto · Jahrgang 11 des Technischen Kurses für Management und Programmierung von IT-Sytemen, 2008. Für die Verwendung des Quellmaterials hat der Autor die Erlaubnis von der Leitung der -Escola Profissional Bento de Jesus Caraça, Porto erhalten. Herzlichen Dank! 
WEBSITE: http://www.epbjc-porto.net/bjc/vida.html
AUTORINNEN: João Tiago Fontes, Pedro Miguel Celeste, Ricardo Jorge Ferreira

DOWNLOAD BENTO DE JESUS CARAÇA EM PORTUGUÊS

Digitale Meetings der DPG: Mit der Zeit gehen!

Lissabon, Largo do Carmo: In Gedenken an die Nelkenrevolution 1974

Die digitalen Encontros der DPG    von Michael W. Wirges

> Wieder konnten wir aufgrund der Corona-COVID-19 Pandemie unsere Treffen nur digital veranstalten. Das Positive möge nur daran zu erkennen sein, dass Mitglieder sich sehen und miteinander kommunizieren können, die sich aufgrund der Entfernung oder anderer Umstände sonst kaum oder gar nicht sehen würden!

So konnten wir − motiviert und organisiert durch das DPG-Team Berlin – zunächst ein Treffen am 25. März 2021, kurz vor Ostern, durchführen. Erstaunlicherweise waren 29 Mitglieder online präsent, wovon die meisten auf dem Bildschirm zu sehen und zu hören waren und nur wenige sich telefonisch zugeschaltet hatten. Durch das vom DPG-Team Berlin organisierte Abendprogramm führte Martina Sophie Pankow. Die Veranstaltung dauerte mehr als zwei Stunden.

Nach der Einleitung von Gabi Baumgarten-Heinke und der offiziellen Begrüßung durch den Präsidenten stellten sich die Teilnehmer einzeln vor.

Paula Galaz Goyke erzählte ein Ostermärchen aus Portugal, auch über Fular-­Gebäck und die in Schokolade oder ­Zuckerguss eingehüllten Mandeln. 

Josef Wolters referierte über Ostern als höchstes katholisches Fest, Gabi Baumgarten-Heinke erläuterte den Begriff ­Ostern und wo er herkommt. Martina ­Sophie Pankow sprach über das jüdische Pendant Pessach, wie und was da ge­feiert wird. Danach erzählten Teil­nehmerInnen, wie sie Ostern feiern und welche Traditionen zu diesem Fest beibehalten werden.

Ralf Splinter und seine Frau, die im Spreewald zu Hause sind, berichteten über spezielle weltliche Traditionen aus der katholischen Oberlausitz und der evangelischen Niederlausitz, wie Osterritt, Osterfeuer, Osterwasser, Eierfärben − alles würde bereits seit dem Mittelalter praktiziert.

Dann war wohl noch eine Frage offen: Woher kommt der Osterhase? Das erklärte uns Martina Sophie Pankow, und so wissen wir jetzt, dass er aus den Symbolen des Frühlings, des Mondes und der Fruchtbarkeit aus uralten heidnischen Zeiten abgeleitet wird. Seltsamerweise ist der Osterhase in Portugal gar nicht bekannt!

Nach weiteren Plaudereien mit den TeilnehmerInnen und persönlichem Austausch, Fragen und Vorschlägen für weitere digitale Treffen beendete der Präsident den Abend mit den Wünschen an alle für ein gesundes, friedliches und frohes Osterfest.

Der Erfolg von den ersten beiden bundes- und portugalweiten digitalen DPG-­Treffen (Encontros) motivierte das DPG-Team Berlin, weitere digitale Treffen zu veranstalten, zumindest solange, wie es die Corona-Krise nicht anders zulässt.

So organisierten wir am 22. April 2021 − wenige Tage vor dem Anlass, dem 47. Jahrestag der Nelkenrevolution in Portugal (25.4.1974) − ein weiteres internationales, digitales Treffen mit TeilnehmerInnen aus Deutschland und Portugal.

Nach der Begrüßung durch den DPG-Präsidenten und einem Überblick zum Thema des Abends begrüßte Gabi Baumgarten-Heinke die teilnehmenden Mitglieder und stellte sie kurz vor. Zu der Veranstaltung hatten sich zwar 31 Mitglieder angemeldet, einige wenige fehlten dann leider doch, wohl aus technischen Gründen. Die Moderation zu diesem Abend übernahm wieder Martina Sophie Pankow.

Ich berichtete als Zeitzeuge dieser historischen Nacht des 24. Auf den 25. April 1974, da ich zu diesem Zeitpunkt als Praktikant Nachtdienst an der Rezeption des Lisboa Sheraton Hotels hatte, wie ich diese Nacht, diesen Tag und die folgende Zeit dort erlebt habe. Fragen der Mitglieder wurden beantwortet.

Martina Sophie Pankow ließ den Song Grândola, Vila Morena vom Band erklingen, mit Begleittext zum Mitsingen, was von den Mitgliedern gerne in Anspruch genommen wurde. Dieser Song von José «Zeca» Afonso war in der Nacht zum 25.4.1974 das Startsignal im Radio für den Beginn der Nelkenrevolution in Portugal.

DPG-Mitglied Vasco Esteves, ein in Berlin lebender Theaterschauspieler, erzählte, wie er in den 1960 Jahren vor dem Faschismus in Portugal illegal nach Deutschland geflüchtet war, und wie er die Nelkenrevolution von seiner neuen Heimat hier erlebt hat.

Weitere TeilnehmerInnen berichteten über ihre Eindrücke und Erfahrungen.Der Präsident bedankte sich bei den ­OrganisatorInnen des Abends, dem DPG-Team Berlin, für die Beiträge, und schloss diese digitale Veranstaltung mit guten Wünschen an alle.

Zeiten im Wandel, Gesellschaft im Wandel! Hoffen wir, dass wir diese schwierige Zeit gut und schnell überstehen, und uns recht bald wieder in Präsenz treffen können!

Mal wieder reisen? Buchtipps für Portugal-Freunde

Foto von der Küste des Algarve nahe Lagos

Buchtipps für Portugal-Freunde    von Heinz R. Brecher

> Es gibt sicher manche Freunde Portugals, die einen Reiseführer von Portugal oder von bestimmten Regionen oder Städten dieses Landes kaufen wollen, aber bei dem umfangreichen Angebot dieser Bücher in deutscher Sprache unsicher sind, für welchen Reiseführer sie sich entscheiden sollen. 

Die Anschaffung eines Reiseführers in Buchform richtet sich natürlich in erster Linie nach den persönlichen Interessen und Wünschen des einzelnen Käufers. Hierbei können Art und Umfang der gewünschten Information sowie Gliederung und Übersichtlichkeit eine Rolle spielen. Es kann ausschlaggebend sein, ob die Beschreibungen für den Käufer anschaulich und präzise genug sind und ob zahlreiche gute Fotos in Farbe sowie eine Landkarte, Stadt- oder Lagepläne enthalten sind. Daneben können auch Größe und Gewicht des Buchs (ob handliches Taschenbuch oder dicker Wälzer) und nicht zuletzt die Höhe des Kaufpreises für die Kaufentscheidung wichtig sein.

Der Verfasser dieses Artikels, der kein Buchhändler und kein Interessenvertreter eines Verlags oder einer sonstigen Verkaufsorganisation ist, will mit seinen Tipps nur eine kleine Hilfe leisten für einen etwa geplanten Erwerb eines Portugal-Reiseführers. Er hat die folgende Auswahl von Reiseführern, die nur ein geringer Teil des riesengroßen Angebots von Portugal-Reiseführern ist, als privater Buch- und Portugal-Freund zusammengestellt anhand von Reiseführern, die er besitzt, und aufgrund seiner Recherchen im Internet. Er hat nicht die Absicht, mit den genannten Reiseführern für einen Autor, einen Verlag oder eine sonstige Organisation in irgendeiner Weise Werbung zu machen. Deshalb verzichtet er auch auf jede Kommentierung zu den Büchern. 

Außerdem empfiehlt der Verfasser den Lesern, die einen Buchtipp aufgreifen, vor dem Erwerb des Buchs eigene Informationen im Internet einzuholen (auch zu der Frage, ob Versandkosten hinzukommen und wann sie entfallen). Soweit im Folgenden ein reduzierter Kaufpreis angegeben ist, unterliegt das Buch keiner Preisbindung mehr. Soweit ein solches Buch zu einer Restauflage gehört, können die noch vorhandenen Exemplare innerhalb kurzer Zeit vergriffen sein. Der Inhalt eines Reiseführers, der einige Jahre älter ist als eine jüngere Auflage, gilt größtenteils unverändert weiter. Jokers ist im Internet unter www.jokers.de zu erreichen. 

  • REISEFÜHRER PORTUGAL von Gisela und Werner Tobias (DPG-Mitglied), als Neuauflage im Juni 2021 erschienen im Vista Point Verlag, Potsdam. 296 Seiten; Format: 21 × 15 × 2,2 cm; Gewicht: ca. 600 g. Kaufpreis laut Angabe im Internet: 22,95 €
  • REISEFÜHRER PORTUGAL von Gisela und Werner Tobias (DPG-Mitglied), als Neuauflage im Februar 2016 erschienen im Vista Point Verlag, Potsdam. 264 Seiten, Format: 21,2 × 15 × 2 cm, ­Gewicht: 572 g. Reduzierter Kaufpreis bei Jokers: 4,99 €
  • Go Vista Info Guide REISEFÜHRER PORTUGAL von Werner Tobias (DPG- Mitglied), als 2., überarbeitete Auflage im April 2018 erschienen im Vista Point Verlag, Potsdam, 96 Seiten, Format: 21,6 × 10,6 × 1 cm, Gewicht: zirka 175 g. Reduzierter Kaufpreis bei Jokers: 4,99 €
  • REISEFÜHRER PORTUGAL von Michael Müller, als 23., überarbeiteter Auflage im Mai 2021 erschienen im Michael Müller Verlag, Erlangen. 792 Seiten, Format: 19,3 × 12 × 3,2 cm, Gewicht: 784 g. Kaufpreis laut Angabe im Internet: 26,90 €
  • REISEFÜHRER NORDPORTUGAL von Michael Müller, als Neuausgabe im Februar 2020 erschienen im Michael Müller Verlag, Erlangen. 300 Seiten, Format: 19 × 12,1 × 2,2 cm, Gewicht: 437 g. Kaufpreis laut Angabe im Internet: 18,90 €
  • MM-CITY-REISEFÜHRER PORTO von Michael Müller, als 1. Auflage (Neu- ausgabe) im April 2021 erschienen im Michael Müller Verlag, Erlangen, 168 Seiten, Format: 19 × 12 × 1,1 cm, Gewicht: 280 g, Kaufpreis laut.Angabe im Internet: 12,90 €
  • REISEFÜHRER ALGARVE von Michael Müller, als 10., überarbeiteter Auflage im Februar 2019 erschienen im Michael Müller Verlag, Erlangen. 264 Seiten, Format: 19 × 12,1 × 1,7 cm, Gewicht: 398 g. Kaufpreis laut Angabe im Internet: 16,90 €
  • REISEFÜHRER LISSABON UND COSTA DE LISBOA von Johannes Beck, als 8. Auflage im April 2018 erschienen im Michael Müller Verlag, Erlangen. 512 Seiten, Format: 19 × 12,1 × 3 cm, Gewicht: 590g. Kaufpreis laut Angabe im Internet: 22,90 €
  • MM-City-REISEFÜHRER LISSABON von Johannes Beck, als 11. Auflage im Januar 2021 erschienen im Michael Müller Verlag, Erlangen. 300 Seiten, Format: 19 × 12,1 × 2,5 cm, Gewicht: 462 g, Kaufpreis laut.Angabe im Internet: 17,90 €
  • REISEFÜHRER LISSABON von Ruth Tobias (DPG-Mitglied), als 7. Auflage im März 2020 erschienen im Vista Point Verlag, Potsdam, 96 Seiten, Format: 21,1 × 10,6 × 1,5 cm, Gewicht: 197 g. Kaufpreis laut Angabe im Internet: 4,99 €
  • DuMont direkt REISEFÜHRER LISSABON von Gerd Hammer, als 2. Auflage im Oktober 2018 erschienen im DuMont Reiseverlag, Ostfildern, 120 Seiten, Format: 19 × 10,6 × 1,7 cm, Gewicht: 191 g. Kaufpreis laut.Angabe im Internet: 11,99 €
  • DuMont REISE-TASCHENBUCH LISSABON von Jürgen Strohmaier, als 1. Auflage im April 2019 erschienen im DuMont Reiseverlag, Ostfildern, 304 Seiten, Format: 18,6 × 11,9 × 2,5 cm, Gewicht: 391 g. Kaufpreis laut.Angabe im Internet: 18,90 € 
  • Merian live! REISEFÜHRER LISSABON von Harald Klöcker, als 5. Auflage im September 2017 erschienen bei Merian / Holiday im Gräfe und Unzer Verlag, München. 128 Seiten, Format: 19 × 11,1 × 1,7 cm, Gewicht: 224 g. Kaufpreis laut. Angabe im Internet: 11,99 €
  • Top 10 REISEFÜHRER LISSABON von Tomas Tranaeus, als 2., aktua­lisierte Neuauflage im September 2020 erschienen im DK (Dorling Kindersley) Verlag, 128 Seiten, Format: 19 × 10,4 × 1,5 cm, Gewicht: 220 g. Kaufpreis laut.Angabe im Internet: 11,99 €
  • Top 10 REISEFÜHRER LISSABON von Tomas Tranaeus, als aktualisierte Neuauflage im September 2017 erschienen im DK (Dorling Kindersley) Verlag, 128 Seiten, Format: 19 × 10,1 × 1,5 cm, Gewicht: 220 g. Reduzierter Kaufpreis bei Jokers: 4,99 €
  • ADAC REISEFÜHRER PLUS: PORTUGAL von Daniela Schetar und Friedrich Köthe, als neue Auflage im Dezember 2019 erschienen in der Reihe ADAC Reiseführer plus. 192 Seiten, Format: 21,2 × 12,7 × 2,3 cm, Gewicht: 366g. Kaufpreis laut Angabe im Internet: 14,99 €
  • ADAC REISEFÜHRER PLUS: PORTUGAL von Daniela Schetar und Friedrich Köthe, im Januar 2019 erschienen in der Reihe ADAC Reiseführer plus. 192 Seiten, Format: 22,1 × 13,2 × 1,5 cm, Reduzierter Kaufpreis bei Jokers: 4,99 €
  • ADAC REISEFÜHRER PORTUGAL von Friedrich Köthe und Daniela Schetar, als 1. Auflage im Januar 2021 erschienen in der Reihe ADAC Reiseführer. 144 Seiten, Format: 20,5 × 11,8 × 1,5 cm, Gewicht: 250 g. Kaufpreis laut Angabe im Internet: 9,99 € 
  • ADAC REISEFÜHRER LISSABON von Renate Nöldeke, als 1. Auflage im März 2020 erschienen in der Reihe ADAC Reiseführer. 144 Seiten, Format: 20,2 × 12,4 × 1,5 cm, Gewicht: 244 g. Kaufpreis laut.Angabe im Internet: 9,99 €

ZUM SCHLUSS noch ein Hinweis auf einen preisgünstigen Bildband: HIGHLIGHTS PORTUGAL von Norbert Kustos, Dörte Saße und Andrea Lammert, als 2., überarbeitete Neuauflage im Jahre 2018 erschienen in der Reihe »Die 50 Ziele, die Sie gesehen haben sollten« im Bruckmann Verlag, München. 164 Seiten, Format: 27,8 × 23,2 × 1,8 cm, Gewicht: 996g. Reduzierter Kaufpreis bei Jokers: 7,99 €

Landkarte von Portugal (Grafik)

Landkarte von Portugal · © Illustration: Andreas Lahn

Zur Geschichte der Associação Portugal−RDA

Foto von drei Mitgliedern der Associação Portugal–RDA

Teil 2: Por morrer uma andorinha não acaba a primavera (1976–1990)  •  von Dr. Rainer Bettermann

> PROLOG 
Am Abend des 4. Dezember 1976 beging die Associação Portugal—RDA in Lissabon festlich den zweiten Jahrestag ihrer Gründung. Bei dieser Gelegenheit stellte sich auch der Lektor aus der DDR vor und kündigte den Beginn der Deutschkurse für den 3. Januar an. Kurz darauf flog er zurück in die DDR, um die letzten Vorbereitungen zu treffen. Die Ankunft der Lektoren-Familie war für den 28. Dezember avisiert, aber am Flughafen von Lissabon wartete man vergebens. In der Botschaft der DDR, der Casa Azul, kam schon die Vermutung auf, dass sich die Familie in die Schweiz abgesetzt haben könnte. Doch nach zwei Tagen kamen die Verschollenen glücklich in Lissabon an. Winterstürme über den Schweizer Alpen hatten die Flugreise unterbrochen.

SPRACH- UND KULTURARBEIT
Am 3. Januar 1977 begannen pünktlich die Deutschkurse an der Associação Portugal—RDA mit zunächst 70 TeilnehmerInnen. Durch die Verpflichtung einheimischer Lehrkräfte konnten die Kurse nach und nach erweitert und auf weitere Orte ausgedehnt werden. Auch die durch einen Bombenanschlag -verwüstete Bibliothek wurde wieder hergerichtet. Über die Liga für Völkerfreundschaft der DDR wurde das Lehr- und Lernmaterial für die Sprachkurse geliefert und ein modernes Sprachlabor am Sitz der Associação installiert.

Schließlich besuchten jährlich über 200 Teilnehmende die Deutschkurse der Associação. Zu den Sprachkursen in Lissabon kamen in den 1980er Jahren noch Sprachintensivkurse, ein Übersetzungskurs sowie Fortbildungen für Deutschlehrende hinzu. Das Bildungsministerium Portugals empfahl sogar den Deutschlehrenden der Sekundarstufe, entweder einen Kurs des Goethe- Instituts oder der Associação Portugal—RDA zu belegen. Zu den nachhaltigen Leistungen der Associação Portugal—RDA gehört die Theaterarbeit, vor -allem die Förderung des Brecht-Theaters in Portugal. Im Umfeld der Associação Portugal—RDA entstanden literarische Publikationen, z.B. eine Anthologie Poesia da RDA von Álvaro Pina und Rainer Bettermann und die von Fernando Silvestre besorgte Übersetzung des Romans Nackt unter Wölfen (Nu entre Lobos) von Bruno Apitz. Letztlich ist auch die erste deutsche Übersetzung eines Romans von José Saramago (Levantado do Chão/Hoffnung im Alentejo) durch Rainer und Rosemarie Bettermann einer Initiative aus dem Kreis der Associação zu verdanken. 

Auch die Vermittlung von Studienplätzen und von Stipendien zur Teilnahme an den Internationalen Sommerkursen für Germanistik an Universitäten der DDR gehörte zu den Aktivitäten der Associação mit nachhaltiger Wirkung.

HÖHEPUNKTE
Das Ministerium für Auswärtige Angelegenheiten der DDR ging davon aus, dass über die Associação Portugal—RDA außenpolitische Ziele verfolgt werden könnten, die sich auf staatlicher Ebene nicht umsetzen ließen (Schreiben des MfAA, Stadtarchiv Jena, G7). In diesem Sinne zielten die Semanas da RDA nicht nur auf politisch nahe stehende Kreise, sondern auf ein breites Publikum. Im März 1976 fand die erste Semana da RDA in Lissabon und in weiteren 20 Orten Portugals mit insgesamt etwa 80.000 BesucherInnen statt. Aus der DDR war eine Delegation von auserwählten ReferentInnen, WissenschaftlerInnen, MusikerInnen, SportlerInnen sowie eine Theatergruppe aus Leipzig nach Portugal entsandt worden. In der Fundação Gulbenkian präsentierte das Hygiene-Museum Dresden eine spektakuläre Ausstellung mit der Gläsernen Frau. Ein Brecht-Seminar und eine internationale Konferenz zur polytechnischen Bildung in der DDR rundeten die erste Woche der DDR ab. 

Zentraler Ort der im April 1977 stattfindenden 2. Semana da RDA war Coimbra. Das Theater der Jungen Garde aus Halle/Saale hatte im Rahmen einer Gastspielreise auch einen Auftritt in Avis, Standort der Cooperativa Primeiro de Maio. Mit dieser von einer Gruppe der Associação begleiteten kulturellen Aktion wurde zugleich die Sympathie mit der umkämpften Reforma Agrária bekundet (2).

1979 war das beste Jahr der Associação Portugal—RDA, wie Alexandre Babo rückblickend feststellte. Die Anzahl der Mitglieder betrug bereits 6000, und ein Netz von 27 Ortsgruppen erstreckte sich über das ganze Land. Die vierteljährlich für die Mitglieder erscheinende Zeitschrift Novos Caminhos erreichte eine Auflage bis zu 7500 Exemplaren. Mit erheblichem Aufwand seitens der DDR und einem Kraftakt der Associação Portugal—RDA wurde der 30. Jahrestag der DDR zwischen dem 30. März und dem 11. April 1979 in Lissabon, Almada, Alhandra, Arganil, Barreiro, Cova da Piedade, Coimbra, Elvas, Estremoz, Évora, Mafra, Marinha Grande, Montijo, Moita, Santarém, Setúbal und Torres Novas begangen. Die Associação gewann 40 bekannte Personen des öffentlichen Lebens für die Teilnahme an einer Ehrenkommission, u.a. die Musiker Carlos Paredes und Carlos do Carmo, die Schriftsteller José Saramago, Joaquim Namorado und José Gomes Ferreira, die Schauspielerin Irene Cruz sowie General Francisco da Costa Gomes, Präsident der Portugiesischen Republik von September 1974 bis Juni 1976. Im repräsentativen Pavilhão dos Desportos, heute Pavilhão Carlos Lopes, fand vor 4500 BesucherInnen die Eröffnungsveranstaltung statt. In den repräsentativen Räumlichkeiten der Sociedade Nacional de Belas Artes in Lissabon wurde die Ausstellung RDA − 30 anos de desenvolvimento cultural, social e científico gezeigt. Ausstellung, Konferenzen, Debatten, Filmvorführungen, Konzerte, Lesungen und Canto Livre -zogen Zehntausende von Besuchern an. 

Ein neues Format der Öffentlichkeitsarbeit wurde mit dem Encontro dos Amigos da RDA zur Pflege bestehender Kontakte und ihrer Ausweitung auf breitere Kreise der portugiesischen Gesellschaft sowie einflussreiche Personen des öffentlichen Lebens geschaffen. An zwei Oktobertagen des Jahres 1980 kamen im Teatro Santana von Lissabon 500 Teilnehmende zum ersten Encontro dos Amigos da RDA zu informativen Veranstaltungen über die Arbeitswelt, das Gesundheitswesen, das Bildungswesen, den Sport und die Kommunalpolitik in der DDR zusammen. «Um amigo da RDA é, certamente, um amigo da paz e, consequentemente, um amigo da cultura», hieß es in einem Redebeitrag von José Saramago. Nachfolgende Encontros dos Amigos da RDA fanden 1983 und 1987 in Lissabon unter Einbeziehung weiterer Orte statt. Das fünftägige Treffen im März 1987 stand unter dem Motto Amizade Portugal—RDA, um factor para o entendimento, a colaboração e da paz. Als Leiter der zentralen Veranstaltung im Forum Picoas von Lissabon wurde der inzwischen zum Marschall ernannte Francisco da Costa Gomes gewonnen, nunmehr Mitglied des Präsidiums im Weltfriedensrat sowie des Conselho Português para a Paz e Cooperação. Das Komitee DDR—Portugal orientierte zunehmend auf Kontakte zu altas personalidades der portugiesischen Gesellschaft. In dieses Konzept kann man auch eine noch im Juni 1989 durchgeführte Woche des Dialogs und der Begegnung Portugal—RDA einordnen. Höhepunkt dieser Woche war eine Festveranstaltung zum 15. Jahrestag des Bestehens der Associação Portugal—RDA im Forum Picoas von Lissabon, an der auch eine Delegation des Komitees DDR—Portugal und der Stadt Jena teilnahm.

STÄDTEPARTNERSCHAFTEN
Ein Punkt der Arbeitsvereinbarung zwischen dem Komitee DDR—Portugal und der Associação Portugal—RDA für 1977 war den seit 1976 bestehenden Partnerschaften zwischen Coimbra und Halle sowie zwischen Setúbal und Magdeburg gewidmet. Die nach dem II. Welt-krieg entstandene Idee von Städtepartnerschaften im Sinne europäischer Friedenspolitik fand in der DDR–Außenpolitik gegenüber Ländern des kapitalistischen Auslands zunehmendes Interesse. In diesem Kontext wurde die Associação Portugal—RDA als Initia-tor von Partnerschaften zwischen Städten Portugals und der DDR angesehen, wie aus einem ministeriellen Schreiben an den Rat der Stadt Jena vom 14. Juni 1984 ersichtlich wird (Stadtarchiv Jena, G7).

Im Rahmen der Semana da RDA im April 1977 präsentierte sich die Partnerstadt Halle im Rathaus von Coimbra. 1981 wurde die Semana da RDA gemeinsam von der Associação Portugal—RDA und den Stadtverwaltungen von Setúbal und Magdeburg organisiert. Im Festsaal des Rathauses von Coimbra wurde die Ausstellung Magdeburg, eine Stadt der DDR, grüßt die Partnerstadt Setúbal gezeigt. Eingeleitet von einer Initiative der Associação kam es 1986 auch zur Unterzeichnung eines Vertrages zwischen den Universitäten von Coimbra und Halle-Wittenberg. Die Ortsgruppe Porto der Associação Portugal—RDA und Alexandre Babo setzten sich intensiv für eine von der DDR – Führung gewünschte Partnerschaft zwischen Porto und Jena ein. Im November 1984 reiste eine Delegation der Stadt Porto nach Jena, und es kam im Rahmen des von der portugiesischen Delegation detailliert beschriebenen Besuchs zur Unterzeichnung des Vertrages über Zusammenarbeit und Freundschaft zwischen beiden Städten (Arquivo do Porto, PT/ADPRT/ASS/AMPTRDA-NP/0050). 1987 wurde die Partnerschaft durch eine Vereinbarung zwischen den Universitäten von Porto und Jena ergänzt. Noch im Juni 1989 wurde in der Casa do Infante von Porto eine Ausstellung Partnerstadt Jena − eine Begegnung mit der Deutschen Demokratischen Republik gezeigt. Die Partnerschaft zwischen Porto und Jena wurde 1991 erneuert.

MUDANÇAS
Es war der Traum von einer «sociedade justa, sem classes sociais, sem exploração do homem pelo homem, com igualdade de direitos e oportunidades, e solidário com os restantes povos» (Ana Paula, 2019), der nach dem Sturz des Caetano-Regimes zur Gründung der Associação Portugal—RDA geführt hatte. Gemeinsam mit dem Komitee DDR—Portugal hatte die Associação einige Jahre mit beträchtlichem Erfolg ein positives Bild vom realen Sozialismus verbreiten können, das den Träumen von einem sozialistischen Portugal entgegenkam. Zwei Jahre nach der Revolution vom 25. April 1974 zeichnete sich aber deutlich ab, dass Portugal auf dem Weg zu einer parlamentarischen Demokratie nach westlichem Muster war. In der DDR setzte seit Beginn der 1980er Jahre eine krisenhafte Entwicklung ein, in deren Folge die Kluft zwischen dem idealisierenden Selbstbild und der Realität immer tiefer wurde. Angesichts der sich ändernden Rahmenbedingungen wurde es für die Associação immer schwieriger, ihr inzwischen beträchtlich ausgedehntes Tätigkeitsfeld zu behaupten: Die Verwaltung der Sprachkurse, die Organisation von Tourismus- und Delegationsreisen in die DDR, die Betreuung von Delegationen aus der DDR, die Organisation von Veranstaltungen und Großereignissen, die Verwaltung der inzwischen circa 8000 Mitglieder und über 30 Ortsgruppen und nicht zuletzt die Herausgabe der Novos Caminhos führten zu organisatorischen Schwierigkeiten und finanziellen Engpässen. Alexandre Babo nahm Ende Mai 1989 an einer Krisensitzung der Leitung der Ortsgruppe von Porto teil. Diese beklagte sich über ein merkliches Desinteresse der DDR am Geschick der Associação Portugal—RDA und an der desaströsen finanziellen Lage der Ortsgruppe. Man fühle sich «marginalizados, ofendidos e desautorizados» (Arquivo do Porto, PT/ADPRT/ASS/AMPTRDA-NP/0056). Die von Ale-xandre Babo vorgebrachten Argumente und Lösungsvorschläge vermochten nicht zu überzeugen. Die Ortsgruppe sah alle bisherige politische und kulturelle Motivation ihrer Tätigkeit als nicht mehr gegeben an und bereitete die Auflösung der Ortsgruppe zum 31.12.1989 vor. 

In einem Schreiben an das Komitee DDR—Portugal vom 14. Dezember 1989 schilderte Alexandre Babo die verzweifelte Situation der Associação Portugal—RDA, die sich mit den Sprachkursen nur noch bis Juni 1990 halten könne und dann auflösen müsse. Doch die Liga für Völkerfreundschaft der DDR war zu diesem Zeitpunkt selbst in die Turbulenzen des gesellschaftlichen Umbruchs geraten und sah sich in ihrer Existenz bedroht.

Nach den ersten freien Wahlen in der DDR am 18. März 1990 trafen zwei Journalisten der Zeitung O Jornal auf einen desillusionierten Alexandre Babo, dessen einzige Aufgabe nur noch darin bestand, die Deutschkurse mit den zwei Lektoren aus der DDR bis zum Ende des Jahres aufrechtzuerhalten. Mit dem Beitritt der Deutschen Demokratischen Republik zur Bundesrepublik Deutschland am 3. Oktober 1990 war das Ende Associação Portugal—RDA besiegelt.   

EPILOG
An einem Januartag des Jahres 1991 löschten Ingeburg und Hans-Georg Jank, die letzten von der DDR entsandten Lektoren der Associação Portugal—RDA, das Licht in der Casa Azul, stiegen in ihren kleinen Opel Corsa und fuhren zurück in das Land, das es eigentlich nicht mehr gab.

«Todo o mundo é composto de mudança
Tomando sempre, tomando sempre novas 
qualidades.»
José Mário Branco

(2) Zur Einführung in das Thema Reforma Agrária empfehlen wir den Spielfilm Land im Sturm, den Roman Hoffnung im Alentejo von José Saramago und mit freundlicher Zustimmung des Senders RTP (661/21) den Dokumentarfilm vom August 1975: A Terra a quem a Trabalha – RTP Arquivos

Anmerkung der Redaktion:
«Por morrer uma andorinha não acaba a primavera.» heißt auf Deutsch »Eine Schwalbe macht noch keinen Sommer.«

DPG zwischen Tradition und Neuausrichtung

Zum Strategie-Workshop 2021 in Berlin    von Gabriele Baumgarten-Heinke

> Liebe Mitglieder, seit mehreren Wochen steht die Frage der zukünftigen Ausrichtung und der Ziele der DPG im Mittelpunkt vieler Gespräche mit Mitgliedern unserer Gesellschaft. Ausgangspunkt ist mein Bericht zur Mitgliederversammlung der DPG im Oktober 2020 in Berlin über die Mitgliederentwicklung der vergangenen Jahre. Einen ausführlichen Bericht über die Mitgliederversammlung können Sie im PORTUGAL REPORT 081 lesen. 

Lassen Sie mich noch einmal kurz zusammenfassen, wo wir zum jetzigen Zeitpunkt stehen: Die Gesellschaft hat eine beeindruckende Historie, eine bundesweite Verankerung und ein gutes nationales und in Portugal bestehendes Netzwerk. Darüber hinaus hat die DPG viele engagierte, ehrenamtlich tätige Mitglieder. Dennoch haben wir seit mehreren Jahren in der DPG mehr Aus- als Eintritte, die Gesamtmitgliederzahl sinkt also kontinuierlich. Eine Vielzahl der Austritte ist altersmäßig begründet. Eine Analyse der Altersstruktur ergibt, dass 50 Prozent der DPG Mitglieder über 60 Jahre alt sind, der Prozess wird also nicht aufzuhalten sein. Etliche der ehemaligen Mitglieder haben keinen Bezug mehr zu Portugal, andere sind ins Ausland verzogen. 

Die sinkende Mitgliederzahl hat selbstverständlich Auswirkungen auf die ­finanzielle Situation der DPG. Bei anhaltenden Austritten ohne Gegensteuerung müsste in wenigen Jahren die Frage der Wirtschaftlichkeit gestellt werden. Deshalb möchte ich an dieser Stelle die Gelegenheit nutzen und allen SpenderInnen danken, die die finanziellen Lücken kompensieren und es möglich machen, unsere Arbeit und die Veröffentlichung des PORTUGAL REPORTS fortzusetzen. 

Das Engagement in den einzelnen Landesverbänden und Stadtsektion ist sehr unterschiedlich, zum Teil leider auch inaktiv. Mehrere Landesverbände sind trotz Bemühungen immer noch ohne Vorsitz. Die DPG findet in der Presse nicht statt, der Auftritt auf Facebook unter https://www.facebook.com/Deutsch-­Portugiesische-Gesellschaft-eV-Bundesverband-952004018156736 findet zu wenig Beachtung. 

Nun könnte man die Behauptung aufstellen, Vereine sind in die Jahre gekommen, das seien die allgemeinen Probleme der Vereine im 21. Jahrhundert. Die vielfältigen Herausforderungen wie der demografische Wandel, ein rückläufiges Engagement im Ehrenamt, Finanzierungsprobleme und Nachwuchssorgen betreffen eine große Zahl der Vereine, sicher nicht nur die DPG und sicher nicht nur Vereine in Deutschland. Es kommt die Erfahrung aus der jetzigen Pandemie dazu, dass die Kommunikation zunehmend digital stattfindet. Bei der jüngeren Generation sind Treffs in Online-Plattformen ohnehin seit Jahren gängig, viele brauchen nicht die engeren, direkten Kontakte. 

Auf der anderen Seite spielen Vereine in Deutschland nach wie vor eine wichtige Rolle, denn Vereine prägen unsere Gesellschaft mit. Die Herausforderung im 21. Jahrhundert besteht darin, neue Konzepte für Vereine zu entwickeln um einerseits die Tradition weiterzuführen und andererseits eine neue Kultur des Ehrenamtes zu entwickeln. 

Die Zukunftsinstitut GmbH in Frankfurt am Main hat in einem Workbook die Frage diskutiert, was zu diesen neuen Herausforderungen gehört. Man spricht u. a.von neuen Community-Strukturen und meint damit offene Veranstaltungen, Interessenten die Möglichkeit der Teilnahme zu bieten und andere Vereine nicht als Konkurrenz zu sehen, sondern als Chance zur Zusammenarbeit. Ein zeitgemäßes Vereinsleben setzt nicht auf physische Präsenz, sondern modernisiert den Gedanken des Vereins, wobei Gemeinschaft und Zugehörigkeit auch zukünftig eine wichtige Rolle spielen. 

Wir sind DIGITAL auf einem guten Weg: Unsere Premiere war die Mitgliederversammlung 2020 und seit Dezember finden — organisiert durch das DPG-Team Berlin — einmal monatlich digitale DPG-Treffs mit verschiedenen Themen statt. Der Präsident, Michael W. Wirges informiert in diesem Heft über die letzten zwei DPG Zoom Meetings. (DPG-Team: Ricardo Schäfermeier, Martina Sophie Pankow, Michael W. Wirges, Gabriele Baumgarten-Heinke)

Aber lassen Sie uns, liebe Mitglieder, genau an dieser Stelle ansetzen, uns den Herausforderungen stellen und die Frage nach der Ausrichtung der DPG für die kommenden Jahren diskutieren. Nach der Mitgliederversammlung im Oktober 2020 sind bereits einige Vorschläge eingegangen und auch in den zurückgesandten Mitgliederbefragungen wird von mehren Mitgliedern der Wunsch zum Ausdruck gebracht, die Ausrichtung der DPG neu zu definieren. 

Das Präsidium hat in einem Zoom Meeting im Februar 2021 die Durchführung des 2. STRATEGIEWORKSHOPS für den 12. Juni 2021 in Berlin beschlossen. Der Strategieworkshop richtet sich an das Präsidium, die Vorsitzenden der Landesverbände und Stadtsektionen sowie sonstige Verantwortliche der DPG. 

Folgende Vorschläge und Ideen zur Ausrichtung der DPG wurden bisher eingereicht: Fragen des Außenauftritts, Zusammenarbeit mit Institutionen, Pressearbeit, Anleitung und Koordinierung der Arbeit der Vorsitzenden der Landesverbände und Stadtsektionen, Betreuung der Social Media-Kanäle, nachvollziehbare Aufgaben und Projekte. Es gibt auch Vorschläge, die DPG solle sich um die Fragen von Menschen kümmern, die nach Portugal oder von Portugal nach Deutschland umsiedeln wollen. Das sind Fragen, die uns schon jetzt oft erreichen, die aber nur in Zusammenarbeit mit Institutionen und Abteilungen der Botschaften beantwortet werden können. Wir bemühen uns, die richtigen Ansprechpartner dafür zu finden. 

Nehmen Sie Teil an der Neuausrichtung der DPG und senden Sie uns Ihre Vorschläge, Ideen und Wünsche — bitte BIS ZUM 10. JUNI per Mail an: office@dpg.berlin. Vielen Dank! 

Schreiben Sie uns auch, wo Sie sich als Mitglied der Gesellschaft sehen, welche konkrete Aufgaben Sie ggf. übernehmen möchten. Wir suchen nach wie vor einen Vorsitzenden für die Landesverbände Bayern und Sachsen. Voraussetzung ist eine bereits länger bestehende Mitgliedschaft in der DPG. Eine Anleitung zur ­Arbeit erfolgt über die DPG-Geschäftsstelle. Des Weiteren suchen wir Mitglieder für die Betreuung der Social Media-­Kanäle. 

Übrigens, Vorreiter der heutigen Vereine gibt es bereits im 17. und 18. Jahrhundert. Ihr Hauptziel war die Pflege von Bildung und Kultur, in den Lesegesellschaften diskutierte der Adel Tagesereignisse und Zeitprobleme. Ab dem 19. Jahrhundert spricht man von Vereinen.