Alle Artikel von PORTUg@NDI_20

Se não regressas, emigrante, vou ter contigo «lá fora»

Graffiti-Foto aus Lissabon

de Ana Carla Gomes Fedtke e Eberhard Fedtke

> Os sucessivos programas do regresso dos emigrantes, elaborados pelo estado por períodos de quatro anos, não têm sucesso digno de menção. Com esta experiência sólida e imutável o governo deve finalmente perceber que pouquíssimos dos seus compatriotas pelo mundo fora depois de terem avaliado o modo de vida com especial segurança em qualquer país, qualquer que seja a profissão, não querem voltar, senão nas férias ou na reforma. É o cenário verdadeiro da atualidade. Um tema político é o de refletir e voltar à realidade pesando: conforme sondagens oficiais até 2060 Portugal irá perder entre 2 a 3 milhões dos seus cidadãos, na sua esmagadora maioria jovens altamente qualificados. É caso para dizer que quase mais portugueses viverão fora do que na pátria. Portugal, um país de emigração, corre − inevitavelmente − o risco de ser, pelo menos nas regiões rurais, uma casa de velhotes e um refúgio de reformados. Regressar é espiritualmente um lindo título para uma canção do fado triste.

Analisando esta nova plataforma ­social da sociedade portuguesa, futuramente o estado concentrará as suas prioridades e visões para as diásporas fora, em mais de 80 países, para reforçar a ­ligação entre os emigrantes e o país, a fim de salvar a cultura portuguesa. O ­libreto rico contém como principais redes: o associativismo, a economia e o desenvolvimento, a cidadania dos luso-eleitos, o apoio local, os órgãos de comunicação social da diá­spora e a cultura autêntica. Este programa de mudar as prioridades para «regres­sar e dinamizar a diáspora» servia apenas para demonstrar agilmente ao público com uma encenação grandiosa e de vista larga: Num Primeiro Congresso da Diáspora Portuguesa, que teve lugar no dia 13 de Julho de 2019 no Porto com mais de 400 inscritos, na presença dos chefes do estado, governo e do parlamento, analisou-se, debateu-se e tratou-se com muitos oradores os problemas pendentes de Portugal com as suas diásporas, particularmente também no que toca à segunda e terceira geração, nascida fora. O intuito deste encontro foi, sobretudo, o de renovar e talvez corrigir estruturas multi sociais da política de emigração atual. A presença do Ministro dos Negócios Estrangeiros prova que esta nova abertura da diáspora faz parte da politica externa oficial, devendo ter visivelmente um peso político de importância de primeira ­categoria social.

O fim é evidente: Portugal não quer perder os laços com os seus compatriotas emigrados, um enorme capital humano de inteligência e criatividade cultural, tendo esta potência étnica começado a sair do país a partir dos anos 1900 em mobilidades crescentes, na sua prioridade para a Europa central com países economicamente evoluídos, que procurando especialistas, muitos destes cérebros emigrados não mais pretendem regressar. Um exemplo significativo: hoje em dia o estado alemão oferece cerca de um milhão de postos livres para trabalhos de múltiplas categorias profissionais. Faltam especialistas em todos sectores económicos preponderantes.

A pergunta é se precisa este reforço estadual com a diáspora. Cada família portuguesa tem a sua «pequena diáspora eficaz» via familiares ou amigos em vários países fora, provando uma comunicação geral permanente e multilateral com sedimentes características do espirito lusitano. Assim não faltam múltiplos missionários eficazes em todos os sectores de cultura ida e volta. A impressionante demonstração dos emigrantes ­desta internacionalização verifica-se nas férias anuais aqui, fazendo deleitar os outros, circulando com os carros furiosos de ­superluxos, comprando ou construindo casas, um regresso planeado à minha terra uma vez na reforma. Ora, esta coreografia de uma riqueza nova traduz uma língua espetacular: a de que é possível economicamente viver e trabalhar fora e não regressar. A este desequilíbrio contínuo o estado responde com preocupação, quer reagir com urgência, intensidade e fantasia. O primeiro congresso de diá­spora deu as definições certas para os problemas em causa da emigração, sub­stituindo os programas de regressar. ­Foram programados e decididos no congresso do Porto os seguintes pontos da primeira categoria: Uma nova lei de nacionalidade prevê que filhos e netos dos emigrantes possam obter a nacionalidade portuguesa, também no caso de os pais serem divorciados. Um novo regulamento das leis ­eleitorais abrange um universo de 1,5 ­milhões de portugueses que são recenseados no estrangeiro, e que lhes confere o direito de votar em Portugal, coisa que até hoje não era possível. Uma dupla ­nacionalidade não é um obstáculo. Os analistas veem nesse facto uma significante reserva democrática. O grande problema será a motivação desta nova clientela. É uma tarefa fundamental da ­imprensa nacional para informar os ­emigrantes continuamente sobre estas novidades sociais. Um trabalho decisivo de uma dimensão sensível.

Mais temas disseram respeito à harmonização nas questões de estruturas fiscais, foi elaborado um novo Guia Fiscal, para fomentar e reforçar os campos da segurança social e da justiça, nomeadamente no sector de proteção dos menores, assim como a valorização internacional da formação profissional em língua portuguesa, oferecer fora mais o estudo da língua portuguesa, esta com uma base irrenunciável com vista a aproveitar dos novos regulamentos. Incluir-se ainda a dinamização da igualdade de oportunidades de forma global em todos os setores sociais, é outro objetivo. Finalmente o país deve intensificar a colaboração com as atuais 66 câmaras de comércio na diáspora para que mais do que meros postos de representação, sejam um suporte para constituir um apoio em múltiplos sectores e projetos, nomeadamente praticar as tradições e hábitos culturais do país.

Cada comunidade fora pode estruturar e realizar a sua própria plataforma integral e definir o seu destino na relação com o país nas concretas iniciativas, mas em perspetivas realistas. A falta de credibilidade global para este destino étnico seria imperdoável.

O primeiro congresso no Porto sensibilizou largamente os participantes, escolhendo temáticas selecionadas e prognósticos visuais, estimulando e desafiando o simpósio para missões criativas dum «Portugal novo e amplo», não só no sentido duma inspiração virtual, mas com extensões de métodos práticos de uma estrutura simplesmente realista. Esperemos que o programa de regresso para a pátria se enquadre mais na agenda da politica interna e externa, animando dessa forma os portugueses ativos para reimportar experiências do estrangeiro para Portugal, a fim de que ganhe o país, e que a nova visão eufórica para a diáspora sirva para intensificar e valorizar a ligação de todos os portugueses pelo mundo fora, evitando permanecer como uma volumosa demonstração ­mítica e plicativa (?) sem resultados substanciais. Deve ver-se do lado dos ­órgãos do estado que necessitam concretamente da diáspora e das suas comunidades.

Vamos ver se um próximo congresso da Diáspora apresentará os resultados bem autocríticos do congresso de Porto 2019. Vamos ver, se o Programa Diáspora é um lindo sonho político como o Programa de Regresso.

Mas sonhar é um privilégio da mentalidade portuguesa.

Nelken-Revolution in Chemnitz

Foto auf dem Largo do Carmo zur Erinnerung an den 25.4.1974

Bericht von der Tagung »Portugal im deutsch-deutschen Fokus« • von Andreas Lahn

> Im Rahmen einer zweitägigen Tagung sind am 5. und 6.12.2019 in Chemnitz alle Augen auf Portugal gerichtet: An der Technischen Universität findet eine Tagung statt, bei der es um die Beziehungen von DDR und BRD zu Portugal zwischen 1960 und 1990 geht, aber auch um Themen der portugiesischen Geschichte wie Salazar-Diktatur, Kolonialkriege, Nelken-Revolution, Agrarreform, Sport und die Einflussnahme von außen. Die Organisatoren sind Thomas Weißmann von der TU Chemnitz und Antonio Muñoz Sánchez vom ICS Lisboa. Die Themenblöcke werden von einzelnen ReferentInnen vorgestellt oder im Rahmen einer Podiumsdiskussion mit kurzen Statements abgearbeitet. Bei den sogenannten Zeitzeugen spürt man deutlich, wie die Jahrzehnte zurückliegenden Ereignisse wieder lebendig werden. Es macht für mich einen riesigen Unterschied, ob man in einem wissenschaftlichen Seminar über Sinn und Zweck von Nelken-Revolution und Agrarreform diskutiert, oder ob Menschen diese historischen Prozesse kommentieren, an denen sie selbst beteiligt gewesen sind. Auch der Aspekt der Revolutions-Romantik wird angesprochen. Denn Ende der 1970er Jahre sind auch viele deutsche Linke nach Portugal gefahren, um den in der BRD unmöglich erscheinenden Systemwechsel in Portugal live zu erleben. Es ist auch rückblickend erstaunlich, was in den wenigen Tagen um den 25. April 1974 herum in Portugal passiert ist. Antonio Munõz Sánchez bringt es auf den Punkt: »In 24 Stunden wurde eine 48-jährige Diktatur abgeschafft.« Mit Prof. i. R. Bodo Freund und Gert Peuckert ist die DPG unter den ReferentInnen gut vertreten. Während sich Gert Peuckert in seinem Vortrag »Hände weg von Portugal. Die SED und die Nelkenrevolution« als Zeitzeuge mit der Beziehung der DDR zu Portugal beschäftigt (siehe S. 12−14), ist Bodo Freunds Vortrag ein Ritt durch ein halbes Jahrhundert mit dem Titel »54 Jahre Portugal-Erfahrung − ein Rückblick«. Er beschreibt die Veränderungsprozesse der portugiesischen Gesellschaft anhand ökonomischer Parameter und demografischer Entwicklungen. Er geht auch auf Verwaltungsstrukturen, Stadtsanierung, Tourismus, den Verkehrssektor etc. ein − kenntnisreich, anschaulich, authentisch. Ich möchte mich bei allen bedanken, die in Chemnitz an der Vorbereitung und Durchführung der Tagung beteiligt sind. Die Kombination aus Vortrag, Diskussion, gemeinsamen Gesprächen, Abendessen, Plaudereien und neuen Kontakten ist schlicht großartig. Und das Care-Paket für die Rückfahrt ist eine wundervolle, unvergessliche Geste. Herzlichen Dank!
Wer Interesse am Kontext dieser Tagung hat und Fotos sehen möchte, findet spannende Einblicke auf dieser Website: https://www.tu-chemnitz.de/phil/iesg/professuren/swandel/forschung/tagungen/Portugal/index.php

»Hände weg von Portugal!«

Rote Nelken zur Erinnerung an den 25.4.1974

Hintergründe der SED-Politik zur Zeit der Nelken-Revolution • von Gert Peuckert

> Anlässlich des Jubiläums der Nelkenrevolution, mit der vor 45 Jahren die faschistische Diktatur in Portugal endete, lud die Technische Universität Chemnitz vom 4. bis 6. Dezember 2019 zur Tagung Portugal im deutsch-­deutschen Fokus ein. Eine Gruppe junger Wissenschaftler an der TU in Chemnitz hatte die Idee, die historischen Ereignisse im Fokus der damals noch existierenden beiden deutschen Staaten aufzuarbeiten und suchte Zeitzeugen aus der damaligen DDR für die Umsetzung ihres Vorhabens. In Abstimmung mit dem Vorstand der DPG nahm ich die Einladung zur Teilnahme gerne an und nutzte die Gelegenheit zu den Beziehungen der DDR mit Portugal in dieser Zeit und über unser Projekt zur Dokumentation der Geschichte der Freundschaftsgesellschaft in den beiden deutschen Staaten zu sprechen. Den Organisatoren in Chemnitz war bei ihren Recherchen zum Gegenstand der Tagung aufgefallen, dass die Beziehungen Portugals zu den beiden deutschen Staaten nach dem Ende des Zweiten Weltkrieges bisher nur selten in wissenschaftlichen Forschungsarbeiten thematisiert wurde, da vor allem die Nelkenrevolution 1974 auf großen Widerhall gestoßen und auch die postrevolutionäre Entwicklung Portugals ganz entschieden von der BRD und der DDR beeinflusst wurde. Die zweitägige Konferenz verfolgte das Ziel, dieses Thema in einem Rahmen zu diskutieren, in welchem wissenschaftliche Forschung durch Augenzeugenberichte von Akteuren aus Ost und West flankiert und neben wissenschaftlichen Vorträgen auch Diskussionsrunden den deutsch-deutschen Blick auf Portugal freilegen sollten. Bei Vorbereitung meines Vortrags wurden viele Erinnerungen an die unvergessliche Aufbruchszeit in Portugal geweckt, und ich fand unter meinen persönlichen Sachen ein altes Tagebuch mit Aufzeichnungen, das ich als Quellenmaterial nutzte. Im Sommer 1975 konnte ich als Student am Institut für internationale Beziehungen in Moskau ein Auslandspraktikum in Lissabon absolvieren und dort für meine Diplomarbeit zur Rolle der MFA in den ­Ereignissen des 25. April 1974 in Portugal recherchieren. Meine erste Begegnung mit Freunden aus Portugal hatte ich bereits bei den Weltfestspielen der Jugend und Studenten 1973 in Berlin als Dolmetscher für die portugiesische Delegation. Die Mehrzahl der portugiesischen Teilnehmer reiste damals über Paris an, wo sie als Emigranten lebten, um nicht in den Kolonialkrieg nach Afrika zu müssen. Während der Weltfestspiele hatten mich die vielen herzlichen Begegnungen der Jugendlichen aus Portugal mit den Teilnehmern von den nationalen Befreiungsbewegungen aus Afrika und die gemeinsamen Protestaktionen zur Beendigung der blutigen Kolonialkriege nachhaltig beeindruckt. Das waren Vorboten für ein baldiges Ende des Krieges. Wir ahnten aber zu dieser Zeit noch nicht, dass wir schon am Vorabend des Militäraufstandes der MFA vom 25. April 1974 stehen würden. Nachdem in den frühen Morgenstunden des 25. April 1974 Zeca Afonsos Grândola, Vila Morena das Startsignal zum Marsch nach Lissabon für die aufständischen Einheiten der Bewegung der Streitkräfte gegeben und die Nelkenrevolution das Ende der faschistischen Diktatur in Portugal gebracht hatte, stand mein Entschluss fest, meine Diplomarbeit zu diesem Thema zu schreiben. In ganz Europa befanden sich in dieser Zeit die Anhänger der Politik der friedlichen Koexistenz auf dem Vormarsch. Der Helsinki-Prozess hatte mit der Konferenz für Sicherheit und Zusammenarbeit in Europa (KSZE) seinen Höhepunkt erreicht. Im Ergebnis der Nelkenrevolution war eine der letzten faschistischen Diktaturen gefallen und eröffneten sich neue Perspektiven für die Vertiefung des Entspannungsprozesses in Europa und den Sieg der nationalen Befreiungsbewegungen in Afrika. Für die meisten Bürger im Osten Deutschlands war Portugal bis dato ein schwarzer Fleck auf der Landkarte. Politische Kontakte seitens der DDR-Führung bestanden lediglich zu den in der Emi­gration lebenden Vertretern der Portugiesischen Kommunistischen Partei (PKP). Der Aufstand der linken Militärs zum Sturz der 48-jährigen faschistischen Diktatur und das Bild von der roten Nelke im Gewehr des Soldaten der MFA verbreitete sich wie ein Lauffeuer, und es kam zu Solidaritätsbekundungen im ganzen Land. In Fernsehen und Presse der DDR wurde fast täglich über die Entwicklung der politischen Ereignisse in Portugal berichtet. Nur wenige Monate zuvor hatte nach dem blutigen Militärputsch Pinochets zum Sturz der Allende-Regierung eine breite Solidaritätsbewegung mit Chile das ganze Land erfasst, die sich nun auch auf die Unterstützung der linken Militärs und der Nelkenrevolution in Portugal ausweitete. Für mich unvergessen sind bis zum heutigen Tage die mit Hochrufen auf die internationale Solidarität begleiteten Auftritte von Zeca Afonso auf dem Festival des Politischen Liedes in Berlin. Noch vor Aufnahme der offiziellen diplomatische Beziehungen im Juni 1974 wurden seitens der DDR mit Hilfe der PKP Kontakte zu den führenden Vertretern der MFA in Lissabon hergestellt. Zu diesem Vortrupp gehörte neben Politbüro-Mitglied Hermann Axen auch der Journalist und spätere Präsident der Freundschaftsgesellschaft, Klaus Steiniger. Danach gaben sich Delegationen aus allen Bereichen des öffentlichen Lebens der DDR die Klinke in die Hand, von denen ich 1975 eine ganze Reihe persönlich vor Ort begleitet habe. Zu einem Höhepunkt gestaltete sich die Durchführung der ersten Brecht-­Woche der DDR im September 1975 mit Theateraufführungen in Lissabon, Porto, Coimbra, Almada, Setúbal und Évora. Die Brecht-Gruppe vom Volkstheater Rostock spielte im ganzen Land vor ausverkauften Häusern und einem begeisterten Publikum, das jedes Mal zum Ende der Vorstellung die Internationale anstimmte. Die erste DDR-Vertretung war in der Avenida de Berna eröffnet worden. Im Januar 1976 erfolgte dann der Umzug in ein mehrstöckiges Gebäude in der Alameda Dom Afonso Henriques. Das Casa Azul − wie es von den DDR-Leuten und portugiesischen Freunden genannt wurde − stand weithin sichtbar auf dem vom Instituto Superior Técnico gegenüberliegenden Hügel über der Fonte Luminosa. Der damalige Botschafter, Dr. Butzke, scharte innerhalb kurzer Zeit ein Team von erfahrenen Diplomaten um sich, die durchgängig über portugiesische Sprachkenntnisse verfügten. Die repräsentative und zahlenmäßig große Vertretung der DDR in Portugal zeugte vom hohen Stellenwert des Landes für die Entwicklung künftiger Beziehungen, war aber für die rechte Presse Anlass zur Verbreitung verschiedenster Verschwörungstheorien im Bezug auf die Rolle von DDR und SED bei den revolutionären Ereignissen des 25. April in Portugal. Allerdings waren die wirklichen Verschwörer wohl eher unter den politisch rechten Kräften in der damaligen BRD zu finden, wie Günter Wallraff in seinem 1976 veröffentlichten Buch über die Kontaktaufnahme von General Spinola zu CSU-nahen Kreisen um Franz Josef Strauß zur Finanzierung von Waffenkäufen bei der Vorbereitung eines Putsches aufdeckte. Mit Fortschreiten der revolutionären Entwicklungen, insbesondere nach den Maßnahmen der Regierung von General Vasco Goncalves im März 1975 zur Nationalisierung von Banken und Konzernen und Umsetzung der Agrarreform, wurde die Unterstützung der DDR für Portugal weiter intensiviert. Ab diesem Zeitpunkt gab es eine sprunghafte Entwicklung der Beziehungen auf allen Ebenen, vor allem im Handels- und Wirtschaftsbereich. In meinen persönlichen Tagebuchaufzeichnungen vom September 1975 ist ein Gespräch mit dem damaligen DDR-Handelsrat Seifert vermerkt, der zum Inhalt einer politischen Richtlinie des Ministeriums für Außenhandel zum vorrangigen Ausbau des Handels mit Portugal berichtete, insbesondere mit den von Arbeiterkommissionen in Verwaltung genommene Unternehmen und neu entstandenen Kooperativen im Alentejo. Die DDR leistete materielle Hilfe durch Lieferung von Saatgut und Landwirtschaftsmaschinen und den Kauf von Waren aus enteigneten Betrieben, die nach dem Wegbrechen ihrer traditionellen Märkte Absatzprobleme hatten und um ihr wirtschaftliches Überleben kämpften. Im Rahmen des 1975 geschlossenen Handelsabkommens wurde beispielsweise der Import großer Mengen von Portwein und Schuhen im Umfang von mehreren Millionen Valutamark (VM) aus Portugal vereinbart. Die DDR verzehnfachte innerhalb eines Jahres die Importe auf 20 Millionen VM und lieferte u. a.Textilmaschinen, polygrafische Maschinen und Düngemittel im Umfang von 8 Millionen VM. Damit war innerhalb ­eines Jahres der Handel mit Portugal von faktisch Null auf fast 30 Millionen VM gewachsen. Auch die politisch-kulturellen Beziehungen stiegen sprunghaft an. Im Juni 1975 konstituierte sich in Berlin das Freundschaftskomitee DDR-­Portugal bei der Liga für Völkerfreundschaft, dessen Hauptpartner für die Zusammenarbeit die Nationale Freundschaftsgesellschaft (NFG) Portugal−DDR wurde. Die NFG war von Freunden des Alemanha democrática − wie die DDR im Volksmund von den Portugiesen im allgemeinen genannt wurde − bereits im Dezember 1974 in Lissabon gegründet worden. Zum Präsidenten wurden der anerkannte portugiesische Musikwissenschaftler Prof. Freitas Branco und als Generalsekretär der Rechtsanwalt und Schriftsteller Alexandre Babo gewählt. Die Gesellschaft fand großen Zuspruch und hatte bald 2.000 Mitglieder, die aus den unterschiedlichsten kulturellen und sozialen Schichten ­kamen und die landesweit in 28 Basisgruppen organisiert waren. Der Beitritt von Admiral Rosa Coutinho, José Saramago und weiteren anerkannten Persönlichkeiten aus Politik und Kultur belegt, dass die Nationale Freundschaftsgesellschaft und damit die DDR einen relativ breiten Zuspruch auch in intellektuellen Kreisen fand. Das ist auch darauf zurückzuführen, dass die DDR aufgrund ihrer Geschichte und Größe für Portugal einen Vergleichsrahmen bildete und den erfolgreichen Aufbau einer antifaschistischen demokratischen Ordnung voraushatte. Beide Staaten befanden sich in einer ähnlichen Ausgangs­lage: Sie hatten eine faschistische Diktatur hinter sich und mussten nun mit dieser Hypothek, welche sich ja vor allem in den Köpfen der Menschen befand, eine neue Gesellschaft aufbauen. Auf Beschluss des Ministeriums für Hoch- und Fachschulwesen wurden 1975 bei der Nationalen Freundschaftsgesellschaft (NFG) Portugal–DDR ein Deutsch-­Lektorat eingerichtet und ein Deutsch-Lektor aus der DDR nach Portugal entsendet. In Zusammenarbeit mit der NFG wurden auf Basis jährlicher Arbeitsvereinbarung zum Beispiel die Woche der DDR in Lissabon und weiteren wichtigen Zentren Portugals und die Solidaritätswoche mit Portugal in der DDR veranstaltet. Nach Aufnahme der diplomatischen Beziehungen wurden in den Jahren 1975/76 weitere Abkommen unterzeichnet und entwickelte sich ein reger Delegationsaustausch, besonders im kulturellen Bereich. Auch Studienauf­enthalte in der DDR, Freiplätze für internationale Sommerkurse sowie Hochschulstudienplätze und Plätze für postgraduales Studium wurden seitens der DDR für die portugiesische Seite angeboten. Diese euphorische Phase in den beiderseitigen Beziehungen erfuhr mit dem Wahlsieg der PS im Jahre 1976 eine spürbare Abkühlung, und die Errungenschaften der Nelkenrevolution wurden in ihrem weiteren Verlauf von den Mechanismen des Kalten Krieges entscheidend beeinflusst. In meinem Vortrag habe ich versucht, basierend auf persönlichen Erinnerungen und Tagebuchaufzeichnungen, die Ereignisse des 25 April 1974 ins Gedächtnis zurückzurufen und die Reaktion der DDR auf die Nelkenrevolution in dem ­damaligen historischen Kontext darzustellen.

Von Licht und Schatten · Interview und Buchbesprechung

Das Cover des Buches »Schatten und Licht in Lissabon«

Interview mit Birte Stährmann zu ihrem Roman »Schatten und Licht in Lissabon« • Fragen von Andreas Lahn

> Sind Sie eine Naschkatze und würden für ein Pastel de nata alles stehen und liegen lassen?
Birte Stährmann: Im Traum schon, aber im realen Leben eher nicht.

Welche Verbindung haben Sie zu Portugal und speziell zu Lissabon?
Die Stadt hat mich schon seit langem fasziniert. Deshalb wollte ich mit meinem Mann ohnehin nach Lissabon fahren. Ich wusste schon vor der Reise, dass ich dort einen Roman ansiedeln wollte. Dann kamen das besondere Licht hinzu, die Kacheln (azulejos) und der morbide Charme. Und die Portugiesen sind in meinen Augen ein liebenswertes Volk, mit ihrer Melancholie und dem Fado.

Die Figuren in Ihrem Roman erkunden ­Lissabon zu Fuß. Sie auch?
Alle Wege, die ich in dem Roman beschreibe, sind wir auch selbst gegangen. Wenn ich durch eine Stadt gehe, nehme ich viele Bilder in mir auf und habe sie danach im Herzen. Außerdem schreibe ich meine Eindrücke in ein Tagebuch.

Welche Reaktion der LeserInnen wünschen Sie sich, wenn Sie einen Roman veröffentlichen?
Ich wünsche mir, dass sie sich in die Fußstapfen der ProtagonistInnen begeben können und auf den Spuren von Judith oder Mirjam wandeln, um so in die Figuren zu schlüpfen und das nachzuempfinden, was die beiden erleben. Da ich bildreich schreibe, gelingt mir das hoffentlich ganz gut.

Foto von der Roman-Autorin Birte Stährmann

Roman-Autorin Birte Stährmann · © Torsten Köster

 Ihr Roman »Schatten und Licht in Lissabon« spielt in Stuttgart und Portugal. Was ist der Kern der Geschichte?
Ich lade die LeserInnen ein, sich auf eine lange Reise von 1933 bis ins Heute zu begeben. Ich erzähle die Geschichte von Frauen mehrerer Generationen, ihrem Leben, Leiden, Lieben, und zeige, wie das Gestern ins Heute wirkt. In ­einem Teil spielt das Thema Flucht eine Rolle. Weniger bekannt ist die Bedeu­tung, die Lissabon im Zweiten Weltkrieg hatte − als letzter Hafen mit ­Zugang zum Atlantik. Dementsprechend voller Flüchtlinge war Lissabon.

Die Geschichte bleibt ja nicht in der Vergangenheit stehen, sondern geht weiter bis in die heutige Zeit.
Ja. Die aus Stuttgart stammende 41-jährige Mirjam steht eigentlich mitten im Leben. Doch durch den Tod ihrer Mutter wanken ihre Grundfesten, und sie begibt sich auf Spurensuche, um ein lang gehütetes Familiengeheimnis zu entschlüsseln. Mirjam reist nach Lissabon und macht sich auf die Suche nach ihren Wurzeln. Der Roman ist nicht zuletzt auch eine Liebeserklärung an Lissabon. Ich nehme meine Leserinnen und Leser mit auf vielfältige Erkundungen in der Stadt des gleißenden Lichts und der Melancholie des Fado.

Es geht auch um portugiesische Geschichte rund um die Themen Flucht, Vertreibung, Solidarität und um konkrete Hilfe.
Der Roman orientiert sich an tatsächlichen politischen Ereignissen und an historischen Personen wie zum Beispiel Aristides de Sousa Mendes, den portugiesischen Generalkonsul von Bordeaux, der vielen Juden und anderen Verfolgten Visa ausgestellt und ihnen so die Flucht ermöglicht hat. Das ist alles historisch verbürgt. Auch möchte ich zeigen, dass es nie zu spät ist, seinen eigenen Spuren zu folgen, sich auf den Weg zu machen und Dinge in die Hand zu nehmen, um sie zu verändern.

Mirjam ist die zentrale Figur Ihres Romans. Ist alles fiktiv oder finden sich Fragmente Ihres eigenen Lebens in Mirjam wieder?
Mirjam ist eine fiktive Figur, aber dadurch, dass ich selbst in Stuttgart lebe, finden sich auch Fragmente aus meinem eigenen Leben. Mirjam hat zum Beispiel kein Auto, ich auch nicht, Mirjam ist Journalistin, ich selbst arbeite auch journalistisch, die Dinge im Buch, die Mirjam in Stuttgart nicht gefallen, mag ich in der Wirklichkeit auch nicht. Nichtsdestotrotz ist Mirjam eine ganz andere Person als ich. Ich habe kein Tattoo, sie ist ein bisschen cooler als ich. Aber es gibt Parallelen, und manchmal schreibt man sich vielleicht etwas herbei, was man selbst nicht hat.

Mirjams Großmutter hat eine Freundin namens Judith, deren Familie vor den Nazis fliehen muss. Deren Lebensweisheit lautet: »Ich habe gelernt anzunehmen, was ist.« Gilt das auch für Sie?
Das ist tatsächlich eine Lebensweisheit, die in meinem Leben immer eine große Rolle gespielt hat. Aber ich habe auch gelernt, Dinge zu akzeptieren, die nicht so sind, wie ich mir sie einst ausgemalt habe.

Sie sind in Flensburg aufgewachsen und leben jetzt in Stuttgart. Vermissen Sie das Meer?
Jaaaa! Deshalb schreibe ich immer Geschichten, die irgendwo am Meer spielen. Im Sommer vermisse ich das Meer jeden Tag. Im Winter ist es nicht ganz so schlimm. Der Wind vom Meer weht meine Gedanken frei.

Und deshalb gehen Sie vermutlich irgendwann zurück nach Flensburg, oder?
Auf jeden Fall!

Leben Sie Ihre Träume?
Ja. Wenn ich im Leben etwas möchte, etwas träume, versuche ich es auch zu erfüllen. Das Schreiben von Romanen war auch so ein Traum. Ich wollte spätestens zu meinem 50. Geburtstag einen Roman schreiben. Und als ich 49 war, habe ich den ersten veröffentlicht. Das gilt übrigens auch für Reisen, Beziehungen und Lebenseinstellungen. Träume bringen mich zu dem, was für mich wichtig ist im Leben.

Ein wundervolles Buch • von Andreas Lahn

Zugegeben: Ich lese nicht mehr gerne Romane. Doch als ich die ersten Seiten von Birte Stährmanns Roman »Schatten und Licht in Lissabon« überfliege, kann ich gar nicht anders als einfach weiterzulesen. Der Roman spielt in Stuttgart und Lissabon. In Lissabon bin ich ohnehin verliebt, und in Stuttgart wohnen Freunde, die ich ein Mal im Jahr besuche. Eine Frau heißt nicht Mirjam, wie die Hauptfigur des ­Ro­mans, aber immerhin Miriam. Zu viele Parallelen! Meine Neugier ist geweckt und hält das ganze Buch über an. Es geht hier nicht nur um reine Fiktion. Birte Stährmann erzählt aus der portugiesischen und deutschen Geschichte und schreibt über Flucht, Vertreibung, Faschismus, Kolonialkriege, Nelkenrevolution mit Emotionen wie Trauer, Verzweiflung, Glück, Enttäuschung, Liebe, Leidenschaft, über die Siege und Niederlagen im Leben − ein Roman, in dem Geschichte lebendig wird. Ich spüre den Atem der Personen, bin träumend durch Stuttgart und Lissabon gelaufen, habe mitgelitten und mich an viele eigene Erlebnisse an den jeweiligen Orten erinnert. Glückwunsch zu diesem wundervollen Roman, Frau Stährmann! Und natürlich gilt: »Für alle, die eine Schattenzeit erleben – das Licht wird zurückkehren.«

Birte Stährmann, Schatten und Licht in Lissabon, Roman 
Verlag tredition®, 2019
ISBN 978-3-7497-2932-6 Paperback, 11,99€
ISBN 978-3-7497-2933-3 Hardcover, 20,99€
ISBN 978-3-7497-2934-0 E-Book, 3,99€

Cozido à Portuguesa: Rezept und Geschichte

Foto vom Cozido à Portuguesa

präsentiert von Ana Paula Galaz Goyke

> Der Ursprung des Cozido à Portuguesa ist nicht geklärt. In ganz Europa finden wir einige Versionen dieses Gerichts: Olla Podrida oder Cocido in Spanien, Pot-eu-Feu in Frankreich, Bollisto Misto in Italien, Hoche­pot in Belgien, Hotspot in den Niederlanden. Fleisch und gekochtes Gemüse sind die gemeinsame Grundlage.
Das erste schriftliche Rezept des ­Cozido à Portuguesa wurde 1680 in Arte da Cozinha von Domingos Rodrigues gedruckt und hatte den spanische Namen Olla Podrida.
Der Cozido kann Hähnchen, Schinken, Bohnen, Rüben und Kichererbsen enthalten − oder auch nicht. Er kann sogar Mais, Reis, Schweinefüßchen und Süßkartoffeln haben − oder auch nicht: Doch die typische portugiesische Wurstware darf auf keinen Fall fehlen! Sie gibt dem Cozido à Portuguesa seinen einzigartigen Geschmack. Dieses Gericht ist ideal für Wintertage, besonders dann, wenn es richtig kalt wird.
Trotz der Varianten in den verschiedenen Regionen des Landes ist das Basisrezept immer gleich: Rind-, Schweine- und Hähnchenfleisch, chouriço (Paprikawurst), farinheira (Fleischmehlwurst), morcela (eine Art Blutwurst), Couve portuguesa (portugiesischer Kohl) mit Wirsing, Kartoffeln, Karotten und Rüben.
Dazu kommen:

  • im Minho: ein dickes Huhn, Räucherschinken, Räucherwurst, Schweinskopf. Der Kohl ist wie Grünkohl, und der Reis wird im Ofen mit Hähnchenleber gebacken.
  • in Trás-os-Montes: Hähnchen oder Huhn, Schweinekoteletts oder dicke Rippen, Blutwurst und die portugiesischen Wurstwaren alheira und farinheira, außerdem grüne Bohnen, Wirsing- und portugiesicher Kohl (Couve Portuguesa).
  • im Alentejo: Lammfleisch. Das Schwein ist hier König und wird fast komplett verwendet. Und die Wurstwaren sind wie immer dabei: Morcela (Blutwurst), farinheira und linguiça (chouriço). Kichererbsen dürfen nicht fehlen! Hier heißt der Cozido À Alentejana.
  • auf den Azoren in Furnas auf São Miguel: Eine kulinarische Kuriosität ist das Essen, das über mehrere Stunden im heißen vulkanischen Boden langsam gegart wird und dabei einen ganz eigenen charakteristischen Geschmack bekommt. In großen Töpfen werden Rind- und Hähnchenfleisch, Räucherspeck, Jamswurzel (eine Art Süßkartoffel), einige Wurstsorten (chouriço, morcela) und Gemüse (Kartoffeln, Karotten, Kohl und Süßkartoffeln) in ausgegrabenen Erdlöchern mit Seilen heruntergelassen. Der Topf wird von oben mit einer großen Holzplatte verschlossen, um die ein Erdhaufen aufgetürmt wird.
  • auf Madeira: mit Brotscheiben und Minze.

Oft werden die Gemüsesorten zusammen mit den Wurstwaren gekocht, um einen intensiveren Geschmack zu erhalten. Und aus der Kochflüssigkeit wird oft eine geschmackvolle Brühe mit kleinen Nudeln gezaubert.
Wichtig: Cozido à Portuguesa sollte stets in Begleitung eines guten portugiesischen Rotweins serviert werden!

Quellen:
http://www.virgiliogomes.com/index.php/cronicas/608-cozido-a-portuguesa
https://descobrirportugal.pt/cozido-portuguesa-historia-receita/
https://byacores.com/cozido-das-furnas/

COZIDO À PORTUGUESA

Portugiesischer Eintopf für 6 Personen

  • 800 g  Rindfleisch (aus der Hüfte) 
  • 800 g Schweinefleisch (Rippen, Bauchfleischstücken und Koteletts)
  • 1 küchenfertiges Hähnchen (ca. 1,2 kg) 
  • Chouriço (Paprikawurst)
  • 2 Farinheiras (Fleischmehlwurst) Wurst anstechen, um zu vermeiden, dass sie beim Kochen platzt
  • 2 Morcelas (Blutwurst)
  • 500 g geräucherter Schinkenspeck
  • 2 Räucherwürste
  • 200 g Kichererbsen 
  • 1/2 Wirsingkohl
  • 1/2 Portugiesischen Kohl (500 g)
  • 1−2 Rüben
  • 2 Knoblauchzehen
  • 2 Zwiebeln
  • 125 g kleine Möhren 
  • 400 g Kartoffeln

 
Zubereitung: 180 Minuten (leicht)

  • Kichererbsen mit kaltem Wasser bedeckt am besten über Nacht einweichen. Sie können auch Kichererbsen aus dem Glas benutzen.
  • Zwiebeln schälen und vierteln; Knob­lauch schälen.
  • Rind- und Schweinefleisch, geräucherten Schinkenspeck (vorher kurz waschen) mit einem Teelöffel Salz, Zwiebeln und Knoblauch in einen großen Topf geben.
  • Mit so viel Wasser auffüllen, dass alles bedeckt ist; bei höchster Stufe aufkochen und den aufsteigenden Schaum abschöpfen. Zugedeckt bei mittlerer Hitze zwei Stunden kochen lassen. Anschließend abgetropfte Kichererbsen dazugeben. Nochmals eine Stunde weiterkochen lassen (Wenn die Kichererbsen aus dem Glas sind, reichen 30 Minuten).
  • Huhn in einen zweiten Topf geben. Einen Liter der Fleischbrühe zum Huhn geben. Zugedeckt eine Stunde garen. In der Zwischenzeit Möhren schälen, waschen, längs halbieren. Kartoffeln schälen, waschen und halbieren. Portugiesischen- und Wirsingkohl putzen, waschen, Strunk entfernen. Kohl in grobe Stücke schneiden. Nach 40 Minuten alle Wurstsorten, Möhren, Kohl und Kartoffeln zufügen.
  • Fleisch aus der Brühe nehmen.
  • Von der Poularde die Haut ablösen. Fleisch von den Knochen lösen und klein schneiden. Rind-, Schweinefleisch und Würste ebenfalls klein schneiden. Brühe durch ein Sieb gießen und auffangen. Fleisch und Gemüse auf einer Platte anrichten.
  • Mit etwas Brühe angießen. Die restliche Brühe eventuell als Suppe verwenden. Mit Petersilie garnieren.

Guten Apetit!

DPG-Mitgliederversammlung am 31.10.2020

Foto von der Brücke Dom Louis I und der Ribeira in Porto

Termin: 31.10.2020 · Infos folgen 

Reise nach Porto für DPG-Mitglieder und deren Partner – 
verschoben auf 2021

Liebe Mitglieder,
auf Wunsch vieler Mitglieder wurde zur Mitgliederversammlung 2019 in Berlin beschlossen, dass die Mitgliederversammlung 2020 mit einer Reise nach Porto verbunden wird und dort stattfinden soll. Im Portugal Report 078 haben wir Ihnen die DPG – Reise vom 28.10.–1.11.2020, reserviert über OLIMAR Reisen, vorgestellt.
Und dann kam es ganz anders. Corona hat die Welt verändert, der Tourismus steht still.
Dennoch hatten wir die Hoffnung, die Reise durchführen zu können. Mit OLIMAR Reisen haben wir uns auf einen neuen Anmeldeschluss am 17.6.2020 verständigt. Darüber haben wir Sie per Mail und per Post am 19.4.2020 informiert.
Am 6. Mai haben der Bund und die Ministerpräsidenten der einzelnen Bundesländer Lockerungen beschlossen, die für das Leben in Deutschland erfreulich sind und ein kleines Stück zurück in die Normalität aufzeigt. Die Situation im Auslandstourismus hat sich aber in keiner Weise verändert.
»Das Auswärtige Amt warnt vor nicht notwendigen, touristischen Reisen in das Ausland, da weiterhin mit drastischen Einschränkungen im internationalen Luft- und Reiseverkehr, und der weltweiten Einreisebeschränkungen, Quarantänemaßnahmen und der Einschränkung des öffentlichen Lebens in vielen Ländern zu rechnen ist. Das Risiko, dass Sie Ihre Rückreise aufgrund der zunehmenden Einschränkungen nicht mehr antreten können, ist in vielen Destinationen derzeit hoch.«
Diese weltweite Reisewarnung gilt derzeit bis zum 14. Juni 2020. Doch was wird danach sein? Wird Portugal die Einreise von Touristen erlauben, ab wann wird es ausreichend Flüge nach und von Portugal geben? Es ist auch damit zu rechnen, dass die Preise der Flüge drastisch steigen werden. Wer von unseren Mitgliedern wird dann noch die Reise antreten? Ein Großteil unserer Mitglieder und viele der potentiellen Reiseteilnehmer fallen unter die Risikogruppe.
Das alles sind Fragen, die uns Sorgen bereiten und über die, unserer Meinung nach, eine frühzeitige Entscheidung gefällt werden musste. Mehrere Mitglieder haben uns angerufen und darum gebeten, die Reise zu verschieben. Verständigt haben wir uns auch mit unserer Portugalvertretung, Frau Ingeborg Dillner, die ebenfalls von der Reise für 2020, abrät.
Am 7. Mai haben sich das Präsidium und Mitglieder, die in die Vorbereitung der Reise involviert waren, im Rahmen einer Telefonkonferenz zu diesen Fragen verständigt und man ist zu dem Ergebnis gekommen, die Reise für dieses Jahr abzusagen.
Aus den oben genannten Gründen schlägt das Präsidium den Mitgliedern vor, die Reise nach Porto für DPG Mitglieder und deren Partner um genau ein Jahr zu verschieben. Es wird davon ausgegangen, dass sich die Situation bis zu diesem Zeitpunkt beruhigt hat und wir die Reise dann ohne Sorgen um Gesundheit und Angst um Rückreisen, antreten können. Das Präsidium schlägt als neuen Termin den 27.10.–31.10.2021 vor. Dieser Termin muss von den Teilnehmern der Mitgliederversammlung 2020 beschlossen werden.
Die Mitgliederversammlung 2020 wird nicht ausfallen, wir werden sie in Deutschland durchführen. Bitte merken Sie sich als Termin Samstag, den 31.10.2020, vor. Im Moment können wir Ihnen allerdings noch nicht sagen, wie die Modalitäten sein werden. Das heißt, wir wissen nicht, ob wir uns in einem Hotel treffen können oder ob die Mitgliederversammlung digital stattfinden muss. Aus diesem Grund haben sich die Teilnehmer der Telefonkonferenz auf eine Mitgliederversammlung ohne kulturelles Programm verständigt. Sicher haben Sie für die Situation Verständnis.
Wir werden die Entwicklungen, genau so wie Sie, aufmerksam beobachten und Sie rechtzeitig über den Verlauf der DPG Mitgliederversammlung 2020 informieren bzw. Sie zur Mitgliederversammlung einladen.

»Dokumentation der Geschichte der DPG 2020«

Foto der Jungs aus der Tanzgruppe (2004)

AUFRUF AN ALLE MITGLIEDER ZUR MITGESTALTUNG DIESES PROJEKTES

Deutschland–Portugal, langjährige Freunde und Partner in Europa 
von Gabriele Baumgarten-Heinke

> Liebe Mitglieder,  am 9. November 2019 fand die DPG Jahrestagung in Berlin statt. Dieser besondere Termin, 30 Jahre nach dem Mauerfall, wurde vom DPG Präsidium bewusst so ausgewählt. An diesem Tag wurde neben der Tagung mit verschiedenen Programmpunkten an die Zeit vor 30 Jahren erinnert. Der Besuch des Panoramas Die Mauer von Yadegar Asisi hat die Teilnehmer sehr stark beeindruckt und wird in Erinnerung bleiben.Aber wir haben nicht nur diesen Höhepunkt begangen, sondern auch einen besonderen Jahrestag − 55 Jahre DPG.
Otto Wolff von Amerongen (6.8.1918− 8.3.2007), einer der einflussreichsten Unternehmer in Deutschlands nach 1945 und Wegbereiter des Osthandels, gründete am 6. Mai 1964 in den Räumen der Firma Otto Wolf Eisenhandel in Köln die Deutsch-Portugiesische Gesellschaft West (DPG). Gründungsmitglieder waren neben Otto Wolff von Amerongen (erster Präsident), Sprachwissenschaftler der Universitäten Köln und Coimbra und der Botschafter der Republik Portugal in Bonn, Manuel Homem de Mello. Die Gesellschaft hatte zu Anfang 67 Mitglieder. Die Eintragung ins Vereinsregister Köln erfolgte 1966. 
Aber auch in der DDR gab es eine Freundschaftsgesellschaft Portugal— DDR, die vor 45 Jahren, am 4. Dezember 1974, in Lissabon gegründet wurde. Erster Präsident wurde Joao Freitas Branco (Staatssekretär für Kultur), Vizepräsident war der ehemalige Reporter von BBC London, Dr. Alexandre Babo (Jurist, Schriftsteller und Theaterregisseur).
Und im nächsten Jahr, liebe Mitglieder, begehen wir im 30. Jahr der Wiedervereinigung Deutschlands als DPG 30 Jahre Vereinigung der DPG der BRD und der DDR. 
Liebe Mitglieder, auf meinen Antrag hin hat die Mitgliederversammlung 2019 in Berlin das Projekt Dokumentation der Geschichte der DPG 2020 beschlossen. Im nächsten Jahr begehen wir den 30. Jahrestag der Vereinigung der DPG aus der BRD und der DDR. Diese Vereinigung erfolgte sechs Tage vor der offiziellen Wiedervereinigung Deutschlands. Nach Aussagen des heutigen Ehrenpräsidenten, Harald Heinke erfolgte diese Vereinigung von Anfang an auf einer freundschaftlichen und konstruktiven Basis der gegenseitigen Anerkennung. 
Im Rahmen dieses Projektes wollen wir Materialen aus der Geschichte der DPG, und vor allem aus 30 Jahren vereinigte DPG, zusammentragen. Ziel ist es, an die vielen aktiven Mitglieder und die hervorragenden Projekte der DPG zu erinnern und dies in einer Broschüre zu präsentieren. 
Wir rufen Sie, liebe Mitglieder, dazu auf, uns Ihre Berichte, Fotos und/oder Unterlagen aus dieser Zeit zu zusenden. Nur so können wir diese Geschichte vollständig dokumentieren. Vielen Dank! 

UND SO WAR DAS VOR 29 JAHREN
Dank der Initiative des damaligen Architekten und DPG Präsidenten der West- DPG, Peter Neufert, fanden am 21. Mai 1989 im Hotel Barragem von Montagil (Alentejo) in einer kleinen Gruppe von Deutschen aus West und Ost und mit dem portugiesischen Rechtsanwalt Dr. Alexandre Babo (ehemaliger Generalsekretär der Gesellschaft Portugal—DDR) erste Gespräche der Vertreter der DPG der BRD und der Gesellschaft DDR—Portugal statt. 
Hier wurden Grundlagen für eine ­zukünftige, gemeinsame Zusammen­arbeit  von DPG West und Ost beraten. Es nahmen neben Dr. Alexandre Babo (Portugal), Peter und Marys Neufert (BRD) und von der DDR, Harald Heinke und Dr. Inge Jank und Dr. Hans-Georg Jank Deutschlektoren vom Herder-Institut Leipzig), teil. Es ging um die Schaffung einer neuen unabhängigen Gesellschaft und einen gemeinnützigen Verein unter der tragenden Klammer der Freundschaft und Zusammenarbeit mit Portugal. 
Am 27. September 1990 wurde mit einer Festveranstaltung im Schauspielhaus (jetzt Konzerthaus) auf dem Gendarmenmarkt in Berlin die Vereinigung der DPG der BRD mit der DPG der DDR vollzogen und eine Vereinbarung über gleichberechtigte Zusammenarbeit zwischen den DPG-Präsidenten Peter Neufert und Dr. Klaus Steiniger getroffen. 
Quelle: Bericht H. Heinke (2004)

Der Fado Sänger Telmo Pires in Berlin (13.11.2019)

Foto von Telmo Pires und seiner Band bei ihrem Auftritt am 13.11.2019 in Berlin

Bericht vom Benefiz-Konzert des portugiesischen Fado-Sängers am 13.11.2019    von Michael W. Wirges

> Am 13. November 2019 gab der bekannte Fado-Sänger Telmo Pires mit seinen drei Gitarristen im kleinen, aber feinen Myer’s Hotel in Berlin-Prenzlauer Berg ein ebenso feines Fado-Benefizkonzert zu Gunsten der Hamburger Stiftung KinderLeben e.V., für nicht mehr als 40 geladene und angemeldete Gäste, zwei Tage vor seinem Auftritt im Kammermusiksaal.
Abgesehen von einem leckeren Buffet vor dem Konzert und in der Pause, mit Brotzeit, Hummus, Käse, mediterranen Weinen und Sommerpils, gab es im Anschluss an das Konzert noch einen geselligen Ausklang mit meet and greet, also auf Tuchfühlung mit den Musikern. Harald Heinke war Telmo Pires sofort ein Begriff − sie hatten sich bereits in den Anfängen in Berlin kennen gelernt!
Telmo Pires wurde 1972 in Bragança geboren, und zog in den 1970er Jahren mit seiner Familie nach Deutschland, wo er zweisprachig aufwuchs. Er machte eine Ausbildung für Gesang und Schauspiel, und debütierte 1995 als Solist. Zunächst mit deutschen und französischen Chansons, entdeckte er nach und nach den Fado und nahm 2004 sein erstes Fado-Album auf. Er verbindet Fado mit Jazz und prägt somit seinen eigenen Stil.
Er lebte und arbeitete 12 Jahre lang in Berlins Szeneviertel Prenzlauer Berg, zog jedoch jetzt wieder nach Lissabon zurück und pendelt zwischen beiden Hauptstädten.
Telmo Pires, begleitet von Cajé Garcia (klassische Gitarre), Luis Coelho (portugiesische Gitarre) und Pedro Sousa (Bass), bot viele seiner Fados dar, sowie ein Instrumental.
Aus seinem neuen Album Através do Fado, das er zu seiner diesjährigen Deutschland-Tournee präsentiert, trug er die Fados Só o meu Canto, Medo und Era uma Vez vor.

Krippenlandschaften zu Weihnachten im Algarve

Foto der Krippenlandschaft von Castro Marim am Algarve (Portugal)

In den beiden Algarve-Städten Castro Marim und Vila Real de Santo António erleben Sie eine Weihnachtsstimmung der besonderen Art    von Catrin George Ponciano

> Die beiden Grenzstädte des Algarve, Vila Real de Santo António und Castro Marim, wappnen sich bereits seit Mitte Oktober für Weihnachten und bauen bis zum Nikolaustag zwei außergewöhn­liche Krippenlandschaften für Besucher auf.
Die Weihnachtskrippe im Algarve ist Familienbrauchtum. In jedem Haushalt steht sie ab dem 8. Dezember aufgebaut in einem zum Stall umfunktionierten Puppenhaus, gefüllt mit Stroh und Tierfiguren. Die Krippe bekommt einen Ehrenplatz, ist dekoriert mit Moos, Kerzen, Korkrinde, Weizen-Keimlingen und dem religiösen Figurenensemble. In den ­lokalen Pfarrkirchen herrscht ebenfalls reges Krippenspiel, man begegnet Krippen im Kreisverkehr, in Markthallen, den »Heiligen drei Königen« als lebensgroße Puppen ausgestopft mit Kamel auf der Straße, und in manchen Städten sogar lebenden Krippenfiguren. Mit von der Partie sind Akteure, die sich maskieren, verkleiden, als Pantomime eine Krippenfigur darstellen und so das Stadtbild animieren. Neben diesen ­bereits bekannten Ausdrucksformen kommen im Osten des Algarve noch zwei außergewöhnliche Krippen-­Kuli­s­sen hinzu: Die eine steht in Vila Real de Santo António, und die andere ist in Castro Marim aufgebaut.
Vila Real de Santo António liegt ganz im Osten des Algarve am Fluss Rio Guadiana. Nach der 16. Edition der Riesenkrippe presépio gigante in Vila Real Santo António in der Weihnachtssaison 2018/2019, begannen gleich nach dem Abbau der Exponate und dem Einlagern der über 5.000 von Hand gefertigten Figuren, die Vorbereitungen für die heurige Krippenausstellung Nummer 17. Schließlich wollen 220 Quadratmeter Ausstellungsfläche auch in diesem Jahr in weihnachtlich inspiriertem Licht glänzen und die Krippenlandschaft wohl gestaltet sein. Damit die Ausstellung in der ehemaligen Markthalle, in der heute das Kulturzentrum Centro Cultural de António Aleixo untergebracht ist, auch künftig die größte Krippenausstellung von Portugal bleibt, ist die Mithilfe etlicher Freiwilliger gefragt. 
Diese braucht die Stadt vor allem für das Sammeln von geeignetem Natur­material für die Landschaftsdekoration in der Krippe. Hier dominieren Kork, Moos und Sand. Etwa zwanzig Tonnen Sand, vier Tonnen Quarzsand und 2500 Kilogramm Kork bilden die Basis für die Riesenkrippe in der Grenzstadt. Dazu kommt Moos, eigenhändig gesammelt und abgegeben von Bauern, Jugend­lichen und Schülern, die sich eigenständig auf die Pirsch nach dem grünen ­Natur-Waldteppich machen, und ihre Ausbeute im Kulturzentrum abliefern. 
Allein für den Aufbau der Krippe sind fünf Handwerker zwei Monate lang beschäftigt, bis das letzte Lämpchen montiert ist und leuchtet, der letzte Hügel in Miniaturausgabe errichtet ist und das letzte Stück Moos und Kork an der richtigen Stelle liegt. Die auf einem Podest aufgebaute Riesenkrippe entsteht somit Stück für Stück, Szene für Szene. Einmal aufgestellt, erreichen die Mitarbeiter die Krippen-Kulisse nur noch von unten, in dem sie unter dem Podest auf allen Vieren über den Boden zu der Stelle kriechen, wo sie eine Glühlampe auswechseln oder eine umgefallene Figur aufrichten müssen. 

Foto der Krippenlandschaft von VR de Santo António am Algarve (Portugal)

Krippenlandschaft von Vila Real de Santo António am Algarve (Portugal) · © Catrin George Ponciano


Die Vorbereitungen für die diesjährige Krippenausstellung laufen bereits seit Anfang Oktober auf Hochtouren, und dauert so lange, bis die letzte Figur, das letzte Haus und das letzte schmückende Beiwerk auf seinem Platz stehen. Das Projekt Presépio gigante erfreut sich seit seiner Premiere enormer Besucherzahlen, Tendenz steigend. Im letzten Jahr kamen mehr als 30.000 BesucherInnen. Und natürlich hoffen alle in dieser Saison auf weiteren Zuwachs.
Die jüngste Stadt in der Lokalgeschichte des Algarve wurde nach dem Erdbeben 1755 unter der Ägide von König D. José I, und nach Plänen des Marqués de Pombal erbaut. Für Vila Real de Santo António ist die Presépio gigante ein echtes Aushängeschild. Keine andere Stadt in Portugal bietet ein größeres Krippen-Erlebnis als die hübsche Spätrenaissance-­Stadt am Ufer des Rio Guadiana mit ihrer pombalinisch angelegten Fußgängerzone, die an die Baixa in Lissabon erinnert. Das Zentrum bildet der Marktpatz Marquês de Pombal mit emblema­tischen Obelisken, gekrönt von den königlich Insignien. Die vier Türmchen mit grüner Kuppel der früheren Markthalle ragen über die Walmdach-­Landschaft hinaus und weisen dem Besucher den Weg zum Eingang in die weihnachtliche Wunderwelt. Decke und Wände glänzen nachtblau gestrichen, und werden von vielen hundert winzigen Glühbirnchen beleuchtet, die die gesamte Kulisse in ein Sterneparadies verwandeln. Weihnachtsmusik rieselt leise aus unsicht­baren Lautsprechern. Die Wirklichkeit bleibt ausgesperrt. Die Augen der Besucher funkeln glücklich, egal, ob sie groß sind oder klein, von Mädchen oder Jungen: Alle wandeln fasziniert um das Podest herum und finden 1001 magische Details inmitten der über 5.000 Figuren.
Kaum fünf Minuten Fahrtzeit von Vila Real de Santo António entfernt liegt die älteste Stadt des Algarve, Castro Marim. Gekrönt von zwei Ritterburgen, die Santiago-Burg und die Sebastian-Burg, liegt die einst mittelalterlich bedeutsame Stadt und größte Verteidigungsfeste im Süden des Landes an der Grenze zum antiken Hispanien, dem späteren al-Andaluz und heutigen Spanien, zwischen zwei Hügel gebettet und umgeben von Meersalz-Salinen. Ein Stück flussaufwärts, mit Blick auf Ayamonte am spanischen Ufer und inmitten der Salzmarsch im Mündungsgebiet des Rio ­Guadiana erbaut, wachten der Santiago-­Ritterorden und später der portugiesische Christus-Ritterorden mit seinen Ritterbrüdern über das Ein- und Auslaufen von Handelsschiffen, Lastkähnen und die Armada-Flotte und verteidigte den uralten Grenzposten gegen feind­liche Invasionsversuche zu Land und zu Wasser. Somit spielte Castro Marim beinahe zwei Jahrtausende lang − erst für die römischen, danach für die maurischen und später für die christlichen Herrscher − eine bedeutende Rolle als Militärposten an der Grenze zu Spanien. Und auch als Fluss- und Seehafen für die Schifffahrt flussaufwärts bis nach Mértola und zum Hafen von Pomarão im Alentejo, wo die Bodenschätze aus den Minen rund um Serpa, Beja und Almodovar verladen wurden. Aufgrund seiner geografischen Lage zählte Castro Marim außerdem in Portugal zum Hauptumschlagplatz für das weiße Gold der Antike − Salz.
Die Gewinnung von Meersalz in Cas­tro Marim läuft heute wie vor 2800 Jahren. Das Salzhandwerk machte in Castro Marim die Salinen-Besitzer reich und bescherte den Salzbauern Salär und Existenz. In dem ehemaligen Salzhaus Casa do Sal ist heute ein Salz-Museum untergebracht. Die Ausstellung dokumentiert die Geschichte rund um die lokale Salzkultur Salinícola und veranschaulicht, wie die Salzgewinnung funktioniert und welche Arbeitsschritte erforderlich sind, bis das kristalline Meersalz Sal tradicional unsere Speisen würzt und die Salz-­Blüte Flor de Sal ­unsere Speisen veredelt. Das Salzhaus, genannt Balalaica, ist eine der original erhalten gebliebenen Salzlagerstätten aus dem vergangenen Jahrhundert. Das aufwendig sanierte Gebäude soll seit der Wiedereröffnung dem lokalen Kulturerhalt dienen. Neben der Dauerausstellung über die Meersalzgewinnung finden im Salzhaus kulturelle Veranstaltungen mit Schwerpunkt-Genres aus der Region statt. Seit dem letzten Weihnachten dient die Casa Balalaica außerdem als Ausstellungsfläche für die zweite und einzigartige Krippen-Idee O Presépio do Sal – die Salz-Krippe.
Salz und Castro Marim gehören zusammen wie das Meer zu Portugal. Somit war es bloß eine Frage der Zeit, bis jemand die grandiose Idee, eine Weihnachtskrippe mit Salz zu dekorieren, in die Tat umsetzte. Das Salzhaus glitzert wie eine Schatztruhe und das ausgestreute Salz als Untergrund für die fantastisch gestaltete Krippen-Landschaft lässt die Kulisse erstrahlen, als wäre eben frischer Schnee gefallen. Extra kühl ist es tatsächlich im Ausstellungsraum, damit das Salz nicht warm und feucht wird und die Kristalle verkleben. Auch hier sorgen mehrere tausend Figuren, Häuser, Wald, Flur, Tiere und Nutzgegenstände für ein echt weihnachtliches Krippen-Gefühl.
Wenn Sie mich fragen, ist es einerlei, welche der beiden Krippen der Besucher zuerst bestaunt. Ein Tag reicht prima, um sich beide Krippenausstellungen anzusehen und darüber hinaus beide Städte kennenzulernen. 
In Vila Real de Santo António (VRSA)locken die charmante Fußgängerzone mit hübschen Boutiquen, Cafés und Souvenirgeschäften zum Bummeln; die Flusspromenade zum Flanieren; das Fährboot nach Spanien zu einem Ausflug nach Ayamonte; der Leuchtturm immer mittwochs zu einem Aufstieg auf den Balkon rund um die Laterne in 45 luftigen Höhenmetern. Oder man geht im Nationalforst zwischen VRSA und Monte Gordo wandern. Lecker Mittagessen kann man besonders gut an der Flusspromenade in VRSA mit Blick über den Fluss auf die andere Seite des Rio Guadiana nach Spanien.
In Castro Marim wird der anstrengende Aufstieg zu Fuß zur Santiago Burg mit einem atemberaubenden Ausblick belohnt auf die Flussmündung, das spanische Ufer, den Fluss, die Guadiana-­Brücke und auf die Salzmarschlandschaft rundherum. Die Santiago-Burg und das kleine Museum in der ehemaligen Santiago-Kapelle im Burginneren, bezeugen die über 2000-jährige Geschichte der Bastion und ihrer Herren. Die prächtige Märtyrer-Kirche im Zen­trum von Castro Marim überrascht mit Spätrenaissance, die Sebastian-Kirche auf dem Weg zum Salzhaus mit farbenfrohen, original erhaltenen Freskenbildern. Castro Marim zeigt sich gut erhalten mit kleinen Gassen, idyllischen Plätzen und typisch ländlich geprägten Häusern. An der Ortsausfahrt Richtung VRSA, laden der Aussichtspunkt Revelim de Santo António und der maurisch geprägte Wasser-Park am Hang davor zu einer Pause ein.
Die Krippenausstellungen öffnen um den Nikolaustag herum und schließen am Dreikönigstag ihre Pforten. Sie machen einen Ausflug im Dezember bis in den Osten des Algarve zu einem einmalig weihnachtlichem Erlebnis. Am besten fährt man zweimal hinüber bis an die Grenze zu Spanien, einmal vor und einmal nach Heiligabend. Denn in der Heiligen Nacht reitet die schwangere Maria auf ihrem Esel fort aus der Kulisse, und die Krippe mit dem neugeborenen Christkind findet seinen Platz im Stall. Und über allen leuchtet der Stern zu Betlehem. 
Feliz Natal − Bom ano novo!

Programa Regressar – uma brincadeira política?

Foto zum Artikel »Zurück nach Portugal?«

de Ana Carla Gomes Fedtke e Eberhard Fedtke

> O programa regressar dos emigrantes portugueses para a pátria entrou em ação. A razão é que Portugal sofre em termos de demografia uma perda da sua inteligência. Muitas aldeias encontram-se já vazias uma vez que jovens procuram uma vida segura para si e para as suas famílias «fora». No topo desta fuga surgem as mulheres, mas em geral aproveita a todos com educação superior ou candidatos a um estudo universitário. Os poucos postos de trabalho que surgem cada ano no país, são, como é sabido, privilegiadamente destinados para os familiares e amigos da «elite». Uma competição oficial para os diferentes cargos não existe, como critica Nuno Garoupa, ex-diretor da Fundação Francisco Manuel dos Santos, numa análise social profunda e alarmada.
O estado português pretende novamente reagir a esta situação preocupante e desfavorável no «concerto económico dos grandes», aliciando com o Programa Regressar, uma resolução do Conselho de Ministros de 14 de março de 2019, destinado ao regresso das pessoas que saíram de Portugal até dezembro de 2015, a fim de que se tornem residentes neste ano ou no próximo. 
Os subsídios financeiros para um regresso podem chegar a 6.536 euros. A soma distribuir-se-ia da seguinte forma: 2.614,56 euros de apoio financeiro, 1.307,28 euros custos de viagens, 871,25 euros custos de transporte de bens, 435,76 euros custos com o reconhecimento de qualificação, e uma majoração de 10% por cada membro do agregado familiar, num limite de 1.307,28 euros.
Pode este programa com semelhante base financeira ser uma estimulação sincera, nomeadamente para famílias que são política, social e culturalmente bem integradas «fora»? Voltar para um país com tão fracas estruturas sociais, nomeadamente nos sectores laboral, de assistência médica e de pensões e reformas, revelando-se ainda bastante arcaicas relativamente aos direitos das senhoras, por exemplo, faz sentido? Podem estas quantias em causa dar estabilidade para um novo start up de verdadeiro impulso em Portugal?
Analisamos e escolhemos dois exemplos: Uma enfermeira que recebe na Suíça cerca de 2.000 euros por mês, tem um tempo de trabalho regulado com condições legalmente protegidas, uma segurança na pensão de velhice, pode com confiança voltar para Portugal com esta situação altamente dissonante no sector da saúde? Um professor de escola secundária com um emprego fixo na Alemanha de 2.200 euros de salário pode arriscar voltar para lutar aqui, em cada ano lectivo, por um concurso indigno para o seu emprego vital, sem segurança suficiente para a sua futura pensão? Qualquer profissão com valorização no ­estrangeiro encontrará, porventura, problemas semelhantes num país, cuja característica de base são a improvisação, fracas competências e comodidade na administração industrial e no sector político, desprezo pelos compromissos e cumprimento dos prazos e uma corrupção «quase massiva», como resume ­Miguel Szymanski na sua análise Portugal corrupto no Jornal PORTUGAL POST de Maio de 2019? Mais dá voz ao seu irônico artigo Emigrante, emigrante, porque é que voltaste?, perguntando, se o valor de 6.536 euros pode ser uma atração, um valor que aponta para «aproximadamente dois ordenados de um ladrilhador ou um pedreiro a trabalhar em Hamburgo ou Munique», concluindo simultaneamente estas somas oferecidas como ridículas.
Pode-se andar um passo mais em frente e escolher uma análise em que esta plataforma de promoção financeira para um regresso dos emigrantes que na verdade significa uma politica de não regressar, confere dum país de acolhimento com condições e serviços melhores em todos sectores profissionais e sociais. A quantia de 6. 536 euros tem assim um sabor muito hipócrita. É sabido que no mundo do dinheiro os portugueses têm uma alta sensibilidade de olhos abertos para as prioridades financeiras e de não investigar em projetos sem efetividade prática. A mobilidade dos portugueses prova a capacidade de alargar fronteiras conforme as necessidades monetárias pessoais. Assim os poucos 6.536 euros parecem ser claramente uma política de não regressar, não passando de uma ação de propaganda surreal e irreal.
Regressam com alegria os reformados portugueses, aproveitando das rendas obtidas nos países de acolhimento, voltando no fim da vida para casas próprias, pagas continuamente ano por ano com os dignos salários de uma vida de mobilidade profissional, inserindo-se finalmente e harmoniosamente com a minha terra.
Trocamos de perspectiva e vemos Portugal muito positivamente como um dos últimos paraísos neste mundo desequilibrado, conflituoso e pouco saudável, como país pacífico que é e com um reportório repleto de «F» − festas, festivais, férias, feriados, folclore, fun events, futebol, foguetes, fado −, acompanhado de um ar ausente de poluição em muitas regões, apresentado uma gastronomia cinco estrelas. A Europa precisa um tal contraponto ambiental e cultural. Portugal serve para este objectivo e pode ­existencialmente continuar sem um só reemigrante. 
O estado poupa dessa forma uns mágicos 6.536 euros por cada um deles e fica com mais reservas financeiras para reforçar as suas urgências sociais, cada vez mais lamentáveis para a classe média e baixa.
Pensa um pouco, governo! Vê as realidades políticas e as prioridades sociais!