Alle Artikel von PORTUg@NDI_20

DASP-Kolloquium 2017

DASP-Kolloquium 2017
Jahres-Treffen in Aachen dieses Mal in Gedenken an Prof.Dr. Anne Begenat-Neuschäfer von Josef Wolters

In Heft 067 des PORTUGAL REPORT steht die Notiz, dass wir um das DPG-­Mitglied Prof. Dr. Anne Begenat-­Neuschäfer aus Aachen, welche am 3.3.2017 verstorben ist, trauern. Ihr langjähriger Kollege, unser Vizepräsident Prof. Dr. Helmut Siepmann, hat das diesjährige Kolloquium der DASP (Deutsche Gesellschaft für die Afrikanischen Staaten Portugiesischer Sprache) in Aachen ( 6.7. − 7.7. 2017 ) dem Gedenken der Verstorbenen gewidmet.

Frau Prof. Dr. phil. Dr. (Paris) Anne ­Begenat-Neuschäfer war eine Romanistin, die nicht nur aus dem Französischen, Italienischen, Spanischen und Portugiesischen übersetzt hat, nein, sie war mehr als eine Wissenschaftlerin, die sich mit den Werken verschiedener Autoren aus den Ländern romanischer Sprache auseinandergesetzt hat. Prof. Dr. Begenat- Neuschäfer konnte als zierlich anmutige Person ihre Studierenden begeistern, nicht nur romanische Sprachen zu beherrschen, sondern sich wie sie selbst mit ihrem Ehemann Dr. med. Heinz A. Begenat auch in anderen Ländern romanischer Sprache sozial zu engagieren.

Das Kolloquium, das sich schwerpunktmäßig mit der Arbeit der portugiesischen Schriftstellerin und Lyrikerin Sophia de Mello Breyner Andresen befasste, gab auch Gelegenheit, Prof. Dr. Begenat-Neuschäfer, wie sie persönlich erlebt wurde, zu würdigen.

Noch im vergangenen Jahr weilte sie mit ihrem Gatten auf Einladung der Universidade Presbiteriana Mackenzie São Paulo in Brasilien und gab dort Seminare für Studierende. Ein Semester lang hielt sie sich dort auf und beeindruckte mit ihrem umfangreichen Wissen ihre Zuhörer. Frau Prof. Dr. Helena Bonito Couto Pereira aus São Paulo erinnerte im Kolloquium in einer Präsentation an diesen letzten Aufenthalt. Dann gab die Aachener Bürgermeisterin Hilde Scheidt ihr persönliches Bild von der Verstorbenen wieder: »Sie strahlte Energie aus, sie ­konnte jemanden mitnehmen, sie war eine Brückenbauerin.« In der ehema­ligen Hauptstadt der Elfenbeinküste Abidjan habe sie sich mit den Themenfeldern ­Bildung, Gesundheitsvorsorge, Umweltschutz und Energie befasst. Sie leistete Hilfe zur Selbsthilfe und erkannte, was in diesem Entwicklungsland zu tun war. Sie schaute »über den Tellerrand hinaus« und band den Aachener Hydrogeologen Prof. Dr. Kurt Schetelig von der RWTH Aachen in ihre Projekte ein.

Prof. Dr. Anne Begenat-Neuschäfer, die der Verfasser noch vor einem Jahr im Aachener Kolloquium getroffen hat, fehlte in diesem Jahr, aber irgendwie war sie in Bildern, Videos, Berichten und Erinnerungen bei den Teilnehmern des Kolloquiums präsent.

Prof. Siepmann gebührt großer Dank für die Konzipierung und Durchführung des Kolloquiums, an dem auch DPG-Mitglied Dr. Heinz A. Begenat teilnahm. An diesen beiden Tagen konnte er noch einmal spüren, welch großartige Frau die Partnerin an seiner Seite war, die nicht nur in Aachen, sondern auch in anderen Orten auf dieser Welt in ehrfürchtiger dankbarer Erinnerung behalten wird.

Festa de São João em Braga cada vez mais viva

Foto der Plastik-Hammer, mit denen sich die Leute beim Fest São João im Norden Portugals auf den Kopf hauen

Der Plastik-Hammer ist das wichtigste Utensil für das São João-Fest am 24. Juni in Porto · © Andreas Lahn

Festa de São João em Braga cada vez mais viva
Ana Carla Gomes e Eberhard Fedtke

O mais recente programa da festa do S. João, apresentando uma agenda cultural, folclórica e clerical, no dia 24 de Junho, é um evento cada vez mais popular, com relevância comparável ao Natal e Páscoa.

Já este ano o S. João chamou para a rua milhares de cidadãos de Braga e arredores, acrescendo a estes, multidões de ­turistas, vindos de quase toda parte do planeta que percorreram a pé a Avenida da Liberdade e festejaram efusivamente o acontecimento anual, debaixo de um agradável céu de verão, uma componente muito importante para esta celebração plebeia de rua. A atmosfera foi, como sempre, bem colorida.

Também no Porto, na famosa capital do Douro Litoral, as gentes celebram o ­S. João. O evento foi importado de Braga, onde originalmente terão começado tais comemorações. Braga e Porto vivem de uma concorrência animada para ver quem torna o espetáculo mais criativo e impressionante. Outras cidades no país também festejam diversos e conhecidos santos, por exemplo, em Lisboa celebra-se o Santo António a 13 de Junho e em Évora o S. Pedro a 29 de Junho, já para não falar de outras comemorações similares em variadíssimas regiões de Portugal. Um plano vantajoso para a indústria de carrosséis e variadíssimos animadores circenses, bandas e músicos que ­passam a vida andando de um lugar para outro energicamente.

A atual festa do S. João de Braga está culturalmente enriquecida de exposições e variadas apresentações musicais e culturais, este ano todo o programa ­decorreu entre 11 e 30 de Junho. Os temas das exposições foram, por exemplo, desde »O S. João de 1917«, aliás o ano do ­milagre de Fátima, até aos »Gigantones e Cabeçudos do São João em Braga« que deram testemunhos silenciosos e clássicos da arquitectura da cidade de Braga, Bracara Augusta e Barroca e lembrando simultaneamente o S. João do homem sagrado. No programa vistoso, saltam à vista as Sanjoaninas e os desfiles de bandas. Promovem-se cada vez mais eventos de alta categoria.

A cerimónia anual dos festejos de S. João representa uma tradição verdadeiramente fixa. Depois de uma saborosa sardinhada em casa com a própria família ou fora com os amigos num dos muitos restaurantes das ruas da cidade, acompanhada por broa de milho, azeitonas e pimentos e uma boa garrafa de vinho, a festa continua pelas ruas da ­cidade. Aí a comunicação é muito boa e intensa, quer com o »martelo na cabeça« quer com o alho porro debaixo do nariz, atividades que têm tanto de amigável quanto de cansativa, mas em qualquer caso pacífica.

A festa prossegue com inúmeras bandas de música. Grupos de dança assim como coloridas e inventivas rusgas ­atingem o top e o ponto culminante, por volta da meia-noite. Crianças entram ativamente na celebração, bebés de colo adormecem num cansaço profundo nos braços dos pais, apesar da crescente ­agitação e barulho. Este advém de vários palcos espalhados pela cidade, que ­oferecem música para todos os gostos. Diversos palcos apresentam sugestivos e pitorescos nomes tais como: palco Synergia, palco Desperados, palco Bira Ú lustre, palco RUM e palco da Avenida Central. No entanto todas estas fantásticas designações parecem viradas para a imaginação mística e contemporânea da juventude. Quem tem o desejo de dançar pode fazê-lo intensivamente com os POPados.

Vem depois o ponto alto da festa com o obrigatório fogo-de-artifício. Para os portugueses puros e fiéis, geneticamente marcados e infetados por qualquer tipo de vírus fogo, este momento reflete a ­alegria total: mais foguetes! Muito mais doses! Sem fim, se faz favor! Uma entonação infernal, um tártaro estético! Que desejo orgástico! No dia seguinte, não se pensa sequer nos custos deste mágico e fascinante evento.

Quem tem fome a meio da exaustiva noite, encontra de forma opulenta, pão com chouriço, bifana, frango assado, petiscos diversos, salgados, farturas e outras apetitosas escolhas da doçaria da famosa cozinha tradicional portuguesa.

A multidão animada vai ficando até ser dia, rindo e tagarelando toda a noite, ­alguns preparam-se já interiormente, de forma gulosa, para a próxima grande ­festa pública da cidade, a brilhante noite branca, a ter lugar no início de Setembro. Assim se vive neste país com uma determinada obsessão permanente pelas ­festas e festivais e que dá prioridade ao entretenimento e bem-estar, enfim, uma vida de luxo de abraços e beijinhos em grandes quantidades.

O evento clerical significante ocorreu na tradicional missa do arcebispo de Braga, D. Jorge Ortiga, conhecido como um homem de coragem e de mente aberta, recordou, no dia 24 de Junho, a histórica figura de S. João Batista que viveu como um homem sem medo, que proclamou a verdade perante os compatriotas e ­perante os representantes do estado, ­denunciando sem ilusões e falsa perspicácia os erros da sua época e da sua ­sociedade, mesmo quando corria risco de vida. O arcebispo primaz encorajou os fiéis a soltar a língua, a deixar a passividade e a inércia e a interferir dedicadamente nos problemas atuais. Aguardemos para o que virá para 2018, tendo D. Jorge Ortiga sublinhado que é indispensável para o desenvolvimento de uma sociedade ativa, com alma e sentido, a intervenção hábil dos seus cidadãos, abrindo os mesmos mão da sua própria comodidade, eminente preferência para a sociedade moderna.

Vamos a ver, se o S. João ajudar. Por ­favor, santo reverendo, auxilia! É a tua festa!

Garrano-Wildpferde im Norden Portugals

Foto eines Garrano-Wildpferdes in den Bergen von Peneda-Gerês im Norden Portugals

Garrano-Wildpferd in den Bergen von Peneda-Gerês · © Andreas Lahn

Die Power der Garranos
Über eine Begegnung in den Bergen von Peneda-Gerês • von Andreas Lahn

Wild lebende Pferde im nordportugiesischen Minho: Über ein Jahr laufe ich mit der Erinnerung an den Film auf ARTE durchs Leben. Die Garranos sehen nicht nur wundervoll aus, sie haben eine würdevolle Ausstrahlung und etwas Geheimnisvolles, wenn sie in größeren oder kleineren Herden in der Abendsonne durch die Gegend ziehen. In der tiefstehenden Sonne leuchtet das Fell und die schwarze Mähne glitzert. Ich bin nicht vernarrt in irgendwelche Tiere. Doch diese Pferde sind von nun an in meinem Herzen und harren der leibhaftigen Begegnung. Eine Zeitlang schaffe ich es, dieses stärker werdende Gefühl zu ignorieren. Doch dann muss alles ganz schnell gehen: Auf meiner Reise nach Portugal in diesem Jahr plane ich einen Abstecher in den Minho ein. So komme ich auch in das von Eberhard Fedtke geführte »Casa do Javali« (Wildschweinhaus) in Caniçada und genieße diesen wunderschönen Blick auf den Rio Cávado und zwischen den Bergen hindurch bis nach Gerês.

Als wir an einem wunderschönen Sommertag gemeinsam aufbrechen, um Ausschau zu halten nach den Garranos, bin ich mir sicher, dass wir Glück haben und in den Bergen welchen begegnen. Die Landschaft wird von grünen Weiden, hohen Gebirgsformationen und riesigen Steinen dominiert. Vor allem die Steine beeindrucken mich, wie sie trotz ihrer oft gigantischen Ausmaße majestätisch auch auf höchsten Gipfeln thronen, ohne nach unten zu kugeln. Und auch die aus massiven Steinen gebauten Vorratsspeicher. Diese Gegend in und um den Natio­nalpark von Peneda-Gerês ist ein idealer Ort, um zu wandern, zur Ruhe zu kommen und um Tieren zu begegnen, die man sonst nirgends findet, den Garranos.

Diese Pferde sind im Minho seit über 20.000 Jahren ansässig, werden aber erst seit 1993 als eigenständige Rasse* staatlich anerkannt. Ihr Bestand wird aktuell auf 1.000 − 1.500 Pferde* geschätzt. Pro­bleme gibt es, wenn die ­Garranos sich auf den Mais- und Gemüse­ackern der Bauern bedienen*. Wie ein Mensch diese wundervollen Tiere mit ­einem Jagd­gewehr einfach abschießen kann, ist mir unbegreiflich. Garranos werden zudem von Wölfen bedroht und finden weniger Weideland infolge von Waldbränden.

Wir fahren einige Zeit durch die Berge, gar nicht mal lange, und dann es soweit: Circa 100 Meter von der Straße entfernt steht eine kleine Herde von sechs Tieren. Ich gehe über einen Feldweg auf die Pferde zu, was sie zunächst nicht stört, doch als ich näher komme, sind plötzlich alle Augen auf mich gerichtet. Und auch die Ohren scheinen jedes Geräusch wahrzunehmen. Ich habe mir Gedanken gemacht, wie ich mich verhalte, wenn ich den Pferden nahekomme und gehe furchtlos auf die Herde zu. Ich halte ein paar Meter Abstand, werde weiterhin von allen gemustert, bis das Leitpferd auf mich zukommt. Ich strecke ihm meinen Arm entgegen und lasse meine Hand beschnuppern. Als das Pferd wahrnimmt, dass von mir keine Gefahr ausgeht, entspannen sich die anderen Pferde und fressen weiter in Ruhe die Gräser der Weide. Ich streichle dem Leitpferd über die Nüster und spüre die Energie dieses Tieres. Ich kann mich jetzt bewegen, ohne misstrauisch beäugt zu werden. So entstehen einige Fotos, die ich nie vergessen werde. Gerade das Leitpferd mit seiner Mähne, dem braunen und in der Sonne so schön leuchtenden Fell und vor allem die bis zum Knie schwarzen Beine erfüllen mich mit Glücksgefühlen, die sich kaum beschreiben lassen. Für mich ist dieses zehn-minütige Eintauchen in die Welt dieser sechs Garranos etwas Besonderes, weil es wieder zeigt, dass nicht die Dauer von Erlebnissen wichtig ist sondern die Intensität. Ich sehe mich verträumt an die halbe Stunde des ARTE-­Filmes zurückdenken, als ich zum ersten Mal von der Existenz dieser Pferde höre. Und nun stehe ich hier im Nirgendwo des Minho mitten in den Bergen und kommuniziere auf eine freundliche Art und Weise mit den Garranos. Damit ist ein kleiner Traum Wirklichkeit geworden.

Auf der Weiterfahrt durch die Berge sehen wir in der Nähe eines Restaurants noch zwei weitere Garranos, eine Stute mit ihrem Fohlen. Ich glaube, das Fohlen möchte gerne näherkommen, um Kontakt aufzunehmen zu dem merkwürdigen Wesen, das ihm da gegenübersteht. Doch die Mutter schiebt einer weiteren Annäherung energisch einen Riegel vor. Pferde haben ihren eigenen Kopf. Und das ist ja auch gut so!

Es wird sich kaum vermeiden lassen, noch einmal in die Gegend von Gerês zu kommen. Zum einen habe ich mich ein wenig in die Pferde verliebt und möchte gerne mehr Zeit in ihrer Nähe verbringen, als das an diesem einen Tag möglich ist. Und zum anderen gilt das gleiche für’s Casa do Javali: Die wenigen Tage hier sind wunderschön, anregend und beruhigend zugleich, mit liebevollen Gastgebern, die diese Zeit im Minho für mich unvergesslich machen. Also Ana Carla, Rodrigo und Eberhard: Vielen Dank für die schönen Tage, die ich mit euch habe verbringen dürfen! Gern erinnere ich mich an die angenehme Ruhe bei euch und in den Bergen. Ich bin von den Festen für Santo António aus Lissabon gekommen und fahre weiter nach Porto zum Fest für São João, wo ich mindestens 100 Menschen mit dem Plastikhammer auf den Kopf haue. Dazwischen liegen Caniçada und die Garranos.

* nach Infos auf:
www.perlenfaenger.com/garrano-wildpferde/ und 
www.portugalmania.de